Valentina D'Angelis— Ai meu Deus! Meu filho, o que fizeram com você?Comecei a gritar por ajuda e logo Marco aparece, em seguida Adriel descendo as pressas vindo em nossa direção. — Dio mio, André? — Marco fala agitado enquanto colocava o dedo na jugular de André e percebe que ele ainda respirava. — Ele está respirando. Acalme-se Valentina. Nervosismo e lágrimas não adiantam nada nesses momentos. Precisamos manter a calma e pensar na melhor maneira de agir. — Ele está completamente bêbado e com certeza nem deve lembrar do que ouve. — Adriel dizia enquanto o colocava deitado no sofá com ajuda dos seguranças — Ele levou um tiro no ombro, mas foi de raspão. Ligue pro seu tio Francesco e peça para ele vir aqui urgente. — Marco ordena— Sim, babo. — Adriel disse pegando o celular no bolso e discando o número — Ai meu Deus! Por que você age desse jeito tão inconsequente, meu filho? — falo sentando ao seu lado e deitando seu corpo em meu colo— Com certeza isso foi obra dos malditos Gre
ElizaArthur e eu conversamos tanto que nem percebemos todo o movimento sendo formado ao nosso redor. Já havia amanhecido e muitas pessoas estavam inďo e vindo pelas ruas da cidade. Nos levantamos e Arthur envolveu seu braço no meu ombro, me oferecendo um abraço suave e protetor. Logo retribui tal carinho sem pensar sequer duas vezes. Eu adorava a sua companhia e sua presença me trazia conforto, além de uma sensação de proteção. Não que teríamos algum romance ou algo do tipo, pois eu estava longe de querer isso, mas ele definitivamente era a paz que eu tanto procurava. Caminhamos por um curto período e ele me levou até o carro. Abriu a porta e apenas entrei. Não questionei em momento algum suas intenções, somente confiei.. isso mesmo, confiei em meus instintos e simplesmente de deixei guiar por eles. Enquanto ele dirigia colocou a sua mão sobre a minha dando um beijo e em seguida entrelaçando nossos dedos. Acariciei o seu cabelo e ele sorriu sedutoramente. Permanecemos assim por um l
Eliza— Bella, esse foi o nome que tive que usar para tentar esconder minha identidade, tudo por culpa da minha própria família. Pois, foi melhor ter sido dada como morta, do que ser submetida a um casamento arranjado.— Casamento arranjado? — Arthur se assusta — Isso mesmo. Mas o noivo morreu antes de realizarmos o casamento. Foi aí que eu tive que fugir do meu primeiro carrasco, ninguém menos do que Victorio Grecco, meu próprio pai. — sinto meus olhos marejados a cada palavra dita — É inacreditável que em pleno século XXI ainda existam esse tipo de situações. E por que seu pai te odeia tanto assim? — Arthur fala e percebo seus olhos escurecendo — É isso que vim descobrir. Mas, antes disso, preciso me livrar do maldito Hyago.— Hyago? Quem é esse? — Arthur pergunta — Ele é um dos donos daquele bordel disfarçado de clube. Por culpa de Sophie, mãe da Anna, contrai uma dívida de jogo feita por ela. E para evitar que ela morresse tomei a dívida como se fosse minha e até hoje fui obr
ArthurEstou completamente apaixonado pela Eliza e pensei que ela talvez pudesse sentir o mesmo por mim, mas pelo visto, tudo não passou de uma ilusão de criança, pois sem querer ela acabou deixando bastante claro quem é o seu preferido. Novamente o André tem que estar um passo a frente de tudo e tentando atrapalhar o meu caminho. Se já não bastasse a família agora a Eliza. Por hora vou resolver todas as pendências que ela tem com o maldito do Hyago. Ele tem uma dívida grande comigo e agora chegou a hora dele pagar. Ele tem duas opções, libertar a Eliza dessa dívida ridícula, ou ser exterminado como uma ratazana. Permaneci do lado de fora da cabana aguardando ela sair. Estava um pouco decepcionado com sua atitude e isso não vou negar, mas nada que o tempo não resolva. Vou deixá-la no seu apartamento e em seguida vou para casa. Estou exausto e necessito descansar um pouco a mente para planejar muito bem os meus próximos passos. Ainda preciso conversar com Juan para tratar da negociata
ArthurAo deixar a Eliza naquele lugar senti meu coração gelar. Não queria que ninguém a fizesse mal e tinha certeza que ali não seria o melhor lugar para mantê -la em segurança. Mas eu precisava tomar todas as decisões calmamente para que nada de ruim acontecesse à ela e muito menos a Anna. Ela já havia sofrido muito durante todos esses anos. Como o próprio pai foi capaz de maltratar tanto assim a própria filha? Algo de errado estava envolvido nisso tudo e eu precisava descobrir.Eliza, Eliza Grecco... seu sobrenome carrega muitos sentimentos ruins... medo, ódio, inveja, vingança, morte.... por culpa de sua família perdi os meus queridos avós. Tudo por culpa de uma guerra maldita e descabida em busca de poder. Eu estava cansado de tudo isso. Pensava que ao encontra-la alcançaria a paz e o conforto que tanto almeijei por esses longos quinze anos, mas infelizmente, tudo não passou de mera ilusão. A única coisa que eu encontrei nesse lugar e ao seu lado foi desilusão, decepção e um des
ElizaArthur me deixou naquele maldito apartamento sem sequer olhar para trás, e outra vez me senti solitária e completamente perdida. Nunca imaginei que pudesse dizer algo assim, mas em poucas horas ele conseguiu conquistar a minha confiança de uma maneira inexplicável. Agora mais do que nunca, tenho certeza de que se não tivessem nos afastado na infância, teríamos sido grandes amigos. Mas essa maldita desavença entre nossas famílias só tem nos causado dor e sofrimento, e o pior de tudo, é que até hoje não sei a verdade sobre essa rivalidade que dura décadas. Mas posso afirmar que o grande culpado são a família Grecco. Por que digo isso? Porque já tive o desprazer de sentir na própria pele até onde a maldade de um Grecco é capaz de chegar, exilar a própria filha e ainda a entregar para um homem que sequer conhecia. Sério, ainda não consigo acreditar que fugi daquele maldito casamento arranjado com aquele filho dos Delfine, mas tudo isso devo ao Enzo, que logo após me abandonou sem
André D'AngelisEstava com o ombro ferrado, mas eu precisava a todo custo procurar pela Eliza, se antes eu já estava louco por ela, agora que sei a sua verdadeira identidade tudo só fez piorar. Ainda não acredito que por pouco não a matei com o meu ato insano, e infelizmente devo isso ao bosta do Arthur, pois se não fosse por ele eu teria atirado nela sem pestanejar, e hoje não saberia como viver sem ter a chance de reve-la.Não consigo entender como essa mulher penetrou dessa maneira na minha mente. A todo instante surgem flashs da sua chegada ao clube e em seguida do susto que tomei ao perceber quem estava por trás daquela máscara, mas nada disso foi mais intenso, do que senti-la tão perto do meu corpo. Seu cheiro, seu cabelo e a sua pele me deixaram completamente em chamas, e para piorar a minha situação, o meu corpo dá rapidamente sinais ao relembrar apenas do pouco tempo que estivemos juntos.Só de imaginar que Arthur esteve sozinho com ela faz o meu sangue ferver de tanto ódio.
ArthurNão sei por quanto tempo dormi, mas pelo visto, foram longas horas. Estava zonzo e meu corpo completamente arrepiado depois dos sonhos que tive com Eliza. Eu preciso dela, preciso da Eliza para continuar vivendo. Antes a minha luta era encontra-la e agora que enfim a encontrei sofro por não ter o seu amor. Será que eternamente a minha vida se resumirá unicamente em viver através dela, implorando e suplicando por uma migalha que seja de afeto?Respirei fundo e por mais que tentasse esquece-la, a sua imagem não saia da minha memória. Eu a amava e isso era nítido. Muito mais nítido e cristalino como as águas do mar. Meu corpo dava sinais evidentes da necessidade que eu estava em tê-la nos meus braços. Eu precisava ama-lá nem que fosse por uma única vez ou iria acabar enlouquecendo.Levantei e fui até o banheiro fazer minhas higienes. Tomei um banho demorado na intensão de despertar um pouco. Enquanto a água quente escorria pelo meu corpo as lembranças da noite passada vinham com