Eliza— Bella, esse foi o nome que tive que usar para tentar esconder minha identidade, tudo por culpa da minha própria família. Pois, foi melhor ter sido dada como morta, do que ser submetida a um casamento arranjado.— Casamento arranjado? — Arthur se assusta — Isso mesmo. Mas o noivo morreu antes de realizarmos o casamento. Foi aí que eu tive que fugir do meu primeiro carrasco, ninguém menos do que Victorio Grecco, meu próprio pai. — sinto meus olhos marejados a cada palavra dita — É inacreditável que em pleno século XXI ainda existam esse tipo de situações. E por que seu pai te odeia tanto assim? — Arthur fala e percebo seus olhos escurecendo — É isso que vim descobrir. Mas, antes disso, preciso me livrar do maldito Hyago.— Hyago? Quem é esse? — Arthur pergunta — Ele é um dos donos daquele bordel disfarçado de clube. Por culpa de Sophie, mãe da Anna, contrai uma dívida de jogo feita por ela. E para evitar que ela morresse tomei a dívida como se fosse minha e até hoje fui obr
ArthurEstou completamente apaixonado pela Eliza e pensei que ela talvez pudesse sentir o mesmo por mim, mas pelo visto, tudo não passou de uma ilusão de criança, pois sem querer ela acabou deixando bastante claro quem é o seu preferido. Novamente o André tem que estar um passo a frente de tudo e tentando atrapalhar o meu caminho. Se já não bastasse a família agora a Eliza. Por hora vou resolver todas as pendências que ela tem com o maldito do Hyago. Ele tem uma dívida grande comigo e agora chegou a hora dele pagar. Ele tem duas opções, libertar a Eliza dessa dívida ridícula, ou ser exterminado como uma ratazana. Permaneci do lado de fora da cabana aguardando ela sair. Estava um pouco decepcionado com sua atitude e isso não vou negar, mas nada que o tempo não resolva. Vou deixá-la no seu apartamento e em seguida vou para casa. Estou exausto e necessito descansar um pouco a mente para planejar muito bem os meus próximos passos. Ainda preciso conversar com Juan para tratar da negociata
ArthurAo deixar a Eliza naquele lugar senti meu coração gelar. Não queria que ninguém a fizesse mal e tinha certeza que ali não seria o melhor lugar para mantê -la em segurança. Mas eu precisava tomar todas as decisões calmamente para que nada de ruim acontecesse à ela e muito menos a Anna. Ela já havia sofrido muito durante todos esses anos. Como o próprio pai foi capaz de maltratar tanto assim a própria filha? Algo de errado estava envolvido nisso tudo e eu precisava descobrir.Eliza, Eliza Grecco... seu sobrenome carrega muitos sentimentos ruins... medo, ódio, inveja, vingança, morte.... por culpa de sua família perdi os meus queridos avós. Tudo por culpa de uma guerra maldita e descabida em busca de poder. Eu estava cansado de tudo isso. Pensava que ao encontra-la alcançaria a paz e o conforto que tanto almeijei por esses longos quinze anos, mas infelizmente, tudo não passou de mera ilusão. A única coisa que eu encontrei nesse lugar e ao seu lado foi desilusão, decepção e um des
ElizaArthur me deixou naquele maldito apartamento sem sequer olhar para trás, e outra vez me senti solitária e completamente perdida. Nunca imaginei que pudesse dizer algo assim, mas em poucas horas ele conseguiu conquistar a minha confiança de uma maneira inexplicável. Agora mais do que nunca, tenho certeza de que se não tivessem nos afastado na infância, teríamos sido grandes amigos. Mas essa maldita desavença entre nossas famílias só tem nos causado dor e sofrimento, e o pior de tudo, é que até hoje não sei a verdade sobre essa rivalidade que dura décadas. Mas posso afirmar que o grande culpado são a família Grecco. Por que digo isso? Porque já tive o desprazer de sentir na própria pele até onde a maldade de um Grecco é capaz de chegar, exilar a própria filha e ainda a entregar para um homem que sequer conhecia. Sério, ainda não consigo acreditar que fugi daquele maldito casamento arranjado com aquele filho dos Delfine, mas tudo isso devo ao Enzo, que logo após me abandonou sem
André D'AngelisEstava com o ombro ferrado, mas eu precisava a todo custo procurar pela Eliza, se antes eu já estava louco por ela, agora que sei a sua verdadeira identidade tudo só fez piorar. Ainda não acredito que por pouco não a matei com o meu ato insano, e infelizmente devo isso ao bosta do Arthur, pois se não fosse por ele eu teria atirado nela sem pestanejar, e hoje não saberia como viver sem ter a chance de reve-la.Não consigo entender como essa mulher penetrou dessa maneira na minha mente. A todo instante surgem flashs da sua chegada ao clube e em seguida do susto que tomei ao perceber quem estava por trás daquela máscara, mas nada disso foi mais intenso, do que senti-la tão perto do meu corpo. Seu cheiro, seu cabelo e a sua pele me deixaram completamente em chamas, e para piorar a minha situação, o meu corpo dá rapidamente sinais ao relembrar apenas do pouco tempo que estivemos juntos.Só de imaginar que Arthur esteve sozinho com ela faz o meu sangue ferver de tanto ódio.
ArthurNão sei por quanto tempo dormi, mas pelo visto, foram longas horas. Estava zonzo e meu corpo completamente arrepiado depois dos sonhos que tive com Eliza. Eu preciso dela, preciso da Eliza para continuar vivendo. Antes a minha luta era encontra-la e agora que enfim a encontrei sofro por não ter o seu amor. Será que eternamente a minha vida se resumirá unicamente em viver através dela, implorando e suplicando por uma migalha que seja de afeto?Respirei fundo e por mais que tentasse esquece-la, a sua imagem não saia da minha memória. Eu a amava e isso era nítido. Muito mais nítido e cristalino como as águas do mar. Meu corpo dava sinais evidentes da necessidade que eu estava em tê-la nos meus braços. Eu precisava ama-lá nem que fosse por uma única vez ou iria acabar enlouquecendo.Levantei e fui até o banheiro fazer minhas higienes. Tomei um banho demorado na intensão de despertar um pouco. Enquanto a água quente escorria pelo meu corpo as lembranças da noite passada vinham com
Arthur— Ele está descontrolado babo, não sabe o que diz. — Adriel tenta amenizar as coisas, mas o babo não leva em consideração e torna a gritar:— RESPONDA A MINHA PERGUNTA ANDRÉEEEE...Com a discussão minha mãe sai do quarto tentando descobrir o que estava acontecendo.— O que está acontecendo aqui? Por que estão discutindo? Vá para o quarto desansar, André, seu ferimento está sangrando. E você Arthur, vá terminar de se vestir. — minha mãe disse não entendo absolutamente nada do que estava acontecendo, enquanto todos continuavam olhando para o babo— Estou aguardando o seu filho explicar o absurdo que acabou de dizer. VAMOS ANDRÉ! RESPONDA A MINHA PERGUNTA. — o babo volta a gritar — Que pergunta é essa? — a mama pergunta e ninguém consegue responder, até ela começar a gritar — CASPITA! QUE PERGUNTA É ESSA MARCO?— O André acabou de chamar o Arthur de bastardo, insinuando que não poderiam ser irmãos. O que me diz sobre isso? — a mama fica perplexa— O que pensa que sou André? RESPO
ArthurOuvir que eu não poderia ser um D'Angelis me feriu profundamente. Fiquei completamente sem reação com o que André gritou bem na minha cara diante de todos. Ele não era de dá ponto sem nó. Jamais diria uma palavra sequer se não estivesse calçado com algo mais profundo e sólido. Sempre soube me ferir onde mais doia. Infelizmente sempre fui muito sentimental e um romântico incurável. Nunca soube de onde tinha herdado esse jeito de ser, mas pelo que pude perceber, realmente não veio dessa família. Estava tão atordoado que nem ao menos raciocinar eu conseguia direito. Simplesmente tentava terminar de me vestir e quando estava prestes a pegar uma nova camisa ouço batidas na porta.— Entre. — Disse num tom seco. Ao olhar percebo que era Poliana trazendo a camisa. — Aqui está sua camisa, senhor. — ela diz timidamente me entregando a camisa.— Arthur... Poliana... Somente Arthur — disse segurando a camisa e vestindo logo em seguida — Posso ajudá-lo em mais alguma coisa? — ela pergun