ArthurNão sei por quanto tempo dormi, mas pelo visto, foram longas horas. Estava zonzo e meu corpo completamente arrepiado depois dos sonhos que tive com Eliza. Eu preciso dela, preciso da Eliza para continuar vivendo. Antes a minha luta era encontra-la e agora que enfim a encontrei sofro por não ter o seu amor. Será que eternamente a minha vida se resumirá unicamente em viver através dela, implorando e suplicando por uma migalha que seja de afeto?Respirei fundo e por mais que tentasse esquece-la, a sua imagem não saia da minha memória. Eu a amava e isso era nítido. Muito mais nítido e cristalino como as águas do mar. Meu corpo dava sinais evidentes da necessidade que eu estava em tê-la nos meus braços. Eu precisava ama-lá nem que fosse por uma única vez ou iria acabar enlouquecendo.Levantei e fui até o banheiro fazer minhas higienes. Tomei um banho demorado na intensão de despertar um pouco. Enquanto a água quente escorria pelo meu corpo as lembranças da noite passada vinham com
Arthur— Ele está descontrolado babo, não sabe o que diz. — Adriel tenta amenizar as coisas, mas o babo não leva em consideração e torna a gritar:— RESPONDA A MINHA PERGUNTA ANDRÉEEEE...Com a discussão minha mãe sai do quarto tentando descobrir o que estava acontecendo.— O que está acontecendo aqui? Por que estão discutindo? Vá para o quarto desansar, André, seu ferimento está sangrando. E você Arthur, vá terminar de se vestir. — minha mãe disse não entendo absolutamente nada do que estava acontecendo, enquanto todos continuavam olhando para o babo— Estou aguardando o seu filho explicar o absurdo que acabou de dizer. VAMOS ANDRÉ! RESPONDA A MINHA PERGUNTA. — o babo volta a gritar — Que pergunta é essa? — a mama pergunta e ninguém consegue responder, até ela começar a gritar — CASPITA! QUE PERGUNTA É ESSA MARCO?— O André acabou de chamar o Arthur de bastardo, insinuando que não poderiam ser irmãos. O que me diz sobre isso? — a mama fica perplexa— O que pensa que sou André? RESPO
ArthurOuvir que eu não poderia ser um D'Angelis me feriu profundamente. Fiquei completamente sem reação com o que André gritou bem na minha cara diante de todos. Ele não era de dá ponto sem nó. Jamais diria uma palavra sequer se não estivesse calçado com algo mais profundo e sólido. Sempre soube me ferir onde mais doia. Infelizmente sempre fui muito sentimental e um romântico incurável. Nunca soube de onde tinha herdado esse jeito de ser, mas pelo que pude perceber, realmente não veio dessa família. Estava tão atordoado que nem ao menos raciocinar eu conseguia direito. Simplesmente tentava terminar de me vestir e quando estava prestes a pegar uma nova camisa ouço batidas na porta.— Entre. — Disse num tom seco. Ao olhar percebo que era Poliana trazendo a camisa. — Aqui está sua camisa, senhor. — ela diz timidamente me entregando a camisa.— Arthur... Poliana... Somente Arthur — disse segurando a camisa e vestindo logo em seguida — Posso ajudá-lo em mais alguma coisa? — ela pergun
ElizaNão sei o que aconteceu, mas o movimento estava muito estranho por aqui. Os seguranças estavam agitados, e por via das dúvidas preferi me trancar no quarto junto com Anna e Sophie, para evitar que tentassem algo contra nós. Daquele maldito Hyago eu poderia esperar tudo o de pior que existe nessa vida. Anna estava brincando com suas bonecas e fingindo ser uma estilista muito famosa. Realmente a minha princesinha levava bastante jeito para esse ramo, pois fazia cada composição de modelitos que deixavam qualquer um de queixo caído. Quem sabe no dia, que enfim ficarmos livres desse inferno, não consiga montar um mini estúdio para ela dar asas à sua imaginação. Sophie estava deitada, mas sentia fortes dores por todo o corpo, decorrentes das lesões que havia sofrido por culpa daquele monstro do Hyago. Nunca desejei a morte de ninguém, mas daquele desgraçado, era praticamente impossível não pensar nessa possibilidade. Durante esses últimos anos ele tem tornado a nossa vida em um verd
ElizaParecia uma briga ou poderia ser até mesmo algum assalto. Fiquei apavorada e rapidamente empurrei a cômoda tentando travar a abertura da porta. Fui colocando todos os objetos que encontrava pela frente na tentativa de impedir que alguém entrasse e nos fizesse algum mal. Peguei a Anna e a coloquei dentro do banheiro. Em seguida ajudei a Sophie, entrei e deixei uma brechinha para tentar ouvir o que estava acontecendo, e caso eu percebesse algum movimento na maçaneta, eu trancaria a porta do banheiro por dentro.Toda aquela discussão e briga duraram alguns minutos. Depois de algum tempo ficou um silêncio total no apartamento. Sai do banheiro para tentar abrir a porta e ver o que tinha acontecido. Com dificuldade tirei os objetos de cima da cômoda e foi quando percebi que alguém se aproximava na tentativa de conseguir entrar. No mesmo momento corri pro banheiro e tranquei a porta por dentro. Só conseguimos ouvir alguém dando vários chutes e alguns tiros para destruir a maçaneta. O
ElizaEstava curiosa e ao mesmo tempo assustada com toda aquela mudança repentina. De uma hora pra outra a minha vida novamente virou pelo avesso. O miserável do Hyago desapareceu e seus capangas estavam mortos. Nunca imaginei que minha vida pudesse mudar tanto desde que coloquei os pés nesse lugar. A princípio voltei somente para tentar descobrir toda a verdade sobre o desprezo e a forma brutal como meu pai me expulsou de casa. Até hoje não conseguia compreender o verdadeiro motivo de tanto ódio por parte dele, mas isso no tempo certo eu vou descobrir, pois agora o mais importante é desvendar o mistério que cerca esse tal chefe, e os motivos pelos quais ele fez tudo isso. Perguntas insistiam em rondar e povoar a minha mente.Quem será que foi capaz de fazer tudo isso? Por quê se arriscar tanto por uma simples mercadoria? Mas quem for que tenha feito tudo isso terá eternamente a minha gratidão. Após ter passado os piores anos da minha vida nas mãos desse desgraçado do Hyago, o únic
ElizaEntão tomei coragem e chamei por ele o fazendo parar.— Arthur!Com um sorriso largo e perfeito ele me olha, e diz:— Diga. Precisa de mais alguma coisa? — ele solta a maçaneta e já dava passos em minha direção quando o faço parar— Sim. Preciso muito fazer isso. — falo e corro até a porta o abraçando apertado. Ele envolveu seus braços na minha cintura retribuindo o carinho na mesma intensidade. Nossos olhares se cruzam por alguns instantes, olhávamos para os lábios um do outro e era como se um ímã nos puxasse na mesma direção. Ele envolveu sua mão no meu pescoço e com a outra segurou na minha cintura me puxando forte de encontro ao seu corpo. Seu olhar ainda era fixo no meu, mas percebo sua boca cada vez mais próxima da minha, sinto um arrepio quando seus lábios tocam meu pescoço, sua barba cerrada tocou minha pela me deixando completamente amolecida e de pernas bambas. Artgur volta a me olhar fixamente, nossos rostos estavam cada vez mais próximos, eu conseguia sentir o fresc
ElizaTerminei de me arrumar e fui até o banheiro cuidar da Anna. Olhei em volta e tinha um roupão. Tirei ela da banheira e a sequei, mas então lembrei que sua roupa estava na mala lá embaixo e eu precisava descer para buscar. Deixei Anna sentada no quarto e fui até o corredor na tentativa de encontrar alguém, foi então que olhei e meus olhos brilharam assim que vejo àquela beldade vindo em minha direção. Arthur estava simplesmente maravilhoso, mais lindo do que nunca, se é que isso seria possível. Seu perfume tomou conta de todo o ambiente e invadiu as minhas narinas me fazendo ter diversas sensações diferentes dentro de mim. Ele se aproximou, sorriu e com carinho beijou a minha mão. — Você está perfeita, Bella! — ele diz todo charmoso e me deixando corada de vergonha— Você também está lindo. Mas por que está me chamando de Bella, se você sabe que o meu nome é Eliza? — pergunto curiosa— Porque hoje você se chamará Bella. Não pergunte nada, porque logo você saberá o motivo. Podemo