Unidos Pelo Destino: Onde Nasce o Amor
Unidos Pelo Destino: Onde Nasce o Amor
Por: Raquel Souza
Prólogo.

Edward estava finalizando um curativo no pescoço de seu cavalo chamado Hércules. O animal havia se ferido em uma cerca.

Ele era veterinário e cuidava dos animais de sua fazenda que acabara de herdar de seu pai que foi covardemente assassinado há três meses e até o momento não havia pistas sobre o assassino.

Edward era conhecido na cidade de Greenview, que ficava próxima à fazenda, como encrenqueiro, pois ele vivia dormindo com várias mulheres e se metendo em brigas ao ponto de ter sido preso da última vez e isso irritou seu finado pai de tal maneira ao ponto dele ter arranjado um casamento para ele com uma desconhecida na cidade de Springfield. Ele não estava nada feliz com essa descoberta, mas não tinha como fugir, pois o contrato do casamento dizia que quem desistisse teria que pagar uma alta quantia em dinheiro para a outra parte e ele não desperdiçaria dinheiro com uma completa desconhecida.

- Contrato idiota!

Edward resmunga ao lembrar do contrato. Ele teria que ficar cinco anos casado ou ter um filho para poder se divorciar e Edward torcia para que sua futura esposa já engravidasse logo. Edward era loiro de pele clara, com olhos azuis e ele deixava seus cabelos na altura do peito. Ele possuía o corpo musculoso devido aos seus treinos diários somado ao trabalho na fazenda, pois ele não era de ficar sentado dando ordens, tudo isso muito bem distribuídos em seus 1,85m e estava com 33 anos.

Ele finaliza o curativo no cavalo e estava retirando as luvas cirúrgicas quando uma mulher entra no estábulo sorrindo.

- Oi querido! Faz um tempo que você não aparece na cidade.

A mulher fala e Edward fecha os olhos com raiva. Aquela mulher era Judite Richards, ela era a filha mimada do prefeito da cidade de Greenview e queria a todo custo se casar com Edward por puro capricho. Ela havia armado para que ele fosse preso e Edward havia descoberto isso e estava zangado com ela.

- Pensei que havia dado ordens para manterem você longe dessa fazenda.

- Ora, querido, nosso destino é ficarmos juntos e ninguém seria louco de barrar a filha do prefeito.

Ela sorri triunfante e Edward apenas suspira.

- M*****a hora que bebi aquele whisky...

Em uma de suas saídas, Edward só havia beijado Judite uma vez e nisso ela havia espalhado por toda cidade de que eles estavam noivos. Edward tratou de desmentir ela. Assim a patricinha ficou revoltada e armou dele ser preso por vingança.

- Não me diga que continua zangado comigo.

Ela faz um bico fingindo estar magoada e Edward apenas a encara com raiva.

- Graças a sua vingança de merda, acabei preso. O que deu nessa sua cabeça oca em achar que isso me obrigaria a me casar com você?

- Mas você ainda irá se casar comigo. Eu sempre consigo o que quero.

Ela fala o encarando em desafio e Edward abaixa a cabeça tentando se acalmar.

- Eu não me casaria com você nem se fosse a última mulher da face da Terra. E saiba que já estou prometido para outra.

- O quê?

- Foi isso que você ouviu. Agora saia antes que mando os peões te levarem a força daqui.

Judite pensa em retrucar, mas ela percebe que Edward não estava para brincadeira. Então ela vai embora enquanto Edward pega suas coisas e examina outro cavalo.

---------------

Anastácia estava indo para casa, pois havia saído mais cedo do trabalho. Ela queria aproveitar e finalizar o seu vestido de noiva, pois o salário como garçonete não dava para comprar um vestido.

Ela estava noiva de Maurice Brenks e estava feliz que sairia da casa de seu pai, pois lá ela era agredida por ele e maltratada por sua madrasta junto de sua meia irmã que fazia de tudo para roubar o que era dela.

Anastácia tinha 19 anos, possuía pele clara, media 1,69m, possuía olhos azuis claros e longos cabelos loiros que iam abaixo da cintura. Ela era linda e despertava o interesse de qualquer homem e isso causava inveja em sua meia irmã que dormia com quase todo mundo para poder provar que era mais "poderosa" que ela.

Assim que chega em casa, Anastácia escuta alguns gemidos altos vindo do quarto de sua irmã junto do ranger do colchão. Ela suspira e continua caminhando até o sótão onde ela dormia, pois segundo sua madrasta, ela não merecia um quarto normal.

Anastácia se troca e começa a trabalhar em seu vestido que era um tomara que caia longo com uma fenda na perna direita e ela usaria uma tiara com flores que ela mesma fez.

Após o casamento ela moraria na fazenda que era da sua mãe, pois ela já havia assinado aos papéis onde o seu pai passaria aquelas terras para ela. Anastácia estranhou tamanha generosidade de seu pai, mas acredita que ele também quer que ela suma dali.

Anastácia termina finalmente o seu vestido e sorri ao ver o quanto ele estava lindo. Ela amava costurar e sonhava em ser estilista, mas somente Beatrice foi para a universidade.

Era perto da 18 hrs e Anastácia sente fome. Ela desce para poder comer algo. Ao chegar no corredor, ela escuta a voz de seu noivo no quarto de Beatrice e resolve ouvir a conversa.

- Como sempre você foi incrível.

Maurice fala enquanto se espreguiça com Beatrice deitada em seu peito.

- Eu faço qualquer um ver estrelas.

Beatrice sorri abraçando o noivo de sua irmã.

- Quero deixar claro que não vamos mais transar depois do meu casamento. Eu amo a sua irmã e não é certo ficar enganando ela assim.

- Tudo bem, mas duvido que você irá me esquecer depois disso.

Beatrice levanta e monta em Maurice enquanto esfrega nele. Logo ela começa a gemer e Anastácia abre a porta com lágrimas nos olhos olhando para os dois que estavam nus na cama.

Maurice olha para Anastácia e imediatamente empurra Beatrice para o lado e ela sorri vendo o sofrimento da irmã.

- Anastácia...

Maurice levanta e caminha na direção de Anastácia, que dá alguns passos para trás.

- Como você pôde fazer isso comigo?

Anastácia fala com a voz embargada e Maurice leva as mãos a cabeça pensando no que poderia falar naquele momento.

- Isso foi um deslize, mas saiba que eu te amo muito.

Maurice toca o rosto de Anastácia, que se afasta e lhe desfere uma bofetada.

- Se você me amasse, não teria transado com ela. Você é um canalha.

Anastácia tira o anel de noivado e o j**a no chão com raiva.

- Nunca mais olhe na minha cara. - Ela olha para a irmã que ria daquela situação - Vocês dois se merecem.

Nora ouve a gritaria e vai até o quarto onde encontra a confusão e logo ela vê toda aquela cena.

- O que está acontecendo aqui?

Nora fala de forma ríspida olhando torto para Anastácia.

- É a Anastácia que está dando o seu showzinho.

Beatrice fala se enrolando no lençol e Maurice tenta cobrir sua intimidade com as mãos.

- Não se preocupe que já terminei o meu showzinho. Vou deixar vocês terminarem o que vocês estavam fazendo antes que outro chegue e ache ruim que a sua cama esteja ocupada.

Nora fecha a cara e desfere uma bofetada em Anastácia, que apenas leva a mão no lugar que estava dolorido.

- Dobre a sua língua antes de falar da minha filha, sua vadia de merda!

Anastácia suspira e volta para o sotom enquanto chora. Maurice assiste a tudo aquilo arrependido por ser fraco. Ele amava Anastácia e sabia que ela era maltratada naquela casa e queria tirar ela dali, mas ela se recusava a ter intimidade com ele, então ele se envolveu com Beatrice somente para aliviar a tensão.

Steve sobe e encontra Anastácia subindo na direção do sotom e logo ele vai até a sua esposa. Antes dele perguntar, logo dá de cara com toda aquela situação e fecha a cara.

- A sem vergonha da Anastácia trouxe esse macho aqui? - ele olha para Maurice com o semblante fechado - Tenha vergonha na sua cara e vista uma roupa.

Steve leva as mãos no cinto com a intenção de dar uma surra em Anastácia, mas Nora o impede.

- Não faça isso, pois o noivo dela pode achar ruim vê-la marcada.

- Que noivo?

Maurice pergunta sem entender e Nora olha para ele com desdém.

- Aquela inútil não iria se casar com você. Ela está prometida para outro e o casamento é daqui a quinze dias. Acho bom você assumir a minha filha, pois ela está grávida e sei que você é o pai.

Maurice olha para Beatrice que olha surpresa para sua mãe que a olhava de forma severa.

- Não pense que não vi o papel da clínica de aborto. Você está querendo acabar com a nossa família?

- Mãe...

- Sem essa de mãe! - Nora eleva o tom de sua voz - Você irá ter essa criança e se casar imediatamente com esse sujeito.

- Esse filho é meu?

Maurice pergunta e Beatrice leva as mãos até seu ventre.

- Sim. Descobri na semana passada que estava grávida.

Maurice apenas abaixa a cabeça lamentando toda aquela situação.

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