Edward estava dirigindo por um certo tempo enquanto Anastácia mexia no seu novo celular. A viagem estava muito tediosa e Anastácia bufa um pouco frustrada.
- A gente poderia aproveitar um pouco a nossa lua de mel.- Este casamento nem é de verdade.Edward fala sem tirar os olhos da estrada.- Você não gostaria de admirar a paisagem?- Eu gostaria de admirar outra coisa.Um sorriso malicioso brota no rosto de Edward e Anastácia nem percebe isso."Tão inocente."Edward pensa e Anastácia o encara.- Posso tirar uma foto sua? Acho que alguns registros tornarão o nosso casamento válido.- Pode, sim, mas só publique quando chegarmos ao hotel. O mundo aí fora está cheio de loucos e dar a nossa localização não é uma boa ideia.- Ok.Anastácia tira algumas fotos de Edward e ele sorri.- Vou encostar o carro mais adiante e você pode tirar mais fotos. Podemos tirar uma foto juntos.- Está bem.Edward encosta o carro no acostamento e liga o pisca alerta. Ele desce e abre a porta para que sua jovem esposa desça e ela caminha um pouco para perto da grama.- Cuidado que aí pode ter alguma cobra.Edward fala e ela já olha para o chão e isso tira algumas risadas dele.- Você deve me achar uma pateta.- Não te acho uma pateta. Gosto de ver uma garota da cidade grande se virando no campo.Edward senta no capô do carro e a chama fazendo um gesto com a mão. Anastácia vai até ele e ele a senta em seu colo e pega o telefone das mãos dela.- Vamos tirar uma foto de casalEle aproxima o rosto do dela e ambos olham para a câmera e sorriem para a foto. Edward pega a mão dela e leva para o seu peito e Anastácia cora um pouco e ele acha graça.- Precisamos ser mais íntimos.Ele beija a bochecha dela e tira outra foto. Depois ele olha e sorri.- Viu? Parecemos um casal apaixonado.- Sim. Muito obrigada pela foto.Anastácia levanta rápido do colo dele e Edward sente que ela era agradável. Então ele abre a porta para que ela entre e depois ele entra e começa a dirigir.De repente começa a cair uma chuva forte e Edward é obrigado a parar em um hotel beira de estrada. Ele corre junto de Anastácia para dentro do quarto para que os dois não se molhasse muito.- Que chuva fria.Edward resmunga enquanto tira a sua camisa e Anastácia se pega novamente o admirando e ele gosta disso.- Pode olhar a vontade.Edward a provoca e Anastácia muda a sua postura. Anastácia pega um vestido e um conjunto de lingerie e vai no banheiro tomar um banho quente. Edward pega uma bermuda junto de uma regata preta e uma cueca box branca.Anastácia sai do banheiro com seu vestido verde e Edward a acha linda, mas mantém a sua postura.Ele entra no banheiro e assim que tira a sua roupa já olha para a sua ereção.- Você não está ajudando.Edward liga o chuveiro e começa a se tocar. Ele possuía uma vida sexual extremamente ativa e se sentia atraído por Anastácia, mas não pretendia ter nada forçado com ela, pois já achava aquilo de casamento forçado um absurdo. Ele morde seu antebraço para poder abafar seu gemido enquanto goza. O fato dela ser virgem mexeu e muito com ele.Ele sai do banheiro e encontra Anastácia perto da janela olhando a chuva- O que poderíamos fazer para passar o tempo?Anastácia pergunta assim que Edward tinha saído do banheiro e ele vai até ela e olha a chuva cair forte.- Vamos conversar e nos conhecermos melhor. Até parece que somos dois completos estranhos.Edward sorri e Anastácia senta na poltrona rindo.- É o que somos. Você tem medo de alguma coisa?- Perdi o medo quando vi o meu pai agonizando. Ainda acho o cretino que matou ele.Edward endurece o seu rosto e Anastácia sente que ele estava desconfortável com aquela pergunta.- Já comecei mal...- Tudo bem. Também era muito curioso quando tinha a sua idade. Seu pai é um doente por te forçar a se casar com um completo estranho.- A única coisa que interessa a ele é o dinheiro. Se você quiser me espancar, estuprar ou matar não fará diferença nenhuma.- Jamais faria isso. Meu pai criou dois homens e não dois monstros. - Edward sorri se lembrando de seu pai - Ele sempre falava isso.- Você e o seu irmão são bastante diferentes.- Sempre ouvimos isso. O Mike é adotado. Meu pai fez o parto dele, pois a mãe dele era muda e nunca disse quem era o pai dele. Ela morreu durante o parto e meus pais o adotaram. Quatro anos depois eu nasci e desde sempre Mike é da nossa família.- É por isso que Beatrice te rejeitou! Ela pensou que o Mike era parecido com você.Edward senta na cama com a cara fechada.- Sua irmã é racista?- Sim. Toda aquela dedicação dela no instituto é pura encenação. Para ela o que vale é a cor da pele e a classe social.O pai de Anastácia tinha o instituto Bons Frutos, onde eles faziam vários trabalhos com pessoas carentes e para a comunidade a família Weston era um exemplo de bondade, mas por trás Steve usava o lugar para poder lavar dinheiro.- Meu Deus! Onde eu fui me meter?Edward leva as mãos até a cabeça, pois ele desprezava qualquer racista e Anastácia o encara com um sorriso.- Não se preocupe que não pretendo convidar ela para o dia de ações de graça ou Natal. Nem sei como é comemorar essas datas.- Desculpe a sinceridade. Eu fico muito feliz, pois seria muito desagradável o Mike passar por isso. Desde pequeno já presenciei muitos comentários maldosos em relação à cor dele e acho que foi por isso que ele se tornou advogado.- E você é formado?- Sou veterinário. Fiz quase cinco anos de medicina, mas prefiro cuidar dos animais.Edward fecha os olhos e sorri se lembrando de como o seu pai surtou quando ele decidiu mudar de ramo, pois Connor Phillips queria que seu filho se tornasse médico como ele.- Então eu cuido de todos os animais da fazenda. É muito melhor do que ficar fechado num consultório. - ele olha para Anastácia - E você? Estuda alguma coisa?- Não fui para a universidade. Sonho em ser estilista e até fiz um curso de costura quando comecei a trabalhar. Quem sabe no futuro eu possa estudar.Os olhos de Anastácia brilham e Edward se encanta com isso.- Se você quiser, eu pago para você estudar.- Não precisa. Eu arrumo um emprego e...- Você é a minha esposa. Não posso te deixar trabalhar em um emprego qualquer. - Edward suspira e caminha até a janela do quarto - Isso vai ser o meu presente de casamento. Você pode estudar lá da fazenda e assim que nos divorciamos, você terá uma profissão e montarei o seu ateliê onde você quiser.- Vou aceitar porque o dinheiro que juntei da lanchonete só dá para comprar alguns tecidos.- Quanto você tem?- Pouco mais de 3 mil dólares.- Até é mais do que imaginei.Edward fica pensativo e Anastácia abaixa a cabeça.- Meu pai se recusava a gastar comigo. Tive que arrumar este emprego para poder comprar remédios, absorventes e materiais do colégio.- Pelo menos você aprendeu a se virar sozinha. Isso é uma qualidade e tanto.Edward sorri e vai até a sua mala onde tira um baralho. Ele senta na cama junto de Anastácia e os dois jogam por um longo tempo até que a chuva cessa e os dois vão até um restaurante almoçar e decidem continuar com a viagem no dia seguinte.Ele esperava que a vida de Anastácia fosse tranquila na fazenda, mas não sabia que muita coisa iria acontecer.Edward finalmente chega na sua fazenda e Anastácia olhava tudo com um certo entusiasmo, pois durante esses dias que os dois passaram viajando juntos de carro fez crescer uma amizade entre os dois.- Aqui é bem bonito.Anastácia fala enquanto aprecia a paisagem e Edward sorri.- Depois vamos dar uma volta para eu te mostrar o lugar.- Legal. - Anastácia continua olhando até avistar um pequeno chalé perto do lago - Aquela casinha parece bem aconchegante.Edward suspira de forma pesada, pois ele não queria ir tão cedo naquele lugar e Anastácia percebe o seu descontentamento e apenas fica calada.Eles continuam mais uns 40 minutos andando de carro até que chegam na sede da fazenda que era um casarão enorme totalmente rústico, porém muito bem conservado.- Chegamos. Este será o seu lar pelos próximos cinco anos ou até termos um filho.Edward sorri e Anastácia o encara.- Então esses serão longos cinco anos.Ela abre a porta da caminhonete e espera Edward que vai até a parte de trás e retira
Anastácia acorda e encontra a cama vazia. Edward tinha o costume de levantar cedo para poder trabalhar na fazenda e ele havia deixado isso bem claro para ela. Então Anastácia levanta da cama e vai no banheiro onde toma um banho e faz a sua higiene matinal. Ela veste um short vermelho-escuro que ficava um palmo acima do joelho e uma rega branca com uma estampa florida.O seu estômago ronca, então ela desce para tomar seu café da manhã. Anastácia desce as escadas e caminha na direção da cozinha. No caminho ela passa em frente a biblioteca e escuta o som de um objeto arremessado contra a parede seguido por um grito que ela jurava ser de Edward."Meu Deus! Será que ele está bem?"Ela se questiona e reúne um pouco de coragem e entra no lugar. Anastácia encontra Edward parado olhando para o vazio enquanto os móveis estavam tombados e alguns estavam completamente quebrados.O chão estava cheio de cacos de vidro e de alguns vasos de cerâmica que ele havia quebrado.Ela olha para Edward sem ent
Edward continuava dirigindo até que encontra com o funcionário da fazenda que havia vindo com Anastácia. Ele para a caminhonete e vai até o homem.- Você viu a minha esposa?- Ela disse que ia fazer algumas compras.O homem responde de maneira séria, pois sabia que não deveria ter deixado a garota sozinha em um lugar desconhecido e já estava esperando a bronca que iria levar de seu patrão.- E você a deixou caminhar por aí sozinha?Edward endurece o seu semblante e o funcionário abaixa a cabeça.- Ela disse que iria se virar e que era para eu resolver algumas coisas que a Edwirges tinha me pedido. Eu sei que errei, mas ela mesma disse que estava tudo bem e...- Está bem! - Edward o corta bruscamente - Pode voltar para a fazenda que eu mesmo vou atrás da minha esposa.O homem acena com a cabeça para Edward e entra no carro que ele tinha vindo e vai embora. Edward estaciona a sua caminhonete no mesmo lugar que o funcionário tinha estacionado e resolve ir procurar Anastácia a pé.--------
Anastácia fica olhando Edward, lavando as mãos e sai da caminhonete e caminha na direção dele olhando para o chão, tomando cuidado para não pisar em nenhum bicho. Ela chega perto dele e suspira.- Edward... eu queria te agradecer por você ter me salvando daqueles caras.- Está tudo bem. Não deixaria ninguém fazer mal a minha esposa.Edward fala enquanto lava as suas mãos. Anastácia imagina que ele estivesse chateado, vira de costas e começa a caminhar de volta para a caminhonete. Edward levanta e suspira.- Por favor, espera!Ela para e ele vai na direção dela.- Eu quero te pedir desculpas por ser rude com você hoje cedo. A morte do meu pai ainda mexe e muito comigo.- Está tudo bem. Edwirges me falou o quanto você está sofrendo com isso. Eu é que não deveria ter entrado lá e te questionado.Anastácia sorri fraco e Edward fica encantado com ela. Ele sente vontade de beijar aqueles lábios rosados dela e chega até tocar o rosto dela. Anastácia fecha os olhos sentindo a mão de seu marido
Edward entra no restaurante e logo é atendido e levado para uma mesa perto da janela. Anastácia olha a movimentação da cidade pela janela enquanto Edward faz o pedido. - O que você gostaria de comer? Edward pergunta e percebe que Anastácia estava distraída olhando pela janela. Ele vai e segura a mão dela com delicadeza. Anastácia olha para ele que sorria. - Eu perguntei o que você gostaria de comer? - Desculpe, estava distraída. Ela sorri um pouco sem graça e olha para o cardápio. - Acho que vou querer... macarrão com queijo. - Vou escolher o mesmo que você. Edward sorri e Anastácia volta a olhar pela janela. - O que você tanto olha? - Aqui é diferente da cidade grande. Todos ficam me olhando. - É que você é nova na cidade. Não se preocupe que daqui a algumas semanas já estarão acostumados a você. Agora mudando de assunto... você tem algum sonho? Fora o de ser estilista. - Queria poder ter uma família que me amasse, sabe? Sem aquele fingimento nas festas de fim de ano ou
Anastácia estava sentada na espreguiçadeira que ficava na sacada do quarto de Edward. As palavras daquela mulher ainda estavam martelando em sua cabeça. Ela não sabia ao certo o que sentia por Edward e depois dos beijos que eles trocaram já não podia dizer que eram apenas amigos, mas ela sabia que não podia se apaixonar por ele, pois sofreria muito se ele não sentisse o mesmo e, para piorar, Edward sempre deixa bem claro que aquele casamento era de fachada e que queria se divorciar. - Deus... onde eu fui meter? Ela fala entre lágrimas e nem percebe que Edward estava na porta, apenas a observando. - Tem alguma coisa te incomodando? A voz grossa de Edward assusta Anastácia, que corre e limpa as suas lágrimas. - Não tem nada me incomodando. - Sei que tem algo te incomodando, pois você não choraria à toa e nem me venha com a desculpa de que está com saudades da sua família horrível. Anastácia permanece calada e Edward caminha e senta na espreguiçadeira que ficava ao lado da dela. El
Edward fecha a cara e vai até a sua caminhonete e guarda as sacolas. Judite atravessa a rua e vai até ele.- Que surpresa boa em te ver tão cedo!- Pena que não compartilho do mesmo sentimento.- Até quando você irá continuar com toda essa hostilidade.- Quando você deixar de ser uma patricinha mimada de merda. - Edward a encara com o semblante fechado - Qual é o seu problema? O que você ganha enchendo a cabeça da minha esposa de merda?- Não tenho culpa se você vive fazendo merda. Ela é uma mulher e nós mulheres temos que nos ajudar.Judite sorri e isso irrita Edward.- E a sua ajuda é destruindo o meu casamento para que a gente se case. Que baita feminista é você, viu?Edward debocha e Judite o encara séria.- Ainda vamos nos casar e aquela sem graça irá sumir daqui.- Vai sonhando. - Edward a encara em desafio - Só vou te dar um pequeno aviso: fique longe da minha esposa! Esqueça que eu existo e vai atrás de outro idiota.Edward vira e entra na sua caminhonete enquanto Judite vai a
Edward estava galopando com Hércules verificando se estava tudo indo bem na sua fazenda. Isso fazia parte da sua rotina, mas uma coisa havia mudado. Ele se pegava pensando muito na Anastácia. Edward acreditava que era pelo fato dele não transar por um longo tempo e assim que fizesse isso com Anastácia esses pensamentos desapareceriam.Sim, depois daquele dia que ela manifestou interesse nele, Edward ansiava por aquilo, mas não a forçaria, pois sabia que ela era virgem e queria proporcionar uma noite inesquecível para poder inflar ainda mais o seu ego.Ele olha para a janela do seu quarto e começa a pensar na Anastácia que estava lá estudando, pois hoje era o primeiro dia de aula EAD no curso de moda e ele estava muito feliz por proporcionar isso para ela.Edward estava tão distraído pensando em Anastácia que não presta atenção a uma cobra que estava chegando perto de Hércules. O pobre cavalo se assusta e começa a relinchar enquanto ergue as patas dianteiras.- Calma garoto! O que está