— É, senhor Mueller. Não vai fazer nada? A loira fez beicinho. — Justiça deve ser feita. Senhor Galloway… Uma mulher como essa, claramente mãe solteira, vindo aqui com a pirralha dela… — A loira encarou Andrew Mueller. — Jogue-a para fora! Eu sou uma cliente V.I.P.! Ela tentou tocá-lo e Eve se sentiu completamente humilhada, afinal, ele estava tomando o partido daquela mulher simplesmente porque ela era bonita e estava jogando charme nele. — Minha noiva acabou de ser insultada… — Archer disse e a loira arregalou os olhos, antes de sorrir. Ela estava prestes a colocar as mãos no braço de Archer, quando ele foi para o lado de Eve e passou a mão pela cintura dela, puxando-a para ele. — E com a nossa filha presente! A loira olhou embasbacada de Archer para Eve e, finalmente, para a criança. Era evidente que Archer e a pequena eram ligados. — Senhorita Morgan, por gentileza, não cause problemas! — Andrew Mueller pediu. — A senhorita aqui é a noiva do senhor Galloway. June Morgan lev
— Não fique tão tensa. — O rosto dele estava próximo ao dela e Archer sorriu com o nervosismo de Eve. — O que vai fazer quando eu te beijar? Os olhos dela quase saltaram das órbitas. Eve começou a tossir e Archer se sentiu ainda mais satisfeito. Mexer com Eve estava se tornando um dos vícios dele. Shannon observava os dois e sabia bem que Archer estava flertando com Eve. “Acho bom você não brincar com ela, Archer, ou eu vou te dar uma surra!” Os dois foram para uma das lojas favoritas de Shannon e as vendedoras, ao verem Archer entrando, rapidamente endireitaram a postura. — Senhor Galloway! — Bom dia! — Ele respondeu, sorridente e olhou para Eve. — Trouxe a minha noiva para escolher sapatos. A gerente deu um passo à frente. — Será um prazer atendê-la! — A mulher falou afetada. — O que a jovem procura? Pelas roupas de Eve, elas sabiam que a moça não frequentava o mesmo círculo social de Archer Galloway, porém, a gerente, ainda que fosse uma mulher que adorasse servir aos poder
ARCHERToda aquela situação estava me deixando realmente estressado. Depois que aquele mexeriqueiro me viu com a Eve e com a Rose, ficou no meu pé e, agora que ele conseguiu lançar as fotos e a grande notícia de que eu, Archer Galloway, finalmente fui “fisgado”, ele achou que seria uma boa ideia continuar me infernizando. Eu odiava esperar. ODIAVA. Mas eu não podia simplesmente mandar tudo pro inferno, porque aparentemente, como eu já tinha ouvido antes, um homem com uma família, diga-se, esposa e filhos, atrai muito mais investidores. Shannon finalmente me avisou que Eve estava descendo. Saí do carro e me encostei na lataria, esperando a “princesa” descer. Um movimento foi captado pela minha visão lateral e eu me virei, a fim de ver se era Eve. E… caramba! O que era aquilo? Eu já sabia que ela era bonita. Mesmo irritadinha e desarrumada, na fila daquele mercado, a beleza dela era notável. Nem o óculos horrendo conseguia deixar aquela mulher feia. Porém, no vestido tomara-que-caia,
EVEPronta, eu não estava. Definitivamente! — Claro! — E o que mais eu responderia? Archer sorriu de lado e meu coração parecia que não sabia fazer outra coisa além de bater super acelerado. Ele era um idiota, mas era lindo. Lindo demais. E charmoso. “Ele é o seu patrão”, eu disse a mim mesma. Sim, não importava se tínhamos um acordo de casamento falso ou não. Eu era apenas a babá. Ter pensamentos impróprios com ele estava fora de cogitação. Andamos até a entrada real da tal festa e eu posso afirmar, aquele não era o meu tipo de ambiente! Shannon não tinha mentido quando disse que eu estaria rodeada de gente pronta para me engolir. Os olhares deles… — Senhor Galloway, por favor! Quando será o casamento? — Senhor Galloway, qual o nome da sua bela noiva? Archer colocou uma mão no bolso da calça, enquanto a outra ainda estava nas minhas costas, e se virou para os repórteres. — Responderei tudo em breve. — E mais uma vez, o sorriso de milhões! Ele se virou novamente e voltamos a c
AUTOR— Eve? — Archer a sacudiu de leve pelo ombro. — Meu bem?Eve piscou algumas vezes e olhou em volta. Eles estavam sozinhos, sentados à mesa. — O que foi? — Acho que eu quem devo perguntar isso, né? — Ele franziu a testa, mas não de irritação, e sim de preocupação. — Você ficou… sei lá, aérea. Parecia prestes a chorar. Eve engoliu com dificuldade a saliva. — Me desculpa, eu só… — Ela olhou para as próprias mãos. — Eu só me lembrei de uma coisa triste. Só isso. Archer não perguntou o que era a tal coisa triste, pois mesmo gostando de perturbar a jovem babá, ele não era tão insensível. — Entendi. Eu vou só falar com algumas pessoas. Já volto, tudo bem? E aí podemos ir embora. Archer beijou a bochecha de Eve. Ele agiu naturalmente e ela pensou que ele estava fingindo para as pessoas ali, porém, Archer nem tinha se dado conta do gesto de carinho para com Eve. Ela tentou se concentrar em bebericar da taça de água e manter os olhos em Archer. Ela não conhecia nada e nem ninguém a
— Relaxa que não vou te sequestrar. — Ele brincou e Eve se remexeu desconfortável no banco do passageiro.Ele queria dizer que por mais que não soubesse o que estava acontecendo, queria poder ajudar. Mas como ele diria? Por isso, Archer achou melhor mostrar a Eve. “Ela vai ser a minha esposa. Nem que seja por um ou dois anos.” O carro parou em um bairro mais central. Era noite, mas não muito tarde, então havia barracas de comida e Eve ficou surpresa com a escolha de lugar, por isso, olhou curiosa para Archer. — O quê? — Ele perguntou e ela nada disse, apenas levantou as mãos e ele sorriu. — Vamos, eu vi que não comeu nada. — Sair do carro, assim? — Ela olhou para si e para ele. — E daí? — Archer, não é perigoso? — Com medo? — Ele levantou a sobrancelha. — Eu te protejo. Vamos. Archer saiu do veículo e abriu a porta do lado dela ajudando-a a sair do carro. Algumas pessoas os olharam, mas nada disseram. — O que você vai querer? — Ele perguntou assim que se sentaram. Eve olhou o
Archer deu alguns passos para frente, fazendo com que as costas de Eve se colassem ao carro. Ela o olhava com os olhos bem abertos. Ele levantou a mão e tocou o rosto dela. — Você tem medo de mim? — Archer finalmente perguntou. O tremor dos lábios de Eve indicavam que sim. Ele inclinou a cabeça para frente, a fim de chegar mais perto da boca dela, mas Eve inspirou fundo e prendeu o ar, o que o fez fechar os olhos, soltá-la e dar dois passos para trás. — Entre no carro. Eve o fez rapidamente, mas Archer ainda demorou um pouco. Ela olhou para o cachorro-quente no palito e ele já não parecia mais tão apetitoso. — Coma. — Não pode ficar me dando ordens o tempo todo! — Ela inspirou fundo, enquanto Archer colocava o cinto. — Eu não te trouxe aqui pra brigar. — Archer falou calmamente e olhou para Eve. — Eu só não gostei de como os caras estavam olhando pra você. Como se… Você fosse de comer, Eve. Bom, de certa forma, você é. Só que não pra eles. Archer suspirou e Eve não sabia o que f
ARCHERDepois de deixar Eve em casa, eu fui pra casa e aconteceu algo que há muito não rolava: eu sonhei. Quer dizer, pelo menos eu lembrei do meu sonho. Eve estava lá, com Rose. Estávamos à mesa do café da manhã, Eve me dava um beijo no rosto, Rose gargalhava. Depois eu ia para o trabalho. E eu juro que não tinha uma noite tão boa de sono como aquela há tempos. Decidi que passaria no apartamento delas antes de ir para a empresa. No caminho, pensei sobre algo: se Eve iria se casar comigo, e Rose era a minha filha… Não seria melhor que morássemos juntos? Quer dizer, seria mais cômodo. Melhor do que ficar indo e vindo. Nossas fotos da noite anterior já estavam na internet e, eu admito, me deu um certo orgulho. Eve era linda e, naquele vestido, com aquela maquiagem, ela ficou ainda mais bonita. E elegante. E sexy. Isso me fez lembrar dos infelizes lá da barraca de comida coreana. Eles a queriam! Pois que sonhem, porque Eve não era deles, ela… Tamborilei meus dedos no volante. Ela era