— Eve, fica tranquila! — Shannon tentou acalmá-la, enquanto segurava Rose no colo. — Olha só a sua mãe, não tá linda? Rose riu e o coração de Eve derreteu. “Eu vou ser a mãe de Rose. A mãe dela. Minha nossa… Isso pode dar errado de tantas formas!” ela queria chorar, mas olhar para a pequena lhe dava forças. “E se a mãe dela morreu, mesmo? Talvez ela tenha contado a alguém que Archer era o pai e a pessoa deixou a criança com ele…” A mão de Shannon no ombro dela a fez voltar à realidade. A irmã de Archer ainda não achava boa ideia, porém, ela começou a pensar que talvez pudesse dar certo. Se a mãe da menina não tinha aparecido até então… Não só Eve e Rose pareciam mesmo mãe e filha, como Archer parecia estar vendo ali uma família. Eve se levantou da cadeira após o cabelereiro dizer que estava tudo certo. — Uau… E eu achei que não dava pra ficar melhor do que naquele evento. — Esse vestido é perfeito, Eve! — Shannon bateu palmas, seguida por Rose. — A cor caiu perfeitamente em você
Os lábios de Archer se aproximaram dos de Eve e o coração dela parecia pronto para sair do peito, de tão forte que estava batendo. O toque foi sentido, de leve, mas o suficiente para que fagulhas parecessem voar em volta deles.Archer queria aprofundar, tirar Eve dali, levá-la para algum lugar mais privado e tirar aquele vestido dela, como se fosse uma embalagem de presente preparada especialmente para ele. Porém, depois de como ela fugiu da última vez, ele precisava manter o foco, precisava ir com calma.Ele a beijou, devagar, mais como um roçar de lábios e se afastou, encostando as testas deles e sorrindo.— Ai, minha nossa, é tão romântico! — Uma voz feminina d
ARCHERPrimeiro, eu paralisei. Depois, senti o sangue fervendo em minhas veias quando me dei conta de que tinha um homem debruçado sobre uma mulher, que não era qualquer uma, mas a minha noiva! E então, o chorinho dela. Meus pés se moveram e eu o arranquei de cima dela, virando-o e acertando um soco no maxilar dele, sem a menor dó. E mais outro. Eve mais uma vez emitiu um som e eu me virei, vendo as lágrimas escorrendo pelo rosto dela, os cabelos bagunçados, o pescoço com marcas vermelhas. — O que tá acontecendo aqui? — Miron apareceu, junto com outras pessoas. Eu não tinha me dado conta de que estava xingando o filho da puta, que, claro, ao cair, levou algumas coisas ao chão. — Chama a polícia. Esse maldito atacou a Eve. Eu fui para perto dela, antes que eu me deixasse levar e continuasse a arrebentar o homem. Ele se sentou e levou a mão à boca e balançou a cabeça, com um sorriso sacana no rosto. — Chama, mesmo! Essa vadia marcou aqui comigo! — Ele falou e eu olhei para Eve, que
EVEEu pensei que Archer brigaria comigo, afinal, só Deus sabe como, aquele homem estava me acusando de ter chamado ele ali. Mas, para a minha surpresa, Archer me defendeu. Dentro do carro, não pude deixar de perguntar se ele realmente acreditava em mim. Ou se aquilo foi apenas para não passar de corno na frente daquelas pessoas. Ele olhou nos meus olhos, aqueles olhos verdes lindos, e sorriu, acariciando o meu rosto com uma das mãos. — Claro que acredito. — Ele beijou a minha testa e me abraçou. — Acho você meio chatinha, meio doidinha, mas não uma traidora. Eu o afastei, franzindo a testa. Ele realmente tinha que me xingar, mesmo num momento como aquele? Archer soltou uma risadinha baixa. — Eu não aceitaria casar com uma mulher que eu não confio, Eve. — Ele disse, mais sério. Meu coração estava batendo mais forte. Depois de tudo o que me aconteceu, eu não aceitava muito bem o toque de homens. Porém, quando aquele estranho estava se forçando e, depois, Archer me abraçou, eu não
EVEO olhar dele era profundo, mas eu não tinha a consciência pesada. Não naquele caso! — Eu entendo, senhor. Eu realmente não conheço aquela pessoa. O policial me dispensou e pediu que eu fizesse um exame de corpo de delito, por conta das marcas no meu corpo. Quando fui liberada, Archer estava esperando por mim. Olhei em volta. — Miron já se foi. Ele foi ajudar Shannon. Eu pedi que o carro viesse nos buscar. Passaremos lá apenas para pegar Rose e vamos pra casa, tudo bem? Eu assenti e o segui para fora. Archer colocou a mão no meu ombro e esfregou a minha pele do braço, como se me confortasse.Um carro nos esperava e o mesmo motorista de antes, Jimmy, se não me engano, estava ali. Ele abriu a porta para nós. Eu entrei primeiro. Archer segurou a minha mão o caminho todo e, eventualmente, me olhava e sorria. Ele não perguntou nada, o que me fez ser grata. Eu não queria falar mais sobre aquilo, porque todas as vezes, eu lembrava daquele homem em cima de mim, o que me fazia lembrar
AUTORArcher estava com dificuldades para dormir. Ele se sentou na cama e pegou a garrafa que mantinha ali, mas estava vazia. Ele teria que buscar água no andar de baixo. Ele desceu e percebeu, antes de chegar ao último degrau, que a cozinha estava com as luzes acessas. “Deve ser a Eve,” ele pensou e caminhou até lá. Por mais que ele tivesse sido quem emprestou e escolheu as roupas dela, Archer não esperava a visão de Eve vestida na blusa dele, que cobria a cueca que ela também vestia. “E se ela estiver sem?”Sem notar, ele passou a mão pela frente das próprias calças, e sim, ele estava desperto. Eve parecia que tinha acabado de levantar da cama dele, não que ele já tenha emprestado roupa dele para qualquer mulher. E nem as levava ali. Ele se aproximou de Eve e, quando ela se virou e deu de encontro com ele, os braços de Archer a abarcaram, puxando-a para ele. Eve levantou os olhos, que agora estavam com os óculos e não mais com as lentes, e ele se sentiu entrando num vórtex de des
ARCHEREu precisava controlar a minha vontade de segurar Eve, levá-la pro quarto e devorá-la. Só de lembrar dela com as minhas roupas… — Archer… Pisquei, como se estivesse brincando, ou flertando — que era o que eu estava fazendo — e comecei a cuidar das coisas. Não pretendia perder mais tempo do que o necessário. Por mais que eu estivesse louco pra passar mais tempo com Eve e, devo admitir, com Rose, eu tinha trabalho a fazer. Infelizmente, mesmo em casa, era difícil eu realmente tirar um dia totalmente longe do serviço. Eve não demorou a arrumar as coisas dela, que não eram muitas, e as de Rose. Essas sim ocupavam a maior parte do espaço que tínhamos disponível. — Tudo certo? — Perguntei, dando uma última olhada. — Tudo. — Eve respondeu e deu um beijo na cabeça de Rose. Descemos pelo elevador e fomos para casa. Maryah era uma excelente cozinheira e, quando chegamos, a mesa estava posta. Assim que nos sentamos, Eve deu uma olhadela na direção de Maryah. Pareceu pensativa. Volto
AUTORAssim que eles estavam do lado de fora, ele a levou para o quarto ao lado, o dele, e a prendeu contra a parede, enfiando uma mão nos cabelos de Eve e beijando-a. Não foi um beijo voraz, pois Archer não queria ser muito selvagem — ainda — e a outra mão ele entrelaçou com os dedos dela, colando na parede. Eve correspondeu, a respiração acelerada, bem como os batimentos cardíacos. Ela não tinha namorado ninguém, e, felizmente, o beijo que recebeu dele não foi como aquele, mas algo violento e doloroso. Archer, que estava se segurando há muito, desejando provar os lábios de Eve, parecia que ia explodir. O beijo do noivado não tinha sido nada, afinal, ele mal a tocou. Mas ali, naquele momento, era como se ele pudesse se conectar com Eve. Archer nunca tinha beijado daquele jeito. — Desculpa. — Archer disse baixinho e lambeu os lábios de Eve. — Prometo nunca mais furar a fila na sua frente. A risada rouca dele fez Eve relaxar, ao mesmo tempo que sentia urgência em ter os lábios dele