Capítulo 213NazarA raiva pulsava em minhas veias enquanto seguia Neide pelo corredor, mantendo uma distância segura para que ela não percebesse. Algo estava errado desde o momento em que Maicon mencionou o nome daquele soldado italiano de merda, Marco. E agora, com Alexei decidido a escavar ainda mais a história, eu precisava de respostas. Respostas que Neide parecia querer esconder de mim.Ela entrou no banheiro e, antes que pudesse fechar a porta, eu a segui, empurrando-a de volta com força contra a parede. Seus olhos arregalaram, de susto e indignação.— Sai daqui, Nazar! — Exclamou sem sucesso, porque eu não sairia nem fodendo.— O que diabos você está escondendo, Neide? — rosnei, segurando seus braços contra a parede. — O que tem entre você e o Marco?— Você está louco, Nazar? — ela disparou, tentando se soltar. — Não tem nada! E, mesmo que tivesse, não é da sua conta!A resposta dela só alimentou meu ciúme e minha fúria. Apertei os dedos em seus braços, aproximando meu rosto d
Capítulo 214 Don Alexei Kim Quando estava indo até meu quarto, fui parado por Nazar. — É verdade que a babá é irmã do soldado Marco? — perguntou imediatamente. — Sim. Investigue melhor nossos funcionários, por favor. — Fui saindo, mas ele segurou no meu ombro. — Don, estamos seguros? — Me diga você, Nazar! Estamos? — ele balançou a cabeça assentindo — Ótimo. O deixei ali mesmo, então encontrei com Yuri e Ana que entravam pela sala. Minha irmã me deu um abraço e logo sentou no sofá. — Ah, ela está um pouco cansada com as coisas da casa nova — Yuri logo explicou e fiquei olhando. Anastasia deve ter organizado muitas coisas. — Certo. É bom que fiquem aqui para receber a moça, que vem para ser treinada junto com Anastasia. Vou com Malu fazer umas compras para o quarto dos bebês, que ela está esperando. — Don! Na verdade, eu gostaria de permissão para ver Roman. Pode ser mais tarde, depois que receber sua convidada. Mas sinceramente, não gostaria que
Capítulo 215 Don Alexei Kim A água morna da banheira envolvia nossos corpos, enquanto Maria Luíza descansava contra mim, seu corpo perfeitamente encaixado ao meu. Eu podia sentir a respiração suave dela contra minha pele quando respondi sua pergunta. O cheiro doce de seu cabelo úmido misturado ao aroma de lavanda que preenchia o ambiente. Meus olhos deslizaram lentamente pelo contorno de seu corpo, agora moldado pela gravidez. Sua barriga estava arredondada, firme e bela, um lembrete gostoso das vidas que cresciam dentro dela. Cada curva parecia mais acentuada, mais feminina, como se seu corpo estivesse desenhado para carregar esse momento com perfeição. — Você está linda... — murmurei, deixando meus lábios roçarem sua orelha. Ela riu baixinho, um riso de carinho e um leve constrangimento. — Para, Alexei... Meu corpo está enorme. Me sinto estranha... — Estranha? — Passei meus dedos por sua pele macia, subindo da curva de sua cintura até seus seios, agora mais c
Capítulo 216 Don Alexei Kim Eu a enxuguei e levei para o quarto nos braços, sentindo seu corpo quente e molhado pressionado contra o meu. Malu me olhava com aquele brilho nos olhos, com desejo e a entrega que só ela conseguia ter. Eu não precisava de palavras para entender o que queria. O corpo dela me dizia tudo. Deitei-a com cuidado na cama, meus olhos correndo por cada centímetro daquela pele macia e úmida. Minha esposa. A mãe dos meus filhos. Minha mulher. Meu desejo. — Deite-se para mim — ordenei, com o desejo que queimava dentro do meu peito — Vou foder a sua boca. Malu obedeceu, inclinando-se na beira da cama, seus olhos fixos nos meus enquanto um sorriso malicioso brincava em seus lábios. Passei os dedos por sua boca antes de incliná-la para um beijo profundo, tomando posse do gosto dela, da suavidade de sua língua contra a minha. — Você é tão linda assim, entregue para mim… — murmurei contra sua pele, deslizando minhas mãos por suas costas. Enfiei
Capítulo 217 Don Alexei Kim O corpo de Malu estava relaxado contra o meu, sua respiração ainda um pouco acelerada depois do que acabamos de compartilhar. Eu a segurava contra o peito, sentindo o calor da sua pele, o leve subir e descer de sua barriga sob minha mão. Pensei que ela fosse adormecer logo, como sempre fazia depois de momentos como esse. Mas senti seu corpo se remexer levemente, como se algo estivesse em sua mente. — Alexei? — sua voz soou baixa, quase hesitante. — Sim, meu amor? — murmurei, beijando o topo de sua cabeça. Ela ficou em silêncio por alguns instantes antes de soltar um suspiro. — Eu estava pensando… — começou, e o tom em sua voz me fez ficar alerta. Afastei um pouco o rosto para poder olhar para ela. — O que houve? — perguntei, traçando círculos leves em sua barriga com a ponta dos dedos. Malu umedeceu os lábios, respirando fundo antes de continuar. — Não é nada demais, só… — ela hesitou e então riu baixinho. — Acho que est
Capítulo 218 Yuri Eu não aguentei esperar. Alexei queria que o encontro fosse às oito. Como se eu tivesse paciência para perder mais uma hora esperando. Como se eu fosse sentar e fingir que tudo estava bem, sabendo que o homem que sempre vi como um pai agora estava tentando me matar. Então marquei para as sete. O café que herdei de Vladislav fechou mais cedo. Mandei os funcionários para casa, mantendo apenas o confeiteiro de confiança nos fundos. Levei dois soldados comigo, mas os obriguei a esperar do lado de fora. Não queria ninguém perto o suficiente para interferir. Sentei na cadeira da mesa do canto, de onde podia ver a porta e cada reflexo na vitrine de vidro. Pedi um café, mas não bebi. O líquido escuro esfriava lentamente diante de mim, assim como minhas mãos, que estavam geladas. Não de medo, de raiva. A raiva que pulsava sob minha pele como eletricidade prestes a se soltar. Meus ombros estavam rígidos. Minha mandíbula, travada. Cada minuto
Capítulo 219 Don Alexei kim Dentro do carro fiquei impaciente. — Nossa, como vamos saber o que está acontecendo? — Fica tranquilo, Don. Eu desconfiei mais cedo que o menino pudesse fazer algo imprudente. Estava ansioso, então me precavi. Implantei um micro escuta no casaco dele quando colocou sobre a cadeira. Ele não imagina, mas estou acessando, vamos conseguir ouvir toda a conversa, porque ele levou o casaco — Fred disse e balancei a cabeça. — Nossa, ainda bem... Bom trabalho, Fred. Observei pela mira o interior da cafeteria, os vidros refletindo o brilho fraco da iluminação da rua. Através dos fones, ouvi cada palavra trocada entre Yuri e Roman. Fred, ao meu lado, estava igualmente atento, acompanhando tudo. — Você viu como ele segurou o cara pelo colarinho? — Fred murmurou, os olhos fixos no vidro onde acompanhávamos a conversa e víamos os movimentos. — Eu vi. Vi a raiva no rosto de Yuri, a tensão em seus ombros, a forma como seus dedos tremiam de vont
Capítulo 220 Yuri O maldito me olhava o tempo todo enquanto eu dirigia. Meus olhos estavam fixos na estrada, mas cada músculo do meu corpo estava alerta. Minha mão direita segurava o volante com firmeza, enquanto a esquerda permanecia descansando sobre minha arma, pronta para agir ao menor movimento suspeito de Roman. Ele não parava de falar. Estava me irritando pra caralho. — Seu pai era um bastardo, Yuri. Você sabe disso, não sabe? — Soltou uma risada baixa, como se estivesse compartilhando uma piada suja. — Manipulador, egoísta... e ainda assim, todo mundo se ajoelhava para ele. Ridículo. Eu mantive minha expressão neutra, mas dentro de mim, uma raiva surda queimava. Ele deve repetir o mesmo de mim por aí. — Ele não confiava em ninguém — Roman continuou, cruzando os braços. — Nem mesmo em você. Se tivesse confiado, teria te contado sobre o cofre. Mas não. Ele te deixou no escuro como a todos os outros. Meus dedos apertaram mais forte a coronha da arma. Que v