Mãos sujas

Capítulo 156

Yuri

— Nada mal... — Murmurou Nazar novamente, com um sorriso satisfeito, embora seus olhos ainda estivessem arregalados, como se não acreditasse no que havia acabado de testemunhar.

Ele esperava que eu hesitasse, que me recusasse. Mas, ao contrário, eu o assustei com minha frieza e a forma como levei tudo até o fim. Não porque eu quisesse, mas porque sabia que, naquele mundo, fraqueza era uma sentença de morte. Só não podia olhar para minhas mãos.

— Terminamos aqui? — Perguntei, minha voz surpreendentemente firme, embora por dentro eu estivesse desmoronando.

Nazar apenas assentiu, ainda em silêncio, e me virei, saindo do galpão sem olhar para trás. Cada passo parecia mais pesado do que o anterior, como se o sangue nas minhas roupas tivesse se tornado chumbo. Eu precisava respirar, precisava sair dali antes que perdesse completamente o controle.

Ao chegar do lado de fora, o ar gelado da noite me atingiu, mas não trouxe o alívio que eu esperava. Encostei
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