SOPHIA CARTER:Tenho a breve sensação de que estou perdendo mais uma parte de mim, a dor no peito é insuportável a medida que o carro se aproxima do hospital onde Richard está, o caminho todo vejo o semblante aflito e preocupado pelo retrovisor do carro, Isabella está tentando me acalmar mas ela sabe perfeitamente que isso não está funcionando.Já não tenho mais controle sobre as minhas lágrimas, elas descem como uma cachoeira pelos meus olhos, ansiedade e o medo já tomaram conta de meu corpo, amo tanto aquele homem meu Deus, assusta a forma como esse sentimento vem se agitando dentro de mim a cada dia que passo ao seu lado, se ele me deixar, não suportarei mais uma perda.Fechos os olhos os sentindo arder com tal pensamento, quando os abro olho de imediato para Thomas que dorme em seu bebe conforto, analiso o rosto inocente de meu filho percebendo a grande semelhança com o pai.Meus filhos não podem crescer sem o pai, meu deus, por favor não os façam sentir a dor que senti quando per
3 MESES DEPOIS…. SOPHIA CARTER:Três longos meses se passaram desde o acidente de Richard, apesar de todos não terem mais esperanças, continuo acreditando que meu marido volte a acordar, volte para nossa família como antes desse pesadelo acontecer, nada é como antes, minha rotina se mantêm em cuidar de meus filhos, chorar, criar esperanças e expectativas que não me servem de nada agoraNão foi fácil contar a Yasmin sobre seu pai, lhe contei sobre o acidente, mas doeu responder a pergunta de quando seu pai voltaria para a gente, respondi falando que ele voltaria para nossa família, mas sem data previstaMe sento na poltrona do quarto dobrando um macacão de Thomas, colocando-o junto a suas outras roupinhas, meu menino está crescendo e ganhando peso rapidamente, meu pequeno é esperto pela sua pouca idade.Me levanto caminhando em direção a cama para pegar meu filho recém-acordado e entusiasmado, quando seus olhos castanhos escuros me encaram é sempre um misto de emoções, deus, ele é
SOPHIA CARTER: UM ANO DEPOIS….Um ano se passou desde o acidente de Richard, um ano que sofremos por meses sem sua companhia entre nossa família, meses de pura tortura e dor, mas a quatro meses atrás meu marido acordou de seu profundo coma, a quatro meses antes Deus nos libertou do sofrimento que nos assolava, a quatro meses tive o enorme prazer de ver meu marido abrir seus olhos novamente após tanto tempo inconsciente. Serei eternamente grata a Deus pelo resto de minha vida, digamos, que nesses meses em diante a felicidade voltou para nossas vidas, ainda me lembro do sorriso e das lágrimas de Yasmin ao ver o pai novamente depois de meses, Richard reagiu bem a sua volta, ele está completamente bem agora, se recuperou dos traumas e ferimentos que o acidente lhe provocou, mas sei que o susto de quase perder a vida ainda o assombra. Assombra todos nos, foi mais do que emocionante ver o sorriso de Richard ao ver nossos filhos crescidos, a quatro meses a atrás quando chorava por vol
Sou reconhecido por ser tão frio como uma pedra de gelo, afastando todos com minha arrogância nata.Eu não tinha essas personalidades que tenho hoje, acabei adquirindo-as após o dia terrível da morte de minha esposa, mãe de minha única filha.Depois daquele dia me tornei esse homem detestável com todo o mundo, a única pessoa a quem dedico todo o amor que me resta essa pessoa é minha pequena.Minha única razão de viver, amo tanto minha princesa.Moro em uma mansão ridiculamente grande para mim e para minha filha, sendo tomado pela solidão dia a pois dia.Prometi a mim mesmo que não amarei nenhuma outra mulher como amei Catarina, ela vai ficar para sempre no meu coração, ainda me dói o fato de minha filha crescer sem uma figura materna mas de jeito nenhum vou arrumar uma madrasta que a maltrate.Não me envolvo em casos sérios com ninguém, para mim com todas as mulheres são só sexo casual, uma boa noite para relaxar a tensão que sofro tod
ANDREW CARTER:Flash Back On:Olho para o rosto de minha mulher sofrendo com a extrema força que faz para conseguir dar a luz a nossa razão de viver, a nossa filha.Pego em sua mão lhe dizendo frases reconfortantes e doces transmitindo o meu amor enquanto a vejo gritando e estremecendo.A cada novo grito que ouço sinto ela apertar mais a minha mão, meus dedos ficam brancos e doloridos pela força colocada, quando seus olhos escuros me encaram, vejo medo e tristeza enquanto lágrimas rolam de seus olhos castanhos por qual eu tanto me apaixonei desde nossa adolescência.Os fios escuros e sedosos de seus cabelos grudam em seu testa pelo suor refletido em sua pele morena.Os Médicos lhe orientam a colocar força e empurrar mais uma vez, e logo minha mulher obedece, contorcendo e gemendo de dor enquanto tenta dar a luz a nossa pequena.Com a respiração entrecortada seus olhos caem sobre os meus, e dizendo com o rosto banhado de finas lág
ANDREW CARTER:Para minha filha ser atendida com urgência tive que reclamar na recepção do hospital com uma moça de cabelos ruivos que premedito ser a recepcionista, o Médico de Urgências estava atendendo outros pacientes.Sei que estou exagerando por ser o começo de uma gripe mas me preocupo demais com minha filha.A recepcionista parece falar ao telefone com uma médica, que logo ela libera minha entrada….Caminho com minha filha até a sala e bato, ouvindo uma voz doce pedindo para entrar.Quando entramos vejo uma bela mulher de cabelos loiros, olhos verdes magníficos sentada com seu jaleco branco em uma postura profissional escrevendo algo.Ela me encara e depois a Liza, abrindo um sorriso simpático pedindo para nos sentarmos.Leio seu nome em seu jaleco : Dra Isabella Montenegro.Ela me faz umas perguntas em relação a Liza que trato de lhe responder.— Liza ainda é amamentada com leite materno? — ela me pergunta me
ANDREW CARTER:Não tive outra escolha a não ser ligar para Isabella pois Liza acordou com febre e chorando demais, não sabia o que fazer com minha filha, dei o remédio, mas, mesmo assim, ela continua a chorar.Juro que tentei acalmá-la de todos os jeitos possíveis, mas sem sucesso nesse requisito.Isabella consegue como mágica fazer ela parar, mas eu não consigo, me pergunto se é algum típico de técnica usada na Pediatria.O que vou dizer a ela sobre como possuo seu número de telefone?Merda, estava tão preocupado em fazer Liza se acalmar que nem pensei nesse detalhe.Talvez seja melhor eu evitar esse assunto quando ela me perguntar, mandei o endereço de minha casa para ela e liberei sua entrada no condomínio antes de sua chegada.Ordenei aos empregos a pedirem para ela subir assim que chegar pois estou preocupado com Liza, ela nunca ficou assim.— Calma meu amor...— acaricio o seu rostinho vermelho causado pelo choro.Agor
ANDREW CARTER:Desço de meu carro e caminho até a Mansão Carter, a casa onde cresci, e que atualmente minha mãe reside, entro no cômodo vendo minha mãe brincando com sua neta na sala de estar.Liza melhorou de seu resfriado há quatro dias, minha mãe pediu para deixá-la aqui já que Dona Maria ainda não voltou.Trabalhei a tarde hoje, e agora no início da noite, vim buscar minha filha.Assim que a pequena me ver começa a chorar querendo o meu colo, aproximo e pego ela em meus braços dando um beijo em seus cabelos sedosos.— Você se tornou um pai babão filho! — ela me dá um sorriso e vem me beijar na bochecha.— Confesso que sim mãe! — ajeito Liza em meus braços.— Por falar em filho, seu irmão me ligou hoje a tarde avisando que vai passar um tempo nos Estados Unidos, seu avião sairá de madrugada!— Tudo bom mãe, esperarei em minha casa, mas agora temos que ir pois tenho que colocar essa mocinha pra dormir! — lhe faço cócegas