Capítulo 15 Sarah — Ai — gemo ao tentar mexer minha perna. Talvez eu a devo ter quebrado. Minha cabeça também doía. Não deveria ter saído correndo daquele jeito. Fui imprudente. — Meu bebê — começo a chorar quando a realidade do que tinha acontecido me vem à mente. Coloquei em risco não só minha vida, mas também a do bebê ainda em meu ventre. — Que bom que já acordou, irmã. — a voz aflita de Alexandre me fez abrir os olhos e olhá-lo. Ele estava sentado em uma cadeira próxima à cama de hospital na qual eu me encontro. — Não se preocupe, ele está bem. — me tranquiliza ao constatar o pavor em meus olhos e minha mão acariciar minha barriga. — Mesmo? — ele faz que sim com a cabeça e me dá um lindo sorriso, enquanto aperta minha mão. — Eu me machuquei muito? Por quanto tempo eu dormi? — Você deslocou o joelho direito, fraturou um dedo, teve arranhões nos braços e na perna esquerda, também teve um pequeno corte na cabeça — relata tudo o que sofri ao ser atropelada. — Você dormi
Capítulo 16 Henrique --- Que merda --- gemo ao colocar a algodão com anticéptico no rosto. Acabara de chegar em casa, mesmo com toda a dificuldade que saiu daquele hospital após ser surrado por aqueles selvagens, eu consegui entrar em um táxi e ser deixado na porta do meu apartamento. Amanhã eu voltaria lá para pegar meu carro. --- Aqueles brutamontes dos irmãos da Sara estragaram meu belo rosto --- bufo e tiro minha roupa para tomar banho. Tenho um pouco de dificuldade, pois estou todo dolorido e o mais simples dos movimentos faz com que tudo doa. --- Como vou aparecer assim na casa do meu irmão amanhã? Minha mãe vai me matar. --- resmungo jogando a calça no chão e indo abrir o chuveiro. --- Ai… --- gemo mais ainda ao tocar na minha barriga. Dois socos no estômago e eu mal consigo respirar. Porra. Eu nada fiz para merecer essa surra, a Sara que se alterou sozinha. Porra, eu só queria saber se o filho que ela espera é meu e não há nada de mal em querer saber isso. Transamos e u
Capítulo 17 Sara --- Como está a grávida mais linda da minha vida? --- perguntou Gustavo entrando na casa do meu irmão com ele em sua cola. Já tinha se passado mais de duas semanas desde meu acidente e eu estava sendo muito paparicada por todos. Amely e Duda surtaram quando souberam do acidente e passaram toda uma tarde comigo tanto no hospital como aqui na casa do meu irmão. Bárbara, minha cunhada é quem está me ajudando nas suas horas vagas do trabalho, pois estou em repouso absoluto por 30 dias. Meu irmão Rafael levou o atestado para meu trabalho e me falou que Henrique me deu carta branca para só voltar para a empresa quando eu estivesse cem por cento recuperada. Minha vida nessas últimas semanas tem sido cama e sofá. Meu joelho ainda dói, mas os machucados já estão bem cicatrizados. Hoje é minha consulta com minha obstetra para saber se continua tudo bem com meu bebê e Alexandre vai me levar no consultório dela. --- Oi, Gustavo, estamos muito bem --- falei, lhe dando um sor
Capítulo 18 Henrique Passei pelas portas da casa do meu irmão e segui direto para seu quarto. Hoje era o dia do seu casamento e a posto que ele deve estar uma pilha de nervos. Esse dia era aguardado por ele há meses. --- Olha como eu estou linda, titio --- uma muito linda novinha pulou em meus braços assim que me viu. Helena estava linda e um sorriso largo enfeitava seu rosto de boneca. --- Está mais linda que a noiva, minha princesinha. --- beijei sua bochecha e ela deu uma risadinha sapeca. --- Eu vou ganhar um irmãozinho sabia? --- questionou com os olhos brilhando de felicidade. --- Amely está grávida? Eu não sabia. --- a questionei confuso. Meu irmão não havia me dito que sua futura esposa esperava um filho seu. --- Não, mamãe disse que ainda não está, mas que logo me dará um irmão. --- ela explicou. --- Ah, sim. --- soltei uma respiração. --- E você quer ter um irmão bebê para brincar? --- sorri e lhe beijei o rosto. --- Sim, titio, eu vou cuidar para sempre del
Capitulo 19 Henrique Sara, apesar de ser linda, não era meu tipo de mulher, não estava no meu nível de classe social. Então por que eu não conseguia esquecer o dia que a tive nos meus braços? Por que eu ansiava por seus sorrisos? Por que a queria perto de mim? Por que queria tê-la em minha cama de novo? Meu desejo por ela ainda estava latente em meu ser e isso eu não podia negar. Respirando fundo e caminho em sua direção: ela será meu par enquanto eu for padrinho de casamento do meu irmão da e Amely, ao chegar próximo a eles cumprimento-os. --- Boa tarde, Gustavo. Sara. --- Boa tarde --- ela me respondeu sorrindo e meu peito se agitou. --- Boa tarde, Henrique --- cumprimentou Gustavo agarrando Sara pela cintura. Tive vontade de a puxá-la para mim e dizer que ela era minha e que era a mim que ela amava. Amar… De onde tirei essa idiotice? Me perguntei mentalmente e quis me bater por pensar tal coisa. --- Temos que entrar e nos acomodar em nossos lugares --- avisei-a estendo meu b
Capitulo 20 Sara Horas depois… Apertei as mãos sobre as coxas. Estava nervosa e Gustavo ainda não havia chegado da delegacia. Ele havia levado Safira presa e estava fazendo todos os trâmites necessário para que isso fosse uma realidade. Contudo, a angústia ainda me prosseguia depois de tudo o que havia acontecido durante casamento de Amely e Marcos. O medo por algo nos acontecer, o susto ao ouvir o tiro e o pânico que me tomou ao ver minha amiga baleada fora demais para mim. Duda havia ficado comigo, fora embora tem pouco tempo, mas eu só me sentiria segura quando meu noivo chegasse em casa. Ou o som da chave na porta e sabia que ele estava chegando. Levantei-me do sofá e fui até ela esperar Gustavo entrar em casa. --- Ainda acordada? --- ele questionou a me ver parada próxima à porta. Não lhe respondi e apenas corri até ele e me escondi entre seus braços fortes. Estava aliviada por vê-lo bem. --- Estava esperando você chegar. --- ele me deu um beijo na testa. --- Tive tanto
Capitulo 21 Sara Quatro meses depois... — Meu amor, tem certeza disso, amor? — Gustavo, é só uma reunião, preciso deixar tudo certo na empresa para quando a Cristal nascer eu entrar de licença maternidade. — Mas é que eu me preocupo com vocês — falou ele beijando meu pescoço e fazendo meu corpo arrepiar — Nossa filha pode nascer a qualquer momento e tenho medo de que algo ruim venha a acontecer e eu não possa estar por perto. Eu já estava tendo praticamente uma vida de casada com Gustavo. Nós estamos noivos há um mês e eu estou morando em sua casa, pois na casa do meu irmão não tinha mais quartos vagos para fazer o quarto da Cristal. Toda vez que ele chama Cristal de nossa filha, meu peito fica quentinho. Gustavo nos ama incondicionalmente e é superprotetor conosco. — Nada vai acontecer, eu prometo — tranquilizei-o — se algo acontecer eu te ligo. — beijei sua boca e ele retribuiu o beijo, porém de forma mais intensa. — Não me beija assim que não resisto — falei parando noss
Capítulo 22 Henrique Um ano depois… A vida pode ser uma cadela quando quer mostrar que estamos errados e nos fazer sofrer. Hoje é um dia para ser feliz, mas tudo o que sinto é só tristeza. Olho em volta e vejo todos rindo e felizes, mas há um vazio em meu peito por deixar de ter isso que avisto a minha frente: uma família só minha. Eu insisti em permanecer em uma vida de luxúria, carnalidade e desejo que não me fez feliz. Vi meus amigos se apaixonarem, Mateus está casado e terá um filho daqui há alguns meses, Luciano e Gonçalo estão namorando e felizes ao lado de suas companheiras, Marcos está esbanjando felicidade com sua família e eu… Estou de fora vendo tudo isso e me arrependendo de não ter ouvido os conselhos do meu irmão e não ter dado uma chance para ter um relacionamento quando percebi algo sentia algo forte por ela, que eu tinha me apaixonado mesmo lutando contra esse sentimento. Fui egoísta, cafajeste, um puto como diz meu irmão. Eu me quebrei, sofri a perda de algo que