SarahEu estava em meu quarto após me embolar na cama durante um bom tempo. Cheguei do trabalho e vim direto para meu quarto para pensar na melhor forma de contar para minha família que eu seria mãe solteira.Olhei no relógio e já passava das 19 horas, provavelmente todos da minha família haviam chegado e estava esperando minha mãe avisar que o jantar estava pronto. Respirei fundo, me levantei, fui ao banheiro, tomei um banho e me troquei para ir até a cozinha para jantar.— Boa noite, Sarinha — cumprimentou Alexandre com um beijo no topo da cabeça. Ele havia acabado de chegar do trabalho e ainda estava vestindo sua farda.— Boa noite, Alê — beijei sua bochecha. Eu me dava muito bem com meus três irmãos.Alexandre morava sozinho, mas sempre estava almoçando ou jantando aqui na casa de nossos pais. Isso era uma das coisas que me incomodava bastante, meus irmãos podiam fazer tudo e dormir fora de casa, eu não podia fazer nada e tinha que me guardar até o casamento.— O almoço está servid
Sarah— Sarinha, eu já estou indo para o trabalho, você quer uma carona até a empresa?— Não, Alê. Acordei enjoada, então esperarei o enjoo passar para poder ir trabalhar.— Meu sobrinho está dando trabalho? — Alexandre, meu irmão, tocou na minha barriga e beijou minha cabeça.— Pode ser sobrinha — provoquei.Eu estava com dois meses de gravidez e só iria saber o sexo do bebê quando estivesse com 4/5 meses.— Se for sobrinha, eu terei que melhorar minha pontaria — falou, fazendo sinal de uma arma disparando.— Deixa de graça e vai trabalhar.Ele termina de arrumar a farda, pega sua mochila e sai de casa. Termino de arrumar a cozinha, que estava suja do nosso café da manhã, e vou tomar banho para ir para meu trabalho.Eu já estou morando com meu irmão há duas semanas e até agora tem sido bom, ele cuida de mim e não me deixa ficar triste. Mas tenho receio de que ele deixe de viver para cuidar de mim. Rafael, depois da briga com meus pais, também está procurando uma casa. Ele, assim como
Henrique.Minha vida virou um inferno nas últimas semanas. Pensei que conseguiria administrar as coisas após ter feito sexo com Sarah, mas não era isso que estava acontecendo e tive que me distanciar dela nas primeiras semanas.Estava me sentindo diferente em relação a ela e isso me deixou em alerta, me fazendo mudar o modo como eu a tratava e ser o mais profissional possível. Contudo, isso só me trouxe mais dor de cabeça e me deixou mal. Sarah passou a me tratar com muita frieza e isso tem me deixado triste. Não me dá mais seus belos sorrisos, seu olhar é sempre distante e também percebi que ela tem estado mais pálida que o habitual.Algo estava acontecendo e ela não me dava abertura para descobrir, e isso estava me enlouquecendo. Mais de dois meses já haviam passado desde que eu transei com ela e meu desejo não diminuíra, pelo contrário, só aumentava.Eu sonhava em fodê-la em minha mesa todas as vezes que ela vinha me entregar os relatórios ou me passar algo relacionado à empresa e
Sarah— Ai — gemo ao tentar mexer minha perna.Talvez eu a deva ter quebrado. Minha cabeça também doía.Não deveria ter saído correndo daquele jeito. Fui imprudente. — Meu bebê — começo a chorar quando a realidade do que tinha acontecido me vem à mente. Coloquei em risco não só minha vida, mas também a do bebê ainda em meu ventre.— Que bom que já acordou, irmã. — A voz aflita de Alexandre me fez abrir os olhos e olhá-lo. Ele estava sentado em uma cadeira próxima à cama de hospital na qual eu me encontro.— Não se preocupe, ele está bem. — Me tranquiliza ao constatar o pavor em meus olhos e minha mão acariciar minha barriga.— Mesmo? — Ele faz que sim com a cabeça e me dá um lindo sorriso, enquanto aperta minha mão.— Eu me machuquei muito? Por quanto tempo eu dormi?— Você deslocou o joelho direito, fraturou um dedo, teve arranhões nos braços e na perna esquerda, também teve um pequeno corte na cabeça — relata tudo o que sofri ao ser atropelada. — Você dormiu por um dia inteiro. Ra
Henrique.— Que merda! — gemo ao colocar o algodão com antisséptico no rosto.Acabara de chegar em casa, mesmo com toda a dificuldade que saí daquele hospital após ser surrado por aqueles selvagens, eu consegui entrar em um táxi e ser deixado na porta do meu apartamento. Amanhã, eu voltaria lá para pegar meu carro.— Aqueles brutamontes dos irmãos da Sarah estragaram meu belo rosto — bufo e tiro minha roupa para tomar banho.Tenho um pouco de dificuldade, pois estou todo dolorido e o mais simples dos movimentos faz com que tudo doa.— Como vou aparecer assim na casa do meu irmão amanhã? Minha mãe vai me matar. — Resmungo, jogando a calça no chão e indo abrir o chuveiro.— Ai… — gemo mais ainda ao tocar na minha barriga. Dois socos no estômago e eu mal consigo respirar.Porra!Eu nada fiz para merecer essa surra, a Sarah, que se alterou sozinha. Porra, eu só queria saber se o filho que ela espera é meu e não há nada de mal em querer saber isso. Transamos e usamos camisinha, mas nenhum m
Sarah— Como está a grávida mais linda da minha vida? — perguntou Gustavo, entrando na casa do meu irmão com ele em sua cola.Já tinha se passado mais de duas semanas desde meu acidente e eu estava sendo muito paparicada por todos. Amely e Duda surtaram quando souberam do acidente e passaram toda uma tarde comigo, tanto no hospital como aqui na casa do meu irmão.Bárbara, minha cunhada, é quem está me auxiliando nas horas vagas do trabalho, pois estou em repouso absoluto por 30 dias. Meu irmão Rafael levou o atestado para meu trabalho e me falou que Henrique me deu carta-branca para só voltar para a empresa quando eu estivesse cem por cento recuperada.Minha vida nessas últimas semanas tem sido cama e sofá. Meu joelho ainda dói, mas os machucados já estão bem cicatrizados. Hoje é minha consulta com minha obstetra para saber se continua tudo bem com meu bebê e Alexandre vai me levar no consultório dela.— Oi, Gustavo, estamos muito bem — falei, lhe dando um sorriso. Gustavo tem se most
SarahDois meses depois…Hoje era um dia especial: o casamento de Amely e Marcos. A celebração prometia ser grandiosa, repleta de amor e felicidade, e eu teria a honra de ser madrinha ao lado do Henrique. Duda também teria um papel importante, ao lado de Alan. Desde cedo, a movimentação na casa estava intensa, com preparativos, provas de vestidos e penteados sendo finalizados. A energia no ar era contagiante, e eu me sentia especialmente radiante, não apenas pelo evento, mas também por tudo o que estava acontecendo na minha vida.Minha gravidez avançava muito bem, e minha filha já dava sinais de que era cheia de vida. Nos últimos dias, seus chutes estavam mais frequentes e fortes, algo que me fazia sorrir sempre que sentia. Sim, eu teria uma menina! Descobri o sexo na semana passada, e foi um dos momentos mais emocionantes que vivi. Meus irmãos, claro, ficaram extasiados com a notícia, cada um já disputando quem seria o tio preferido. Eu podia ver no brilho dos olhos deles que essa men
Capítulo 20HenriqueSarah, apesar de ser linda, não era meu tipo de mulher, não estava no meu nível de classe social. Então, por que eu não conseguia esquecer o dia em que a tive nos meus braços?Por que eu ansiava por seus sorrisos?Por que a queria perto de mim?Por que queria tê-la em minha cama de novo?Meu desejo por ela ainda estava latente em meu ser e isso eu não podia negar.Respirando fundo, caminho em sua direção: ela será meu par enquanto eu for padrinho de casamento do meu irmão, de Amely. Ao chegar próximo a eles, cumprimento-os.— Boa tarde, Gustavo. Sarah.— Boa tarde! — ela me respondeu sorrindo e meu peito se agitou.— Boa tarde, Henrique — cumprimentou Gustavo, agarrando Sarah pela cintura.Tive vontade de puxá-la para mim e dizer que ela era minha e que era a mim que ela amava.Amar… De onde tirei essa idiotice? Perguntei-me mentalmente e quis me bater por pensar tal coisa.— Temos que entrar e nos acomodar em nossos lugares — avisei-a, erguendo meu braço para que