Chris não estava gostando da recusa de Sophia, apesar de entender. Ele cresceu tendo o que queria, e quando não tinha, dava um jeito. Claro que não a colocaria contra a parede e obrigaria a garota a aceitá-lo, mas isso não quer dizer que não a provocaria.
Algo lhe dizia para continuar e descobrir como seduzi-la. Ele também achava que o desgosto nutrido por ela ia além da má fama dele. Às vezes Soph parecia rancorosa, e isso o deixou pensativo. Chris tinha o mero pensamento de que já a tinha visto antes, que eles já tinham conversado, só que não lembrava. Acabou pensando que fosse de tanto vê-la em alguns seriados e que, talvez, sua mente brincasse com essas lembranças “fantasiosas”.Aquele era um dia em que os dois, novamente, estariam juntos. Não tinha como ele não se agradar com uma sessão de fotos em que as pessoas babariam em cima dele e, de quebra, ele irritaria a baixinha que era maluca por tê-lo recusado.— Me diga que já tem uma namorada em mente — Eduard apareceu do nada, lembrando-lhe do que ele queria esquecer.O agente com quem Chris trabalhava há anos era irritante em todos os sentidos. Na verdade, ele o odiava. O cara já o tinha feito passar por muitas coisas durante a sua carreira e aceitar papéis e acordos que ele não queria. E, atualmente, era aquele que vinha cobrar dele um bom comportamento.Ele já havia pensado muitas vezes em demiti-lo, contudo sabia que Eduard, embora fosse um cuzão, tinha contatos. Ele o suportava, pois se o carinha pensasse em passar a perna nele, poderia derrubá-lo com facilidade.— Já. Mas não vou entrar em detalhes. Você vai sair da minha frente e só ligar para mim quando eu tiver um trabalho — foi curto e grosso.Ele estava em uma cadeira, na frente de um espelho com luzes ao redor, com uma maquiadora gatinha, esperando o momento em que tiraria dezenas de fotos.— Sabe que sua imagem conta, não é?— Sabe que não sou nenhum novato, não sabe? — Fitou o agente pelo espelho. Não quis se dar ao trabalho de ficar cara a cara com ele. — Até o fim de semana terei uma namorada perfeita, um modelo de confiança e segurança moral.Quando viu que o homem ficou satisfeito para se retirar, revirou os olhos. Era humilhante, para ele, perceber que as pessoas não confiavam nele ou não o respeitavam.Então, apareceu a mulher que ele esperava. Ela estava linda, com os cabelos ondulados soltos, um vestido preto por baixo de um suéter marrom e botas pretas que iam até o meio das pernas. Ele a olhou pelo espelho e a viu se sentar na cadeira ao seu lado. Ela esperou alguma gracinha da parte dele, mas ficou em silêncio.Ela não dormia bem desde aquela conversa. Christian tinha o poder de fazer isso: sempre estava atrapalhando os seus pensamentos.Claro que era ela quem estava certa. Onde já se viu aceitar um acordo como aquele?Sim, isso é bem mais comum do que as pessoas pensam. Às vezes é para fomentar a carreira de alguém, promover um trabalho ou limpar a ficha, assim como Chris queria, só que ela não se via nesse papel. Bem... No papel não, mas na cama dele sim. O que era perturbador.A maquiadora começou o seu trabalho. Não seria difícil, pois a personagem era simples e odiava carregar o rosto, só precisava de um trato.Sophia notou algo muito estranho. Christian estava em silêncio, não a cumprimentou, não tirou sarro e não fez nada, a não ser existir ao seu lado e depois se levantar da cadeira, indo embora daliIsso foi irritante. Ela não sabia que ser ignorada por ele a deixaria tão chateada.— Oi. Eu gostaria de pedir um favor a você — ele disse ao se aproximar de uma mulher de cabelos loiros.Ela não era nem muito alta nem baixa, e estava linda, quase como uma modelo ou alguém que agenciava. Ele gostou do tipo e sabia que ela serviria para o seu plano. Usando o seu charme, convenceu a moça a interpretar uma personagem com ele, quase coadjuvante, no seu teatro. De longe, vendo-os pelo espelho, Sophia assistia àquela cena, irritada. Ele estava de volta: o Chris safado que ela tanto odiava.— Você poderia, por favor, me dar toda a sua atenção, seja em qualquer situação, durante esse ensaio? Só precisa sorrir, eu faço o resto.Soph desejou escutar o que os dois conversavam. Para ela, era irritante saber que estava enciumada por conta de um babaca como aquele, Christian Harrison, seu ex-ídolo juvenil.— Sabe o que seria bom? — a voz do agente dela, duvidoso, chegou de surpresa e sussurrou perto do seu rosto. Ela teve que se afastar um pouco, recusando a intimidade. — Você e o Harrison.— O que tem nós dois? — Ela desviou o olhar para ele, furiosa.Que coisa. Como se não bastasse ouvir o babaca, tinha que ouvir seu agente.— Isso seria a cereja do bolo para esse filme. — Encostou-se na penteadeira em sua frente, enquanto ela ainda era maquiada. O homem sabia que coisas assim não eram ditas na frente de qualquer um, porém não teve medo da conversa. — Imagina o sucesso. As fãs já comentam e os blogs já explanam. Vai ser bom para os dois.— Com a sua licença. — Ela já tinha ouvido o bastante, levantou-se da cadeira e foi para o seu lugar, no centro do cenário, onde eles tirariam as fotos. — Parece que todo mundo está tendo essa ideia maluca — murmurou.Antes de Soph chegar ao seu destino, ela e Chris se esbarraram. Ele a segurou para que ela não caísse em meio aos fios espalhados pelo chão. Os dois se entreolharam, só que ele não falou nada, apenas se certificou de que Sophia não cairia.— Que coisa! — novamente, ela sussurrou, vendo-o sair da sua frente. — O que deu nesse homem?Ignorá-la estava dando certo. Ele se segurava para não entregar tudo, rindo da cara de emburrada que ela fazia. Ao chegar novamente diante dele, Sophia o olhou, furiosa. Mas já era hora das fotos, portanto ela não seria ridícula de tirar satisfação na frente de todo mundo.— Vamos começar? — o fotógrafo perguntou, e todos ali, envolvidos, confirmaram.Era inegável, para quem estava de fora, que tinha algo rolando. Eles se olhavam com tanta emoção, que mais pareciam conversar. O sorriso que ele deu ao encará-la, no ensaio, foi genuíno. Assim, pôde deixar escapar o quão feliz estava em fazer aquilo.Por dentro, Soph quis bater nele e sentir o ardor em sua mão ao esbofeteá-lo, mas se segurou, limitando-se a esconder seus sentimentos e continuar com a sessão de fotos.A aproximação, o momento olho no olho e os toques a deixavam com o coração na boca. Como, depois de tudo que ele já tinha feito, seu coração ainda teimava em gostar do cafajeste?— Você está furiosa — ele disse, tirando-a dos pensamentos.Ela piscou e achou que tinha imaginado as palavras, no entanto notou que ele a olhava, surpreso. O fotógrafo parou de tirar as fotos. Encurralada, Sophia se viu confusa e com vergonha.— O quê? — fez-se de desentendida.— No início a Alex odiava o Christophe, mas não precisa trazer tudo isso de volta. Podemos ficar com a parte boa da coisa. — Aí estava o sarcasmo.— Acho que essa posição não os favorece — falou o outro homem, que foi até eles e os posicionou como queria. — Sabem aqueles olhares cheios de paixão que fizeram no set? Podem trazê-los de volta.Como se fosse fácil. Não era uma filmagem. Naquelas situações os dois não estavam tão ligados assim. Ainda mais depois daquele pedido, das palavras e das provocações que aconteceram após as câmeras pararem de gravar.— O coitado nem sabe que você me odeia — comentou Chris, sussurrando, assim que ele saiu.Sophia o fitou com os olhos cerrados e percebeu os deles se distanciando até a loira com quem ele conversava antes.— Quer chamá-la para o ensaio? — Ela ia dizer a si mesma para não demonstrar que estava odiando a troca de olhares e os sorrisos que os dois trocavam, porém foi maior que ela. — Talvez tenha mais clima.— A culpa não é minha. — Ele não sabia que iria gostar tanto de provocá-la. Sabia que era contraditório. Soph dizia uma coisa, entretanto fazia outra. Ciúme? Ele iria gostar de esfregar isso na cara dela. — É você quem está me olhando como se estivesse magoada.— Você que está me ignorando — ela finalmente disse.— Quer saber? Vou dar um tempo para vocês dois. — O fotógrafo bufou, desistindo naquele momento.Os dois não se importaram. A discussão acalorada era bem mais divertida.— Não estou ignorando você. — Ele franziu o cenho. — Você me disse para ficar longe. O que quer que eu faça?— Eu não falei nada disso. — Soph se arrependeu de ter dito aquelas palavras, pois foi aí que ele a pegou desprevenida. — Está com raiva porque eu disse “não” a você?As coisas estavam ficando realmente boas. O sorriso safado saiu dos lábios dele, causando raiva e arrependimento em Soph.— Raiva? — Ele se segurou. Tinha que fazer isso. — Querida, não tenho que me rebaixar a isso. Eu fiz uma proposta, você disse não, eu pulei para a próxima.Ela ficou chocada.Fui descartada?Quem via de longe, notava um casal discutindo. Alguns prestavam atenção neles sem ouvir ou saber o que diziam, outros tentavam ignorar.— Então é isso. — Cruzou os braços. — Pulou para os braços, ou melhor dizendo, para os peitos de uma loira qualquer que conheceu há minutos?Ela diria: “Controle-se, Sophia. Não deixe ele a provocar. Por que está tão irritada com isso?”— Conheço a Scarlet há mais tempo que conheço você. — Era uma mentira, ele nunca a tinha visto na vida. Mas estava bom provocar sua colega. — Estou com uma dúvida pertinente. — Chris se aproximou dela, pôs o rosto a centímetros do seu, sentindo o seu perfume, olhou-a nos olhos e sorriu. — Por que você está com ciúme, ou melhor, irritada, por eu ter entendido o seu recado e pulado para outra? — Ela se desmontou. Notou quão ridícula estava parecendo e descruzou os braços, tímida. — Afinal, eu ainda preciso de uma namorada. Falando nisso, quero que, por favor, não comente com ninguém essa informação, ou iria estragar tudo.— Então... Como estão as coisas? — a voz de Donald congelou Sophia.Ela se lembrou da noite passada, de quando estava em um evento como os vários dos quais já havia participado. Ele era um produtor famoso, e ela estava escalada para um curto papel em uma série que ele produzia. Na ocasião, Donald se aproximou demais dela, puxou-a, fez perguntas intimidadoras e quase a beijou.Ela disse, por um equívoco, porém justificável, que estava em um relacionamento sério. Nem se lembrou da proposta absurda de Chris, só queria sair dali. Nunca tinha sofrido um assédio como aquele. Sentiu que ele usava da sua posição, importância e poder sobre o seu trabalho para tirar uma casquinha dela. Sophia não contou isso a ninguém além da sua assistente pessoal, que falou que Donald era um dos grandões e que o chatear seria um erro.Erro seria ser assediada e ficar calada.O homem estava conversando com os que ali estavam e a observou. Ela sabia que ele se aproximaria dela, portanto olhou para Chris, que apesar de ser um safado, era uma pessoa de confiança. Eles tinham esse lance de amor e ódio, contudo, se algo ruim acontecesse, ela sentia que ele ficaria do lado dela. Ainda mais com o segredo que eles compartilhavam.— Christian — ela chamou a sua atenção antes de puxar sua roupa e lhe tascar um belo beijo na frente de todo mundo.Primeiro foi tímido e inesperado, algo que impressionou Chris. Depois, quando ele a puxou pela cintura, foi bom e acalorado. Era o início de uma história maluca. Ele nunca a tinha beijado de verdade, e provar isso foi impressionante. Foi difícil se lembrar da realidade.Ela se afastou, olhou em seus olhos azuis confusos e pediu:— É só temporário. Não diga para mais ninguém, ou eu mesma mato você.Quando pôs os pés naquele estúdio de fotografia, Chris tinha um plano em mente para irritar Sophia. Era para ser uma provocação. Ele sabia que a mulher resistiria até o fim, por isso não esperava que ela entregaria tudo de mãos tão rápido.Apesar de estar satisfeito com o resultado, também estava curioso. Aquele beijo espontâneo foi um ato desesperado e sem pensar de Soph. Ela queria se livrar do produtor idiota que estava em cima dela. Isso nunca tinha lhe acontecido. Um homem que era conhecido e respeitado dar em cima de uma das atrizes do seu trabalho?Pensando bem, é mais comum do que imaginam. Esse meio tem muito disso. Ela só não era tão afoita nem desesperada para aceitar tal coisa. Desde que começou no ramo, não se metia em encrenca e não era vista com ninguém. Os poucos namorados que teve nesse meio tempo foram pessoas tão reservadas quanto ela. E Soph odiava estar em rodas de fofocas ou ser capa de revistas que explanassem os erros e acertos de tal pessoa.Entretanto, todos
Ela estava ficando maluca. Não parava de pensar no que fez, no que aceitou e na atitude impensável de escolher Christian Harrison como seu namorado falso. Existiam tantos que seriam bem melhores, mais educados, menos safados e mais confiáveis, mas lá estava ele a encarando, pedindo para que ela aceitasse o acordo idiota que os faria serem falados por um bom tempo.Afundando o seu rosto na almofada e gritando como uma louca, ela tentava pensar em uma saída ou em como fazer com que isso não acabasse da pior forma possível.Chris era um safado conhecido, e em toda a sua carreira nunca havia assumido nenhuma namorada. Sempre foi um descarado. Aparecia nas manchetes, bebia e já foi preso por dirigir embriagado.E pior, ela era extremamente atraída por ele, como se o fogo fosse sugado pelo corpo sexy e o sorriso safado daquele homem.Como sobreviver a esse período de tempestade?— Não adianta surtar agora. — Keilly estava certa, só que isso não ajudava. Ela só conseguiria pensar em algo dep
Eles estavam juntos nessa, e ela não poderia estragar tudo, teria que cooperar. Mas aquele olhar... Ela conviveu tempo o suficiente com ele para saber que ele tinha algo em mente.— Não. Por quê? — Continuou sem entender.Chris parou um segundo para, pela primeira vez desde que chegou, varrer o corpo dela com seus belos olhos azuis. Ele mordeu os lábios ao ver que a mulher só vestia um moletom cinza que era bem curto. Aquilo era bonito de se imaginar sendo tirado.Sophia ficou arrepiada. Nunca pensou que ele a olharia dessa forma, pois sempre voltava ao passado, quando ele nem se deu ao trabalho de olhá-la nos olhos. Mas ela cresceu, emagreceu e seus peitos também aumentaram. Suas pernas eram consideradas umas das mais bonitas, e ele sabia disso.Ele se aproximou dela, hipnotizando-a e pondo uma dúvida sobre o que ela tinha em mente. Fez o que ninguém poderia imaginar naquela situação: pôs Sophia em seus ombros, assustando-a. Ela até deu um gritinho de desespero.— O que está acontece
— Para. Nada além de uma amizade vai rolar entre nós. — Soph estava tentando ser a pessoa que deixava de lado as diferenças. Ele tinha razão, e isso custou muito aos neurônios dela. Existiam vários fatores que colocariam tudo em risco, como, por exemplo, seu olhar matador, sua boca perversa, o calor que ela sentia sempre que ele estava a passos dela e a vontade de virar uma louca, jogá-lo na cama e transar com ele como uma maluca. Quantas vezes ela já tinha imaginado estar com ele em cima de uma cama? Uma vez rolou, só que eles estavam cercados de pessoas e câmeras, e nada daquilo era verdade. — Certo. Você está em negação. Prometo ser... — Ele respirou fundo, pois não queria dizer isso. — Ser paciente.— Ser paciente? — Franziu o cenho. — É algo muito certo: a única coisa que pode rolar é beijo.— Muito. Tipo, muito mesmo. — Ele achava que assim quebraria o clima, e conseguiu. Tirou um minúsculo sorriso dela. — Quem sabe uns pegas? Se você começar, não me culpe se a minha mão acaba
Com os nervos à flor da pele, Sophia se olhava no espelho pela milésima vez, tentando achar alguma coisa fora do lugar. Não tinha. Na verdade, era só uma blusa de alças finas com uma calça larga da cor preta e um sobretudo da mesma cor. Seus cabelos estavam soltos.Todo esse nervosismo tinha um porquê: seria a primeira vez que ela sairia de casa com Christian sendo seu “namorado”. Aquele beijo no estúdio rendeu muitas fofocas. As pessoas são como traças: quanto mais sabem, mais falam. O que faltava era eles confirmarem. Não precisavam dizer “estamos namorando”, simplesmente sair de mãos dadas e se beijarem ao ar livre, como se fosse normal tudo isso. Serviria.Só que não era nada fácil para ela. Soph nunca havia se preocupado com as roupas que usaria no dia a dia. Afinal, tudo que tinha, ficava bom nela. Na realidade, essa não era a sua preocupação, e sim confirmar para Deus e o mundo que ela, a única em todo aquele tempo de carreira dele, foi a escolhida para ser sua namorada oficia
Com burburinhos em toda a Hollywood, comentavam e se perguntavam se a notícia de que o cafajeste de LA estava em um relacionamento sério era verdade. Os comentários se dividiam entre aqueles que achavam que era marketing para o filme que havia acabado de estrear e aqueles que não acreditavam em nada disso.Todos naquele evento estavam ao ar livre, com o final do dia sendo o plano de fundo. Era lindo quando o litoral de Santa Mônica entardecia e o sol tomava uma cor mais alaranjada, que, no céu que se destoava entre azul-claro e azul-escuro, dava um clima relaxante.Era ali que todos estavam, e não perceberam que os dois convidados mais falados de toda a LA chegavam ao evento. Particularmente, Sophia não queria ir, ainda mais ao lado de Christian. Além de os dois serem o assunto do momento, seriam fotografados juntos, questionados sobre a relação e motivo de fofocas no lugar. Não queria ter que lidar com tudo isso no mesmo dia em que, no píer, bem perto dali, Chris a surpreendeu com aq
Está na hora de agir, Sophia. Está na hora de ser a mulher determinada que você finge ser e tomar as rédeas das coisas. Sua carreira está em jogo. Finja que é verdade ou torne a mentira real.Ela realmente estava com os nervos à flor da pele, pensando em milhares de respostas.— Na verdade, eu o fiz correr atrás de mim — tomou postura, sendo firme e irônica, como as pessoas costumavam vê-la.Na frente dos famosos de Hollywood, a menina humilde que conquistou as telas da TV mentia sobre ser confiante desde os 15 anos. Na realidade, ela era um coelhinho sendo caçado pelos paparazzi desde cedo, e, com isso, precisou se moldar ao habitat. Ou mudava ou seria comida.— Acredita que ele ainda se esforça? — ela comentou.O roteiro não era exatamente esse. Eles diriam que se conheceram no set e que foi rolando durante as gravações, mas nada de Christian Harrison correndo atrás da garota do momento. No entanto, ele gostou da resposta, a qual fez Leny rir.— Eu diria que foi amor à primeira vist
Muitas mulheres já haviam entrado naquela casa enorme, mas Sophia não. Era a primeira vez dela naquele lugar. E ela era uma mulher muito observadora, estava sempre procurando detalhes. Não era para ela dormir ali, na cama em que outras podiam ter dormido, porém, inusitadamente, Christian a convidou.Sophia poderia ter recusado, mas não, lá estava ela, observando a casa, enquanto ele fazia sabe-se lá o quê. Ela pediu para que sua assistente lhe levasse uma roupa confortável para passar a noite. Suas residências não eram vizinhas, mas não demorava nem 20 minutos para chegar ali.Depois de um banho no qual ela pensou, diversas vezes, em estar com ele, botou um blusão enorme de crochê, cor creme, que deixava um dos seus ombros expostos e batia nas coxas. Estava com quase nada por baixo. Ela passou pela enorme sala, que tinha uma imensa parede de vidro, dando a visão de um belo jardim, e pelos corredores simples, onde se mesclavam a cor verde-musgo e um tom acinzentado meio amarronzado e t