Muitas mulheres já haviam entrado naquela casa enorme, mas Sophia não. Era a primeira vez dela naquele lugar. E ela era uma mulher muito observadora, estava sempre procurando detalhes. Não era para ela dormir ali, na cama em que outras podiam ter dormido, porém, inusitadamente, Christian a convidou.Sophia poderia ter recusado, mas não, lá estava ela, observando a casa, enquanto ele fazia sabe-se lá o quê. Ela pediu para que sua assistente lhe levasse uma roupa confortável para passar a noite. Suas residências não eram vizinhas, mas não demorava nem 20 minutos para chegar ali.Depois de um banho no qual ela pensou, diversas vezes, em estar com ele, botou um blusão enorme de crochê, cor creme, que deixava um dos seus ombros expostos e batia nas coxas. Estava com quase nada por baixo. Ela passou pela enorme sala, que tinha uma imensa parede de vidro, dando a visão de um belo jardim, e pelos corredores simples, onde se mesclavam a cor verde-musgo e um tom acinzentado meio amarronzado e t
Desconfiado do porquê da pergunta, ele bebeu, em um gole, toda a bebida do copo e tentou pegar algumas partes boas sobre o assunto que ela queria saber. Os dois eram cúmplices naquilo e Chris achava que podia confiar nela, todavia não entraria nos detalhes que desejava esquecer.A conversa rolou. Eles contaram histórias dos dois lados e, em muitos momentos, sentiram-se confortáveis. Talvez fosse a bebida, que não parou no primeiro gole. Entre risos e olhares, eles estavam cada vez mais perto um do outro.Sophia não sabia o que aconteceria e se Chris diria mais alguma coisa, mas ele já tinha dito o bastante, não se esquivou. Ela sempre quis saber mais sobre o seu ídolo, e descobrir como ele virou esse homem era o tópico mais importante ali. Dependendo do que ele dissesse, ela poderia, enfim, decidir se iria ou não continuar com aquele jogo no qual pensava em fazer.— Não foi fácil começar na indústria tão jovem. — Ele bebeu mais um pouco da quarta dose. — Eles disseram que eu tinha tal
Semanas depoisA mentira estava se tornando maior do que eles haviam imaginado. Sophia era cobrada pela mãe e a mídia estava atrás dela como se ela fosse a descobridora de uma nova civilização, enquanto Christian só nadava na sua onda.Bem... As mulheres sempre são as mais cobradas. Sempre. Então, ela deveria se preparar para tudo que estava por vir.— Não, mãe.A senhora Thompson estava insistindo para saber mais sobre esse namoro, que era um milagre, algo fora da realidade para ela. Desde que a filha tinha 10 anos, via ela apaixonada pelo jovem astro em ascensão, que se tornou o seu namorado. O mundo era mesmo pequeno e surpreendente. — Sophia, você nem avisou que estava saindo com o Christian Harrison. O próprio Christian, por quem você era apaixonada. — Ela dizia essas palavras como se isso fosse algo surreal. E até era. Sophia nunca pensou que estaria nessa posição.Da cadeira, em frente ao espelho, sendo preparado para entrar em poucos minutos em uma entrevista na qual os dois
— Não podemos deixar que isso nos ponha medo. — Ele segurou em sua mão ao se levantar da cadeira. Ela fez o mesmo. — Somos bons nisso. Bons até demais.— Não é hora de brincar.— Quem disse que estou brincando? — O sorriso convencido apareceu no seu rosto. Ela não conseguia ficar séria quando ele fazia isso. — Mentirmos para as nossas famílias não me agrada — sussurrou para que ninguém além dela ouvisse. — Porém, é por um bom motivo.— Bom? — Levantou uma das sobrancelhas. — Acho que um motivo de desespero.— Estamos indo bem juntos.— Está confortável no seu lugar. Já eu, sou a descobridora do mundo, segundo algumas bocas.— É a mulher que conseguiu meu coração. Deve ficar orgulhosa — brincou. — Sou eu quem devo ter cuidado.— Ah, é? — Semicerrou os olhos. — Por quê?— Posso me apaixonar de verdade por você se não tomar cuidado. — Ele nem estava brincando. Sentia que se não se protegesse, realmente cairia de amores pela pimentinha que o dominou por completo com aquela boca. Bendita b
O que aconteceu naquela sala? Christian era mesmo um maluco pervertido. Qualquer lugar para ele era uma oportunidade de provar o quanto Sophia era fraca ao lado dele.Ela estava irritada e satisfeita ao mesmo tempo. Já não sabia o que fazer ou quando acabaria com aquilo, só que precisava de um quarto e uma cama enorme para perder a noção das coisas e transar com seu “namorado”.Ela estava de pernas bambas, prestes a perder a compostura, e sem calcinha. Como entraria em um palco, com pessoas a assistindo, dessa forma?— Eu odeio você, sabia? — sussurrou, irritada, dando um soco leve no braço dele. O que o fez sorrir de satisfação.Ele a abraçou, dando um longo beijo em seus lábios teimosos. — Vocês estão aí. — A produtora estava descabelada, cansada e nervosa. — Entram em um minuto, então... — Fez um gesto para que os dois a seguissem.Contudo, Sophia tinha um probleminha.— Como vou entrar naquele palco sem calcinha? — Ela estava desesperada e furiosa. — Você é maluco.— Isso é bom.
Quando Chris pensou em Sophia para ser sua namorada de mentira, sentia que poderia aproveitar a afeição no seu olhar e suas provocações, que o deixavam maluco. Nos seus olhos, ele via uma Sophia que ninguém enxergava. A mulher o provocava em vários níveis, e ele acabou se apegando a isso. Todavia, os dias se passaram. A convivência, a forma como eles se conectaram de verdade, a doçura dela e tudo nela o deixaram empolgado por estar ao seu lado. Ele nunca imaginou que faria algo desse tipo. Não tinha dificuldade de achar uma parceira, mas sabia que estar com a única que resistiria a ele, mesmo achando isso um porre, seria uma medida de proteção. Se Soph fosse a cabeça-dura de sempre, nada além dos beijos e do desejo aconteceria entre eles. Entretanto, Christian aprendeu a gostar da danada muito além do que esperava. Ele passou a desejá-la mais do que nunca, sentia a sua falta, pensava nela e queria protegê-la até mesmo das porcarias que ele fazia.Parando para pensar, depois do que ho
Desde que chegou em casa, Sophia não sabia o que fazer. Mal comeu. Tomou um banho, pensando que assim relaxaria, no entanto isso não aconteceu. Sua mãe e pai estavam assistindo àquela entrevista. Ela já estava em maus lençóis por ter assumido um namoro com o maior galinha de Hollywood sem que ninguém soubesse, e então estava noiva? A mentira estava crescendo como uma bola de neve prestes a cair no chão e se desfazer. Nada poderia pará-la mais.Na verdade, Christian queria pará-la com o braço. Desde o início sabia que acabaria em apuros por ter aceitado essa merda. Tudo ao redor dele se tornava um problema, mas esse era um problema que ela aprendeu a gostar, mesmo não querendo. Soph repetia todos os dias que era só uma mentira que a deixava livre de flertes indesejados e do produtor safado. Não queria gostar ou se acostumar com esse “relacionamento”.Christian era irritante, sempre fazia piadas, não levava nada a sério e gostava de provocá-la, de ligar para ela quando ela não queria se
— Foi esquisito você ligar desesperada para mim e depois me agarrar. Estou preocupado.Irritantemente, Chris estava começando a ser decente. Onde foi parar o safado que se aproveitaria da situação?— É esquisito eu estar pegando fogo, finalmente fazendo o que você quer, e você me recusando ou achando que estou louca — respondeu, irritada. Entretanto, não passou todo aquele sentimento dela que crescia por dentro como um incêndio.— Estou preocupado. Mas se me disser que está bem, que não bebeu e que realmente não vai se arrepender, caio de cabeça nessa sua boceta gostosa. — Seu sorriso safado deu as caras, e ela se enfureceu por ter gostado. Não poderia estar tão influenciada por ele.— Não garanto que não vou me arrepender. Mas se não fizer isso agora, outro pode — ameaçou-o, tirando dele toda a graça.— Nem fodendo. — Agarrou-a, fechou a porta, pegou-a pelo braço e a carregou para dentro. Ele a colocou contra a parede, ainda no hall de entrada. Por sorte, não tinha ninguém além dele