— Não podemos deixar que isso nos ponha medo. — Ele segurou em sua mão ao se levantar da cadeira. Ela fez o mesmo. — Somos bons nisso. Bons até demais.— Não é hora de brincar.— Quem disse que estou brincando? — O sorriso convencido apareceu no seu rosto. Ela não conseguia ficar séria quando ele fazia isso. — Mentirmos para as nossas famílias não me agrada — sussurrou para que ninguém além dela ouvisse. — Porém, é por um bom motivo.— Bom? — Levantou uma das sobrancelhas. — Acho que um motivo de desespero.— Estamos indo bem juntos.— Está confortável no seu lugar. Já eu, sou a descobridora do mundo, segundo algumas bocas.— É a mulher que conseguiu meu coração. Deve ficar orgulhosa — brincou. — Sou eu quem devo ter cuidado.— Ah, é? — Semicerrou os olhos. — Por quê?— Posso me apaixonar de verdade por você se não tomar cuidado. — Ele nem estava brincando. Sentia que se não se protegesse, realmente cairia de amores pela pimentinha que o dominou por completo com aquela boca. Bendita b
O que aconteceu naquela sala? Christian era mesmo um maluco pervertido. Qualquer lugar para ele era uma oportunidade de provar o quanto Sophia era fraca ao lado dele.Ela estava irritada e satisfeita ao mesmo tempo. Já não sabia o que fazer ou quando acabaria com aquilo, só que precisava de um quarto e uma cama enorme para perder a noção das coisas e transar com seu “namorado”.Ela estava de pernas bambas, prestes a perder a compostura, e sem calcinha. Como entraria em um palco, com pessoas a assistindo, dessa forma?— Eu odeio você, sabia? — sussurrou, irritada, dando um soco leve no braço dele. O que o fez sorrir de satisfação.Ele a abraçou, dando um longo beijo em seus lábios teimosos. — Vocês estão aí. — A produtora estava descabelada, cansada e nervosa. — Entram em um minuto, então... — Fez um gesto para que os dois a seguissem.Contudo, Sophia tinha um probleminha.— Como vou entrar naquele palco sem calcinha? — Ela estava desesperada e furiosa. — Você é maluco.— Isso é bom.
Quando Chris pensou em Sophia para ser sua namorada de mentira, sentia que poderia aproveitar a afeição no seu olhar e suas provocações, que o deixavam maluco. Nos seus olhos, ele via uma Sophia que ninguém enxergava. A mulher o provocava em vários níveis, e ele acabou se apegando a isso. Todavia, os dias se passaram. A convivência, a forma como eles se conectaram de verdade, a doçura dela e tudo nela o deixaram empolgado por estar ao seu lado. Ele nunca imaginou que faria algo desse tipo. Não tinha dificuldade de achar uma parceira, mas sabia que estar com a única que resistiria a ele, mesmo achando isso um porre, seria uma medida de proteção. Se Soph fosse a cabeça-dura de sempre, nada além dos beijos e do desejo aconteceria entre eles. Entretanto, Christian aprendeu a gostar da danada muito além do que esperava. Ele passou a desejá-la mais do que nunca, sentia a sua falta, pensava nela e queria protegê-la até mesmo das porcarias que ele fazia.Parando para pensar, depois do que ho
Desde que chegou em casa, Sophia não sabia o que fazer. Mal comeu. Tomou um banho, pensando que assim relaxaria, no entanto isso não aconteceu. Sua mãe e pai estavam assistindo àquela entrevista. Ela já estava em maus lençóis por ter assumido um namoro com o maior galinha de Hollywood sem que ninguém soubesse, e então estava noiva? A mentira estava crescendo como uma bola de neve prestes a cair no chão e se desfazer. Nada poderia pará-la mais.Na verdade, Christian queria pará-la com o braço. Desde o início sabia que acabaria em apuros por ter aceitado essa merda. Tudo ao redor dele se tornava um problema, mas esse era um problema que ela aprendeu a gostar, mesmo não querendo. Soph repetia todos os dias que era só uma mentira que a deixava livre de flertes indesejados e do produtor safado. Não queria gostar ou se acostumar com esse “relacionamento”.Christian era irritante, sempre fazia piadas, não levava nada a sério e gostava de provocá-la, de ligar para ela quando ela não queria se
— Foi esquisito você ligar desesperada para mim e depois me agarrar. Estou preocupado.Irritantemente, Chris estava começando a ser decente. Onde foi parar o safado que se aproveitaria da situação?— É esquisito eu estar pegando fogo, finalmente fazendo o que você quer, e você me recusando ou achando que estou louca — respondeu, irritada. Entretanto, não passou todo aquele sentimento dela que crescia por dentro como um incêndio.— Estou preocupado. Mas se me disser que está bem, que não bebeu e que realmente não vai se arrepender, caio de cabeça nessa sua boceta gostosa. — Seu sorriso safado deu as caras, e ela se enfureceu por ter gostado. Não poderia estar tão influenciada por ele.— Não garanto que não vou me arrepender. Mas se não fizer isso agora, outro pode — ameaçou-o, tirando dele toda a graça.— Nem fodendo. — Agarrou-a, fechou a porta, pegou-a pelo braço e a carregou para dentro. Ele a colocou contra a parede, ainda no hall de entrada. Por sorte, não tinha ninguém além dele
Sophia não sabia o que faria, até que Christian chegou à sua casa, suado e preocupado, sendo o homem que nunca tinha sido. Sim, ela estava com más intenções ao chamá-lo para lá, mas não achou que lhe daria tão facilmente tudo que ele mais queria há tempos.Seu corpo estava cansado. Já fazia meses que ela não transava com ninguém, e nunca havia sido daquele jeito.Soph se atraía por Chris, nem adiantava negar. Já tinha pensado diversas vezes em como seria se, algum dia, abrisse uma exceção e enlouquecesse em seus braços, porém nada se comparava à realidade.Parte dela odiou ser mais uma mulher com quem ele transou, mas outra jamais tinha sentido um prazer tão pleno e necessário. O desgraçado era bom de cama.Ela estava em sua cama depois de um banho que tirou tudo que aquele sexo selvagem deixou, com ele deitado em seu peito, fazendo cócegas nela com a barba e acariciando e provocando seu corpo por baixo das cobertas.Soph sabia que dali em diante seria rendida pelo cafajeste. Já Chris
Não estava sendo fácil separar as coisas, e não deveria ser assim, era preciso separá-las. Só que isso não funcionou e os dois estavam envolvidos, empurrando com a barriga aquela coisa de mentira e sentimentos.Sophia estava concentrada em cessar a ansiedade da sua mãe, que não parava de falar sobre esse assunto e pedir uma visita, e da sua agente, que estava no seu pé desde cedo. Ela marcou uma consulta de rotina e não avisou isso a ninguém além da sua assistente pessoal. Porém, a sua agente tinha acesso a essas informações e bateu o pé no consultório sem ser chamada. Quando ela entrou pela porta da sala do médico, Soph e o próprio médico ficaram surpresos com a intromissão. Sophia não tinha como descrever o ódio que sentiu nesse momento, mas ficou quieta; não queria fazer um show na frente do homem. Contudo, não se calou quando saiu de lá. Depois de ela ter trocado de roupa, as três estavam no estacionamento.— Com que direito você entrou no consultório daquele jeito? — Pôs as mãos
Christian Harrison realmente estava mudando a forma de pensar e agir. Ele se surpreendia toda vez que saía para beber e não tomava mais do que um ou dois copos de álcool ou não procurava por alguma mulher que estava dando mole nem por uma polêmica para se enfiar.Tornou-se um homem de uma mulher só, com um objetivo em mente: não fazer nada que deixasse Sophia irritada ou em maus lençóis. A garota que o irritava por ser resistente e provocativa era seu termômetro moral, e isso era bom, fazia ele notar coisas que antes lhe passavam despercebidas, como as suas amizades. Poucos eram pessoas decentes e que continuaram ao seu lado. Alguns idiotas só embarcavam na onda de festas, strippers e bebedeiras; outros, de fato, eram seus colegas, que, bons ou ruins, estavam lá, zoando da sua nova personalidade.— Então, vai ser assim agora? — Josh era um daqueles amigos que até um tempo atrás lhe dava conselhos corretos, tentando fazer com que o cafajeste durasse mais nas telas do cinema. Contudo, C