Uma revelação (II)

- Não quero dinheiro. Eu só vim ajudar.

- Ajudar? – gargalhei, achando que ela poderia ser uma atriz, tamanha forma como atuava, fingindo se preocupar e ser uma boa mãe.

- Nunca fui uma boa mãe e sinceramente é tarde para isso. Sei que falhei e que nunca serei perdoada. Mas se isto o faz sentir-se melhor, não há um dia na vida que eu não me arrependa de ter virado as costas para vocês.

- Foi sua escolha de vida.

- Não, não foi. Seu pai me obrigou a ir embora.

Eu ri, meneando a cabeça:

- Claro, ele já está morto! É fácil pôr a culpa nele, não é mesmo? Até pela sua falta de atenção e afeto com relação a mim e Élida. E quer saber? Pouco me importo pela forma como me tratou a vida inteira. Mas dói pela minha irmã... Ela só tinha quatro anos quando v

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