- Eu... Acho que tive o que chamam de dejavu. E... Nunca tive isto antes. Foi como se... Já estivéssemos numa situação parecida... Nós duas.
Dodô riu, de forma nervosa:
- Isso... Seria possível?
- Não... Porque eu nunca a vi antes... Não é mesmo? – Fiquei incerta e me flagrei perguntando a mim mesma o que eu fazia com aquela mulher naquele lugar.
- Claro... Que não. – Ela foi firme.
- Eu e David não estamos nos falando.
- Eu soube.
- Ele contou?
- O senhor Dulevsky não me contaria isto. Mas Élida me disse.
A olhei demoradamente:
- David não confia em você para contar que terminou comigo para seguir com seu casamento de contrato com TumbaLinda... Mas ao mesmo tempo pediu que viesse na clínica ver meu avô... E saber o estado de saúde dele?
- Élida gosta de voc&ec
POV DAVIDEu estava nervoso e olhava de 5 em 5 minutos o relógio, até que chegasse o horário combinado com Maria Eduarda.Exatamente às 15 horas a secretária me ligou:- Senhor Dulevsky, a senhora Montez Deocca está esperando. Posso mandá-la entrar?- Ela não é a senhora Montez Deocca – não pude deixar de falar – E sim, a deixe entrar imediatamente.Levantei-me e fiquei esperando até que Maria Eduarda entrasse. Assim que a porta se fechou meu coração acelerou pelo simples fato dela estar ali. Fazia poucos dias que não nos víamos, mas parecia um mês. Notei até que ela estava diferente...- Cortou os cabelos? – Perguntei.- Cortei... As pontas. – Ela pareceu surpresa com meu comentário – Mas... Bem pouquinho.- Ficou linda!Ela sorriu e depois pareceu se culpar
- Eu dei cinco dias ao arquiteto e ao engenheiro para deixarem tudo exatamente como você deseja – fui enfático – Caso contrário, serão demitidos. E lhe mandarei uma secretária. Pode decidir a contratação de seus auxiliares sozinha ou deixar para que ela o faça.- Não preciso de tudo isto, David.- Pode até não precisar, mas terá.Os dois profissionais chegaram e como eu já havia falado com eles, deixei que ficassem com Maria Eduarda para que ela definisse o que queria.Antes de sair, deixei claro:- Cinco dias.- Estará tudo pronto em cinco dias, senhor Dulevsky. – Os dois garantiram.Em cinco dias não vi Maria Eduarda, por mais que quisesse descer o tempo todo e me certificar de como estava indo o trabalho dos profissionais que contratei. No sexto dia criei coragem e finalmente decidi “visitá-la&rdquo
- Preciso falar com você. – Ela gritou enquanto batia no vidro, em desespero.- Por favor, vá! Não dê ouvidos a ela. - Ordenei ao motorista.Ágatha agarrou-se à maçaneta do carro, sendo arrastada junto, o que fez com que o motorista parasse, preocupado:- Senhor... Eu não posso... Ela pode desequilibrar-se e cair. E... Não quero correr o risco de passar por cima dela com o carro.Não, eu não tinha um mínimo sequer de condições emocionais para atender aquela mulher no momento. Graças a ela eu havia perdido Maria Eduarda, o grande amor da minha vida. E aquele era mais um dos motivos pelos quais eu a odiaria para sempre.Me arrependi, inclusive, de ter dito à Élida que “ódio” era uma palavra muito forte para definir a nossa genitora. Naquele momento ódio me parecia um sentimento fraco frente a tudo que el
- Eu... Não quero atrapalhar! – Ela ficou hesitante.Eu ri:- Não falei aquilo para você... Achei... Que era outra pessoa.Não quis dizer que era o irmão dela que não me deixava trabalhar em paz. Antes que eu pudesse falar com Dodô, ela veio até mim, deu-me um beijo demorado no rosto e disse:- Preciso resolver algumas questões aqui no andar de baixo e logo volto. Élida queria muito falar com você... Então... Desculpe não marcar... Mas estávamos com saudades e como já tínhamos compromisso por aqui... Achei que...- Tudo bem. – Deixei claro.- Volto em instantes.Dodô saiu e Élida sentou-se numa poltrona próxima da janela, sem cerimônia:- O lugar ficou legal... Mas com pouca mobília. – Observou.Eu ri e fui sentar-me próxima a ela:- Preciso de um es
- Élida, Dodô? O que estão fazendo aqui? – David perguntou, entrando na minha sala sem pedir licença.- Viemos ver a Duda. – Élida confessou, sorrindo.- Vieram ver a Duda? – ele riu – E... Pensou em visitar também o seu irmão?- Não! – ela disse de forma sincera – Meu irmão eu vejo todos os dias. – Fez careta.- Então... É hora de irmos. Afinal, Duda e David precisam trabalhar. – Dodô disse puxando Élida pela mão, a fim de levá-la para fora da sala.- Duda, você poderia ir nos visitar. Agora temos uma casa aqui perto. E ela é linda! – Élida sugeriu.- Compraram uma casa? – Fiquei feliz, olhando para David.- Sim... Não é exatamente como eu queria... Mas se aproxima do que pedi a Orlando.- Agora realmente precisamos ir –
David beijou de leve meus lábios e seguiu fazendo aquilo. Entre um beijo e outro, começou a dizer, devagar:- Maya me procurou... Logo depois que voltamos da floresta da Ilha do Porta... E... – soltou meus cabelos, ajeitando-os carinhosamente – Me confessou que Élida não é filha do meu pai.Arqueei a sobrancelha, confusa:- Mas... Você se certificou de que isto é verdade?- Fiz um teste de DNA... Comparando com o meu.- E...- Não somos filhos do mesmo pai.Empurrei David levemente para respirar melhor, perguntando:- Tia Maya então ameaçou que se você não casasse com a filha dela... Contaria à Élida a verdade.- Não foi só sobre casar com Tumalina... Ela exigiu também que eu me afastasse de você. E... Sabe o quanto a amo, Maria Eduarda... Mas não posso de maneira alguma deixar que
- Bom dia! – Cumprimentei com um belo sorriso naquela manhã gloriosa a secretária de Andress Montez Deocca.- Bom dia... Senhora... Montez Deocca. – Ela franziu a testa, incerta sobre como me chamar.- Andress está? – Eu quis saber, sem retirar os óculos escuros, no alto de meu scarpin salto quinze que me dava mais de 1,80 de altura.- Ele... Está numa reunião importante. – Ela respondeu de forma educada.- Ótimo! – Mencionei me dirigindo à sala dele.- Senhora... Não pode entrar. Ele está em reunião e interromper não...Antes que ela terminasse de falar, abri a porta e adentrei na sala principal da Montez Deocca, onde o CEO se reunia com alguns acionistas, todos vestidos com seus belos ternos escuros e semblantes sérios.- Duda? – Andress me olhou, confuso – Eu... Estou em reunião. – Deu um
Assim que ela se sentou, cruzou as pernas e eu conseguia ver a parte interna de suas coxas sob o vidro da mesa. Quando foi mesmo que eu deixei de desejá-la? Ah, sim... Quando Ashley passou a me seduzir e convencer-me de que minha esposa era “sem sal” e “sem graça” e eu me convenci daquilo.Suspirei, não conseguindo desviar os olhos das pernas dela.- Eu vim conversar com você sobre duas coisas. – Ela disse de forma séria.- Pode falar... – Pus a caneta entre meus dentes, enquanto observava seus peitos moverem-se dentro da camisa fina enquanto ela respirava de forma rápida e de certa forma envolvente e sensual.- David Dulevsky voltou atrás com relação ao casamento com TumbaLinda.Eu ri:- Tentei alertá-la de que David não prestava. Você não quis me ouvir.- Eu... Não representarei mais a Montez Deocca na