- Preciso falar com você. – Ela gritou enquanto batia no vidro, em desespero.
- Por favor, vá! Não dê ouvidos a ela. - Ordenei ao motorista.
Ágatha agarrou-se à maçaneta do carro, sendo arrastada junto, o que fez com que o motorista parasse, preocupado:
- Senhor... Eu não posso... Ela pode desequilibrar-se e cair. E... Não quero correr o risco de passar por cima dela com o carro.
Não, eu não tinha um mínimo sequer de condições emocionais para atender aquela mulher no momento. Graças a ela eu havia perdido Maria Eduarda, o grande amor da minha vida. E aquele era mais um dos motivos pelos quais eu a odiaria para sempre.
Me arrependi, inclusive, de ter dito à Élida que “ódio” era uma palavra muito forte para definir a nossa genitora. Naquele momento ódio me parecia um sentimento fraco frente a tudo que el
- Eu... Não quero atrapalhar! – Ela ficou hesitante.Eu ri:- Não falei aquilo para você... Achei... Que era outra pessoa.Não quis dizer que era o irmão dela que não me deixava trabalhar em paz. Antes que eu pudesse falar com Dodô, ela veio até mim, deu-me um beijo demorado no rosto e disse:- Preciso resolver algumas questões aqui no andar de baixo e logo volto. Élida queria muito falar com você... Então... Desculpe não marcar... Mas estávamos com saudades e como já tínhamos compromisso por aqui... Achei que...- Tudo bem. – Deixei claro.- Volto em instantes.Dodô saiu e Élida sentou-se numa poltrona próxima da janela, sem cerimônia:- O lugar ficou legal... Mas com pouca mobília. – Observou.Eu ri e fui sentar-me próxima a ela:- Preciso de um es
- Élida, Dodô? O que estão fazendo aqui? – David perguntou, entrando na minha sala sem pedir licença.- Viemos ver a Duda. – Élida confessou, sorrindo.- Vieram ver a Duda? – ele riu – E... Pensou em visitar também o seu irmão?- Não! – ela disse de forma sincera – Meu irmão eu vejo todos os dias. – Fez careta.- Então... É hora de irmos. Afinal, Duda e David precisam trabalhar. – Dodô disse puxando Élida pela mão, a fim de levá-la para fora da sala.- Duda, você poderia ir nos visitar. Agora temos uma casa aqui perto. E ela é linda! – Élida sugeriu.- Compraram uma casa? – Fiquei feliz, olhando para David.- Sim... Não é exatamente como eu queria... Mas se aproxima do que pedi a Orlando.- Agora realmente precisamos ir –
David beijou de leve meus lábios e seguiu fazendo aquilo. Entre um beijo e outro, começou a dizer, devagar:- Maya me procurou... Logo depois que voltamos da floresta da Ilha do Porta... E... – soltou meus cabelos, ajeitando-os carinhosamente – Me confessou que Élida não é filha do meu pai.Arqueei a sobrancelha, confusa:- Mas... Você se certificou de que isto é verdade?- Fiz um teste de DNA... Comparando com o meu.- E...- Não somos filhos do mesmo pai.Empurrei David levemente para respirar melhor, perguntando:- Tia Maya então ameaçou que se você não casasse com a filha dela... Contaria à Élida a verdade.- Não foi só sobre casar com Tumalina... Ela exigiu também que eu me afastasse de você. E... Sabe o quanto a amo, Maria Eduarda... Mas não posso de maneira alguma deixar que
- Bom dia! – Cumprimentei com um belo sorriso naquela manhã gloriosa a secretária de Andress Montez Deocca.- Bom dia... Senhora... Montez Deocca. – Ela franziu a testa, incerta sobre como me chamar.- Andress está? – Eu quis saber, sem retirar os óculos escuros, no alto de meu scarpin salto quinze que me dava mais de 1,80 de altura.- Ele... Está numa reunião importante. – Ela respondeu de forma educada.- Ótimo! – Mencionei me dirigindo à sala dele.- Senhora... Não pode entrar. Ele está em reunião e interromper não...Antes que ela terminasse de falar, abri a porta e adentrei na sala principal da Montez Deocca, onde o CEO se reunia com alguns acionistas, todos vestidos com seus belos ternos escuros e semblantes sérios.- Duda? – Andress me olhou, confuso – Eu... Estou em reunião. – Deu um
Assim que ela se sentou, cruzou as pernas e eu conseguia ver a parte interna de suas coxas sob o vidro da mesa. Quando foi mesmo que eu deixei de desejá-la? Ah, sim... Quando Ashley passou a me seduzir e convencer-me de que minha esposa era “sem sal” e “sem graça” e eu me convenci daquilo.Suspirei, não conseguindo desviar os olhos das pernas dela.- Eu vim conversar com você sobre duas coisas. – Ela disse de forma séria.- Pode falar... – Pus a caneta entre meus dentes, enquanto observava seus peitos moverem-se dentro da camisa fina enquanto ela respirava de forma rápida e de certa forma envolvente e sensual.- David Dulevsky voltou atrás com relação ao casamento com TumbaLinda.Eu ri:- Tentei alertá-la de que David não prestava. Você não quis me ouvir.- Eu... Não representarei mais a Montez Deocca na
- Você não tem ideia do quanto me arrependo de tudo que fiz... – Toquei sua mão, que ainda acalorava minha bochecha.Tentei beijá-la e Duda esquivou-se, virando o rosto:- Ainda... Não estou preparada. – Sua voz soou mansa e suave.- Acha que algum dia estará?- Eu... Não sei. Mas... Confesso que o que senti por você foi muito forte. E por mais que eu queira tirá-lo de dentro do meu coração... Não tem sido muito fácil. Tentei fingir para mim mesma que amava David... Mas ele também me magoou. E... – ela riu – Enfim... Você me ensinou coisas que nunca esquecerei... O primeiro beijo... O primeiro toque... Foi meu primeiro homem.- Me deixe provar que sou melhor que ele. Posso amá-la intensamente de novo. E fazer amor de uma forma com a qual você jamais imaginou.- Talvez... Eu o deixe provar tudo isto. Mas n
- Você assinou a procuração... Porque confiava em mim.Gargalhei:- Exatamente como você assinou o divórcio e a divisão de bens... Porque também confiava em mim, não é mesmo? Ou... Porra, você não confiava em mim... E sim no seu pau! – abri a boca e pus a mão na frente dela, de forma debochada – Você é patético!- Traidora! Vou tirar tudo de você... Nem que seja a última coisa que eu faça.- Não assinarei mais nada sem ler... E que isto sirva de lição para você também. E eu não sou uma pessoa tão egoísta quanto você, Andress. Por este motivo, junto do divórcio, você assinou a divisão dos nossos bens. Ou seja, me deixou a Montez Deocca, praticamente falida, sendo que metade dela era sua e a outra de David. E ficou com a mansão Deocca, os c
Assim que dei meu nome na recepção do Hotel Imperatriz, a atendente me abriu um largo sorriso e disse:- O senhor Dulevsky espera pela senhorita – apontou para a porta – O elevador a ser usado é aquele, privativo.- Sei onde é. – Garanti.Subi pelo elevador privativo e assim que bati na porta da única suíte do andar, David abriu a porta. Eu não esperava que ele estivesse tão lindamente vestido, de smoking.Olhei para meu próprio corpo, observando meu sobretudo bege com branco, de tecido fino, sem nada por baixo e me senti inapropriada:- Iremos... À algum lugar? – Perguntei, confusa.- Não, claro que não! Por que a pergunta? – Ele foi me puxando para dentro da suíte.- Porque... Você está... – Eu esqueci o que ia falar quando observei a suíte totalmente cheia de flores, de todas as cores, b