Orlando

Observei atentamente o homem elegante e de presença marcante:

- Por que faria isto?

- Sou digamos... “Amigo” do homem que está dando a festa.

- Entraremos pulando o muro dos fundos? – Ri, já sentindo minha cabeça ficar mais leve por conta da bebida.

- Se você pulasse o muro dos fundos, o senhor Dulevsky me mataria. – Falou de forma séria.

Eu ri:

- Imagino que ele deva ser bem chato mesmo.

- Depende do ponto de vista. – Pareceu sincero.

- Eu sou Maria Eduarda. – Ofereci a mão a ele, que apertou-a sorrindo.

- Eu já sabia.

Arqueei a sobrancelha, confusa:

- Como assim?

- Eu acho... Que o senhor Dulevsky conseguirá lhe explicar melhor sobre isto – Olhou no relógio – Podemos ir? A esta hora ele já deve estar arranjando um pretexto para deixar a festa.

- Quer dizer que me levará ao senhor Dulevsky? – Impressionei-me.

- Sim, com toda certeza.

Levantei do banco:

- Talvez eu não seja tão azarada.

- A senhora pode ser tudo, menos azarada. – Ele me ofereceu o braço, que aceitei.

- Kayde, foi um p
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