- Pelo visto só tem certeza de que se chama “Maria Eduarda”. – Uma das mulheres sorriu de forma irônica.
A outra passou os olhos rapidamente pela lista no tablet e disse de forma autoritária:
- Não há nenhuma Maria Eduarda na lista. Ou seja, independente do sobrenome, a senhora não é convidada para esta recepção.
Suspirei, não me dando por vencida:
- Meu avô é Alexis Hauser. Eu posso apostar que o nome dele consta na lista. A D.D não faria em evento sem convidá-lo.
- Só entrará quem estiver com o nome na lista, senhora. Por favor, afaste-se que estão chegando convidados.
Dei um passo para trás, nervosamente, e desequilibrei-me, sendo amparada por...
- Andress? – Minha voz quase não saiu.
Nossos olhos se encontraram e por um momento senti como se o meu Andress ainda estivesse
- Nunca os achei perfeitos um para o outro, Duda.- Não?- Andress sempre fez pouco caso de você.- Não... Ele... Não era assim...- Sinceramente, se eu fosse o seu namorado, noivo ou marido, jamais a deixaria sozinha. Estaria sempre ao seu lado.- Acha... Que ele e Ashley tinham alguma coisa antes do meu acidente?Kayde riu, balançando a cabeça enquanto misturava os líquidos da bebida que preparava:- Você é tão inocente assim, Duda?- Andress me garantiu que não ficou com ela antes.- E você ainda acredita nele? – riu – Eles estavam nos traindo o tempo todo, Duda!Não sei se eu realmente era inocente ou não queria acreditar que Andress foi tão filho de um puto comigo, depois que lhe dei tudo que tinha: meu primeiro beijo, minha virgindade, todo o meu amor.Eu sabia que ninguém era obrig
Observei atentamente o homem elegante e de presença marcante:- Por que faria isto?- Sou digamos... “Amigo” do homem que está dando a festa.- Entraremos pulando o muro dos fundos? – Ri, já sentindo minha cabeça ficar mais leve por conta da bebida.- Se você pulasse o muro dos fundos, o senhor Dulevsky me mataria. – Falou de forma séria.Eu ri:- Imagino que ele deva ser bem chato mesmo.- Depende do ponto de vista. – Pareceu sincero.- Eu sou Maria Eduarda. – Ofereci a mão a ele, que apertou-a sorrindo.- Eu já sabia.Arqueei a sobrancelha, confusa:- Como assim?- Eu acho... Que o senhor Dulevsky conseguirá lhe explicar melhor sobre isto – Olhou no relógio – Podemos ir? A esta hora ele já deve estar arranjando um pretexto para deixar a festa.- Quer dizer que me levará ao senhor Dulevsky? – Impressionei-me.- Sim, com toda certeza.Levantei do banco:- Talvez eu não seja tão azarada.- A senhora pode ser tudo, menos azarada. – Ele me ofereceu o braço, que aceitei.- Kayde, foi um p
- O que quer aqui, Duda? – A voz de Andress foi mordaz.- O que eu quero aqui? – ri, com escárnio, tentando ser forte – Vim aqui para dizer ao tal senhor Dulevsky que você está falido, Andress. E que roubou o meu dinheiro para patrocinar o perfume que eu criei, sem me dar os devidos créditos. Quanto a você... – olhei para Ashley – Deixarei bem claro que roubou o meu caderno de anotações e que sua fragrância é baseada numa cópia do meu trabalho de anos.Todos ficaram me olhando, sem dizer uma palavra. Finalmente tive coragem de encarar o estranho, que sorriu de forma sexy, deixando minhas pernas bambas:- Tem algo para falar a mim? – A voz dele me fez lembrar o sussurro na minha orelha quando chupou o lóbulo.- Você é um mentiroso descarado, “Vlady”!Ele cruzou os braços e continuou rindo, sem desviar os olhos de mim. Orlando chegou e disse:- Senhor Dulevsky, eis a senhora Maria Eduarda, que acabo de encontrar no bar do Hotel. Senhora Maria Eduarda, este o senhor David Dulevsky, CEO d
Andress me olhou, como que implorando para que eu o ajudasse de alguma forma. Sorri e peguei minha bebida que chegara, sorvendo um Batom de cereja pela segunda vez na noite. Só que aquele gole tinha um gosto completamente diferente... Gosto de vingança.Dei um meio sorriso irônico até que Andress finalmente respondeu ao CEO da Dulevsky:- Se Duda aceitar representar a Montez Deocca... É de meu interesse a sociedade... Crendo que a Dulevsky injetará uma boa quantia na minha empresa.- Negócio fechado! – David não titubeou.Andress lhe estendeu a mão, ao passo que David olhou-a e falou de forma tranquila:- Não aperto mãos, nem selando acordos. Para isso usamos uma caneta e assinamos um papel. Mandarei meu assessor procurá-lo com o contrato pronto.- Senhor... Está na hora da coletiva para imprensa. Confesso que tentei não o interromper, sabendo que era um momento importante, mas já estamos atrasados no cumprimento do cronograma da noite.David olhou no relógio e retirou a mão do meu om
- O perfume não estava pronto e você sabe muito bem disto, Duda. Ashley trabalhou nele e concluiu a fragrância.- Você sempre soube o quanto eu cuidava do meu espaço, das minhas anotações, das minhas coisas. Chegou a brincar um dia dizendo que achava que o caderno que me acompanhava desde a faculdade era mais importante do que você...- E você disse que nada no mundo era mais importante do que eu.- Sim... Eu não menti... Você era tudo para mim, Andress... Era o meu mundo. E saiba que nunca alguém o amará como eu amei.- Amei? Significa que é passado?- Você brincou com os meus sentimentos. E sabe o que é mais louco nisto tudo? Tenho certeza de que nunca será amado tão intensamente como foi por mim... No entanto eu sou capaz de amar outra pessoa novamente. Da mesma forma... Ou talvez até mais do que o amei.- Por que acha que Ashley não me ama?- Porque quem faz o que ela fez comigo não é capaz de ter sentimentos reais. Ela quer o seu dinheiro.- Ela sabe que estou falido.- Você inve
Lembrei-me imediatamente das palavras de Verbena sobre sexo não ser algo que necessitasse de amor para ser feito. E eu inclusive já havia tirado a prova há duas semanas quando transei com o próprio David.Qual era o medo afinal, já que meu corpo implorava pelo dele, como jamais o fez por outra pessoa em toda vida?Num ímpeto, tomei-lhe os lábios e deixei que o corpo comandasse a mente. Finalmente a língua daquele homem chegava à minha novamente. E eu nem poderia fingir que não estava no meu juízo perfeito, pois havia bebido somente dois drinques. Então nem teria o que justificar sobre aquele momento insano.Não era hora de pensar e sim de sentir… A língua perfeita dele brincando com a minha enquanto uma mão acariciava meu seio e a outra segurava minhas costas.Não contive um gemido quando David mordeu de propósito meus lábios e desceu pelo pescoço, trilhando pela minha pele beijos que faziam com que eu pegasse fogo a cada toque seu. Eu nunca havia sentido aquilo… Vontade de me entrega
- Não acredito que você conseguiu olhar para baixo... Com tudo nu na parte de cima.- Eu confesso que nunca vi um peito igual àquele...Gargalharam novamente, se divertindo.- Eu juro que o pau dele estava duro.- Deve ter sido impressão sua...- Ou desejo de que estivesse duro mesmo. – Outra falou e começou a rir.- Agora vamos retocar logo a maquiagem e sair antes que o homem mande fechar o banheiro feminino.- Tudo isso porque ele usou o sanitário! – Suspirou – Esta gente bilionária é estranha.- Eu sei que hoje farei amor com meu marido pensando em David Dulevsky.- E quem não, amiga!Gargalharam novamente e saíram.Fiquei ali, por vários momentos com vontade de sair pela porta e mostrar que eu estava com ele naquela cabine... Recebendo suas mãos, seus lábios... E dois orgasmos em menos de dez minutos.Eu estava completamente confusa e meu corpo ainda pegava fogo quando saí da cabine e olhei-me no espelho. Ajeitei meus cabelos e o vestido amassado. Respirei fundo, peguei vários pa
- Eu não estou gostando de David. – Garanti.Ela riu e pôs o restante do doce na boca:- Confesso que prefiro David Dulevsky do que Andress Montez Deocca. Este sim é um canalha. E eu posso fazer uma lista das canalhices dele se quiser.- Se eu disser que não gosto de Andress estaria mentindo – confessei – Porque no fundo do coração ainda guardo aquele garoto que me ajudou de todas as formas. Me protegeu de TumbaLinda e de colegas que tentaram me diminuir ao final do Ensino Fundamental. Depois que minha prima finalmente foi embora com tia Maya, ficamos Andress e eu. E continuamos inseparáveis. Boa parte dos problemas e rejeição se foram quando elas saíram da minha vida. Porque minha prima só queria que o mundo inteiro soubesse que eu não era como ela, que não havia nascido na família Hauser, que tinha vindo de um lugar diferente e... Ainda fazia ques