Jacutinga (II)

Virei para frente, tentando desfocar dele, já sentindo meu coração acelerar violentamente.

- Não tenho um hábito em especial para dormir. Eu nunca tive um animal de estimação porque meu avô não deixava. Se pudesse escolher um animal eu escolheria um peixe.

- Por que um peixe?

- Quando imagino um animal de estimação para mim vejo um peixe colorido sozinho num daqueles aquários redondos. Um peixe beta... Tão solitário quanto eu.

- Mas você era casada há pouco tempo atrás. Ainda assim se sentia solitária?

- Hoje percebo que sim. E a resposta da última pergunta...

- Qual era mesmo a pergunta? – Ele franziu a testa, talvez tentando lembrar.

- Eu penso em você algumas vezes ao dia, desde que o conheci – confessei, sentindo minhas bochechas parecerem pegar fogo – E juro que tentei muitas delas apagar o pensamento... Porque tive e tenho medo.

- Medo de sofrer e ser enganada, como Andress fez com você. E... Eu fiz o mesmo que ele. – Dav

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