- Cansei do seu medo de não se entregar aos sentimentos, aos desejos, à vida. E eu que achei que tinha tantas fobias – riu – Sim, elas me limitam... Mas não a ponto de viver o que eu realmente quero. Mas talvez eu esteja errado sobre tudo e medo não seja a palavra certa para suas fugas... Quem sabe é só amor... Neste caso, por Andress.
Respirei fundo e falei de forma clara:
- Eu não amo mais Andress. E este sentimento deixou de existir porque conheci você, David.
- Estou cansado de meias palavras também...
- Eu te amo.
Ele gargalhou:
- Quer que eu acredite nisto enquanto a vejo beijando outro?
Limpei as lágrimas:
- Eu sei sobre as cláusulas do seu contrato com a família Maxim.
- A que se refere?
- Acha que eu me sentiria como se você abrisse mão de metade de tudo que tem por minha causa?
- O que
Encontrar Zaud sozinho cortando alguns galhos para melhorar seu espaço de descanso foi sorte demais.Parei ao lado dele e comecei a baixar os galhos, a fim de ajudá-lo.- Obrigado! – Sorriu ao me ver fazendo o favor sem que pedisse.Começamos a conversar sobre alguns assuntos sem importância até que puxei o que realmente me interessava:- Eu... Observei seus olhares para Élida Dulevsky.- Eu? Olhando... Para Élida? – ficou preocupado – Não...Por que garotos naquela idade tinham aquele péssimo hábito de fingirem não sentir nada?- Achei que tivesse interessado nela. – Fingi estar enganada.- Não... Eu a acho bonita e tal... Mas... Nada a ver.Tentei assimilar o que ele tinha tentado dizer com aquilo:- Que pena! Vocês formam um belo casal, na minha opinião.- O irmão dela me jogaria de um penhasco, como fez com a barraca. – Pareceu amedrontado.Não contive o riso:- David não faria isto. Ele só quer o bem da irmã.- Élida... É só uma menina.- Ela fará 15 anos dentro de dias. Se for a
Para alguns talvez fosse uma novidade. Para mim não era. E sinceramente eu esperava algo que eu não soubesse vindo do CEO da D.D.- Quem você escolhe, David? – Élida estava ansiosa.- Você. – Ele sorriu, certamente percebendo a ansiedade da irmã.- Eu coloquei na foto de chamada de Tumalina, no telefone de David, a imagem da cobra real, Ophiophagus Hannah.Todos olharam para Élida, que tentava conter o riso:- E eu chamo para contar um segredo, Ophiophagus Hannah, a legítima. – Apontou para TumbaLinda.Engoli em seco, percebendo a raiva nos olhos de minha prima:- Eu dormi com Andress há alguns anos atrás... Quando ele estava noivo.Novamente o silêncio constrangedor. Ela poderia se vingar de Élida, mas claro que não faria. Optou por me destruir, mais uma vez.- Me poupe, se poupe, nos poupe. – Élida a olhou com desdém.Felizmente não fui pega de surpresa com aquela revelação, já que o próprio Andress havia me confidenciado, naquele mesmo dia, que aquilo tinha acontecido. Eu só não sa
- Eu não acredito em você, Ashley. – Andress disse de forma clara, saindo.Ashley veio imediatamente na minha direção, com o dedo em riste:- Irá se arrepender do que fez.- Eu não fiz nada! Prometi que não iria contar a Andress... E não contei. – Não contive o riso.Ashley olhou para mim seriamente e depois para Verbena:- Vocês planejaram isso! Imaginaram que se Duda contasse, Andress não acreditaria. Então... – balançou a cabeça – Como pôde, Duda?Como aquela mulher tinha a petulância de me cobrar alguma coisa? Dormiu com meu marido enquanto eu ainda era casada, ocupou meu lugar na minha cama, na minha casa, enquanto eu estava num hospital lutando pela vida. Sem contar o fato de ter pego minha fragrância e patenteado como sua criação.- Como pôde dormir com meu marido antes mesmo de eu entrar em coma? Agora está bem claro para mim o motivo pelo qual Andress queria a separação.- Por que você não aceita que Andress me ama?
Olhei as barracas montadas em círculos, observando as mais próximas não voando somente por conta do peso das pessoas dentro. Eliardo tinha razão... Dentro delas era o lugar mais seguro. No entanto eu sabia que alguém não estaria seguro... Porque tinha pânico de ficar trancado.Vi o vulto dele próximo de onde estava a fogueira, de onde já nem saía sequer fumaça. O raio pareceu cair próximo e o estrondo foi gigantesco. Senti meu corpo inteiro estremecer... Ainda assim andei firmemente na direção dele, sentindo meus cabelos encharcarem com os pingos frios e tão fortes que chegavam a machucar.- Você... Não tem medo de chuva... – Falei, sentindo a água molhar totalmente meu corpo.- Não... Mas você tem de tempestade. – A voz de David estava rouca.- Eu tenho... Tenho muitos medos, assim como você. Porém não quero mais senti-los.- Andress entrou na sua barraca... – Disse em tom fraco.- Andress pode entrar em qualquer lugar, David... Mas num eu
Despertei com as palmas de Eliardo, como de costume, acordando todos. Não havia um só relâmpago ou trovão sendo ouvido do lado de fora e parecia ter sol, tamanha claridade que passava pelo tecido impermeável da barraca.Eu estava completamente nua, deitada no braço de David Dulevsky, conseguindo sentir as batidas de seu coração junto de mim.Por um momento cheguei a pensar que havia sido um sonho. Mas não era! Tudo aquilo realmente aconteceu.Com meus dedos, toquei levemente os lábios do homem que dormia de forma tranquila, não conseguindo impedir o sorriso que saiu dos meus lábios.- Infelizmente precisamos levantar, senhor Dulevsky. – Sussurrei no seu ouvido.- Não estou ouvindo absolutamente nada, senhora Dulevsky. – Disse sem abrir os olhos.Deslizei os dedos até seu peito:- Não acredito que estava acordado!
Eliardo começou a andar e o grupo a segui-lo. David me deu a mão e perguntou:- Acha que conseguiremos fazer a trilha de mãos dadas?- Acho romântico. – Verbena riu, enquanto ia na direção do guia, que começava a trilhar nosso novo caminho.- Se conseguiremos não sei – falei – Mas não desistirei antes de tentar.David me abraçou e antes que eu conseguisse retribuir, TumbaLinda parou ao nosso lado:- Precisamos conversar... E muito seriamente.Afastei-me de David, sabendo que realmente precisávamos ter aquela conversa. E quanto antes fizéssemos aquilo, melhor.- Quer que eu fique? – Verbena perguntou.- Não... Está tudo bem. – Tranquilizei-a.Percebi Élida nos olhando, parecendo preocupada. Verbena, entendendo o que me angustiou, convidou a menina:- Que acha de me ajudar com uma coi
- Vamos, precisamos encontrar Verbena e os outros... – Tentei retirar a mochila de suas costas, sendo impedida.- Vou levar a mochila. Estou bem... Só um friozinho. Não deve ser nada. – Ajeitou a mochila e começou a andar de volta pela trilha.- David, você deve ter se resfriado por causa da chuva de ontem... Ou até mesmo por conta das noites que ficou debaixo do sereno.- Maria Eduarda, pela primeira vez eu realmente estou bem... E nunca me senti tão feliz na vida.- Não me diga coisas bonitas que senão vou levá-lo para dentro do matagal e abusar de você, David. E você não está em condições de ser abusado. – Brinquei.- Olhe para o meu pau e veja se estou em condições ou não, Maria Eduarda.Olhei na direção de suas partes íntimas e me deparei com seu pau duro. Continuei a andar e t
- Tudo nos leva a crer... Que este seja o lado dos desejos. – Zaud parecia encantado pelas águas.Embora as árvores que estavam mais próximas do lago parecessem “mortas”, as demais tinham uma vegetação completamente diferente subindo e descendo de seus galhos verdejantes e tão vivos quanto o canto dos pássaros que faziam ninhos e sobrevoavam as copas, nos dando um espetáculo à parte.Até que vi ela... E se ali não era o lago dos desejos, era sim o lugar onde o meu desejo estava se realizando...Costeei as águas turvas e que pareciam manter segredos horripilantes até o lugar onde a floresta ainda parecia estar viva, me deparando com as espécies de cactos enroscadas em vários dos troncos, fazendo-os de hospedeiros.Toquei os caules finos e com leves espécies de pelagens que pinicavam e carregavam os botões das flores branc