Ashley estava sentada no banco de um parque, o mesmo onde tudo havia começado. A noite caía devagar, mas o brilho dos postes de luz iluminava suavemente o ambiente. Eleonora estava ao seu lado, o olhar distante, como se ponderasse sobre uma decisão que adiava há muito tempo.
Ashley virou-se para ela, inquieta.
— Você parece estranha hoje. Está tudo bem? — perguntou, tentando quebrar o silêncio.
Eleonora respirou fundo, tentando encontrar as palavras certas. Ela já sabia que não podia mais adiar. A verdade estava sufocando-a, e cada dia que passava sentia que estava enganando Ashley mais profundamente.
— Tem algo que eu preciso te contar, Ash... — começou Eleonora, os olhos fixos nas próprias mãos.
Ashley se ajeitou no banco, o coração disparando. O tom de voz de Eleonora era sério demais para uma simples conversa. Algo esta
Ashley estava deitada na cama, encarando o teto de seu quarto enquanto os primeiros raios de sol da manhã entravam pela janela. O coração ainda estava acelerado depois da noite anterior. Não conseguia parar de pensar em Eleonora e em tudo o que havia descoberto. A confissão de Eleonora, a revelação de que ela era uma vampira, tinha mudado tudo.Ela estava se apaixonando por uma vampira.A mente de Ashley corria em círculos. Ela sabia que não poderia simplesmente fingir que nada tinha acontecido. Agora, o peso da verdade estava sobre seus ombros, e ela precisava descobrir como lidar com isso.De repente, o som do celular vibrando a tirou de seus pensamentos. Ela olhou para a tela e viu o nome de Eleonora piscando. Seu coração deu um salto.Eleonora: Bom dia. Você está bem?Ashley hesitou antes de responder. Ela não queria mentir, mas também não sabia como expressar a confusão que estava sentindo.Ashley: Estou bem, só pensando...Eleonora respondeu quase imediatamente.Eleonora: Eu ima
O parque parecia um lugar tranquilo para estarem juntas, mas Eleonora estava inquieta. A brisa leve balançava as folhas das árvores, enquanto o som distante de risadas de crianças ecoava ao redor. Elas estavam sentadas em um banco sob a sombra de uma árvore, e embora estivessem lado a lado, a tensão era palpável.Ashley, por outro lado, parecia calma por fora, mas sua mente estava em turbilhão. Ela sabia que algo estava diferente em Eleonora. Desde a confissão, havia uma distância crescente entre as duas. Eleonora estava tentando se afastar, e Ashley não sabia o porquê.— Você está quieta hoje — disse Ashley, olhando para o rosto de Eleonora, que parecia perdido em pensamentos.Eleonora virou o olhar lentamente, como se estivesse emergindo de um transe.— Só estou... pensando. — Sua voz era calma, mas havia algo contido nela, algo que Ashley não conseguia identificar.Ashley inclinou-se um pouco, tentando buscar os olhos de Eleonora. Queria entender o que estava acontecendo, por que E
O clima estava estranho naquela manhã. Embora o céu estivesse claro e o sol brilhasse, algo sombrio pairava no ar. Ashley sentia um frio na espinha que não conseguia explicar, e ao observar Eleonora, percebeu que ela também estava inquieta.Estavam a caminho da escola, caminhando lado a lado pela calçada. Embora suas mãos não estivessem entrelaçadas, a proximidade física trazia uma sensação de conforto mútuo.— Está tudo bem? — Ashley perguntou, quebrando o silêncio que as envolvia.Eleonora olhou para ela, e por um segundo, Ashley notou um brilho de preocupação em seus olhos, algo que Eleonora tentava disfarçar.— Não... exatamente. — Eleonora respondeu, hesitante. — Meu irmão... Ele está perto.Ashley parou de andar abruptamente, encarando Eleonora com os olhos arregalados.
O céu estava cinza naquela manhã, e a atmosfera da escola parecia mais densa do que o habitual. Ashley caminhava pelos corredores de cabeça baixa, pensando em tudo que descobrira sobre Michael na noite anterior. A ameaçadora presença dele agora parecia estar em todos os lugares. Seu coração acelerava cada vez que pensava que ele poderia fazer a ela — ou pior, a Eleonora.Quando chegou ao pátio vazio da escola, Eleonora já estava lá, sentada sob a árvore que costumavam encontrar quando queriam conversar em paz. A expressão dela era calma, mas Ashley conseguia ver o brilho sombrio em seus olhos. Parecia que o peso de séculos recai sobre Eleonora, e aquele era o momento de contar tudo.Ashley se moveu lentamente, hesitando por um instante. Eleonora olhou para ela e brilhou gentilmente, mas havia uma tristeza velada naquele sorriso.— Eu imaginei que você quisesse falar sobre ontem — Eleonora começou, com sua voz baixa, quase como se estivesse lidando com um segredo muito perigoso.Ashley
O silêncio pairava entre Eleonora e Ashley no pátio da escola. O fluxo constante de estudantes parecia distante, como se o mundo à sua volta estivesse suspenso em uma bolha de tensão e mistério.Ashley ainda estava tentando absorver as revelações do passado de Eleonora. A ideia de que ela havia vivido outra vida, de que Michael era uma ameaça terrível, e que os vampiros eram reais... Tudo isso a fazia sentir-se fora de controle, como se sua realidade tivesse sido arrancada de suas mãos. Mas havia algo que a intrigava ainda mais: a sensação de que, no fundo, ela sempre sabia que algo assim era possível.Eleonora, vendo a luta interna no olhar de Ashley, se moveu lentamente, puxando uma mochila que estava ao seu lado. Ela abriu e, de dentro, tirou cinco livros de aparência antiga, com capas de couro e páginas que não deixaram de ter resistido ao tempo.— Eu sei que você está processando muita coisa agora — disse Eleonora, estendendo os livros para Ashley. — Mas eu quero que você tenha is
A luz do abajur no quarto de Ashley permanece acesa, projetando sombras nas paredes. O silêncio da noite fazia com que o farfalhar das páginas dos livros ecoasse no espaço, enquanto Ashley se afundava cada vez mais nas histórias de vampiros e suas origens. “Sombras da Eternidade” já estava quase pela metade, e com cada página virada, ela encontrava informações que desafiavam tudo o que sabia sobre o mundo.Parou em um trecho que fez sentir o sangue gelar."Os mais antigos são os mais perigosos. Não apenas por sua força e poder, mas pelo tempo que passaram na escuridão. A solidão e o isolamento corroem a sanidade e, muitas vezes, os fazem perder o sentido de humanidade."Ashley ponderou sobre essas palavras, pensando imediatamente em Michael. Se ele era tão antigo quanto Eleonora sugeriu, o que isso poderia significar? Ele já havia perdido sua humanidade? Ou ainda havia algo nele que poderia ser redimido?Sua mente estava a mil, e ela sabia que precisava de uma pausa. Pegou o segundo li
A escola parecia mais silenciosa do que o habitual naquela manhã. Ashley caminhava pelos corredores, sentindo os olhares curiosos de alguns alunos. Parte dela já estava acostumada com isso, mas naquela manhã, cada olhar parecia repleto de segredos que apenas ela e Eleonora compartilhavam. A ansiedade por ver Eleonora, após toda a leitura da noite anterior, era quase palpável.Ao avistá-la encostada na porta da biblioteca, Ashley sentiu um misto de alívio e nervosismo. Eleonora estava concentrada, os olhos claros percorrendo o corredor como se também sentisse o peso das descobertas recentes. Quando seus olhares se encontraram, Eleonora esboçou um sorriso leve, e Ashley correu até ela, quase sem fôlego.Eleonora: “Parece que você não dormiu muito bem.” Eleonora observou, com uma voz suave, mas carregada de preocupação. “Os livros eram difíceis de digerir?”Ashley riu levemente, exausta, mas a intensidade de seu olhar deixava claro que havia mais do que apenas falta de sono.Ashley: “For
A manhã seguinte surgiu silenciosa, envolta em uma névoa fina que transformava a cidade em uma paisagem fantasmagórica. Ashley, apesar da noite mal dormida, sentia-se energizada. O peso dos livros lidos ainda estava em sua mente, mas agora algo mais pulsava em seu peito: a promessa de se protegerem mutuamente.Ao chegar à escola, Ashley encontrou Eleonora já à sua espera, encostada em um carvalho no pátio. Eleonora a observava com aquele olhar intenso, os lábios curvando-se em um sorriso discreto quando Ashley se aproximou.Eleonora: “Aposto que teve uma noite... perturbadora.”Ashley deu uma risada leve e assentiu.Ashley: “Perturbadora seria um elogio. Acho que sonhei com metade dos rituais descritos nos livros.” Ela suspirou, e então, tocando suavemente o braço de Eleonora, murmurou: “Mas, no meio de tudo isso, uma coisa ficou clara.”Eleonora: “E o que seria?” Ela perguntou, os olhos brilhando com curiosidade.Ashley: “Que eu faria qualq