Eleonora assentiu, abrindo o envelope com um movimento preciso. Dentro havia uma carta escrita em uma caligrafia impecável, mas fria e ameaçadora. "Queridas Eleonora e Ashley, Vocês podem correr, podem se esconder, mas não podem escapar de mim. Eu sempre encontro o que procuro. Estou mais perto do que imaginam, e, em breve, essa brincadeira chegará ao fim. Aproveitem seus últimos momentos juntas. — Vincent" Ashley sentiu um nó na garganta ao ouvir Eleonora lendo a carta em voz alta. Era como se o ambiente ao redor tivesse ficado mais pesado, as paredes parecendo se fechar sobre elas. — Ele nos encontrou... — Ashley murmurou, tentando processar as palavras. Eleonora amassou o papel com força, seus olhos brilhando com raiva. — Não. Ele quer que pensemos isso. É um jogo para ele, mas não vamos deixá-lo vencer. Ashley tentou se manter firme, mas o medo era palpável. — O que vamos fazer? Ele não vai parar, Eleonora. Eleonora se aproximou de Ashley, segurando suas mãos firmemente. — V
Ashley estava no quarto, a luz fraca do abajur lançando sombras nas paredes. O livro de bruxaria estava aberto sobre a cama, suas páginas gastas exibindo diagramas intricados e palavras em uma língua que ela começava a entender. Papéis cobriam o chão ao redor, repletos de anotações e desenhos que ela fizera durante as horas exaustivas de estudo. Ela passou as mãos pelo rosto, exausta. Tentara de tudo: traduzir os textos mais antigos, combinar ingredientes para feitiços experimentais e até meditar, buscando respostas dentro de si mesma. Nada parecia suficiente. Vincent era uma força implacável, um predador à espreita, e o tempo estava se esgotando. — Por que isso é tão difícil? — murmurou, jogando a cabeça contra o travesseiro. Foi quando sentiu algo diferente. Um arrepio percorreu sua espinha, como se o ar ao seu redor tivesse mudado. A sensação era familiar, mas ainda assim a deixava inquieta. Ashley sentou-se, olhando ao redor do quarto. A princípio, tudo parecia normal, mas
Eleonora assentiu, abrindo o envelope com um movimento preciso. Dentro havia uma carta escrita em uma caligrafia impecável, mas fria e ameaçadora. "Queridas Eleonora e Ashley, Vocês podem correr, podem se esconder, mas não podem escapar de mim. Eu sempre encontro o que procuro. Estou mais perto do que imaginam, e, em breve, essa brincadeira chegará ao fim. Aproveitem seus últimos momentos juntas. — Vincent" Ashley sentiu um nó na garganta ao ouvir Eleonora lendo a carta em voz alta. Era como se o ambiente ao redor tivesse ficado mais pesado, as paredes parecendo se fechar sobre elas. — Ele nos encontrou... — Ashley murmurou, tentando processar as palavras. Eleonora amassou o papel com força, seus olhos brilhando com raiva. — Não. Ele quer que pensemos isso. É um jogo para ele, mas não vamos deixá-lo vencer. Ashley tentou se manter firme, mas o medo era palpável. — O que vamos fazer? Ele não vai parar, Eleonora. Eleonora se aproximou de Ashley, segurando suas mãos firmemente. — V
Ashley segurava o papel amassado com a mensagem de Vincent. Seus olhos percorriam a caligrafia intensa, quase agressiva. Uma ideia começou a se formar em sua mente enquanto analisava cada detalhe. Ela respirou fundo, sentindo uma mistura de excitação e preocupação. — Eleonora, e se a caligrafia dele contiver mais do que palavras? — perguntou Ashley, girando o papel entre os dedos. Eleonora, que estava sentada no sofá revisando mapas do bosque que elas planejavam usar como armadilha, levantou os olhos. — Como assim? — Vincent é poderoso, mas ele também é arrogante. A maneira como ele escreve... É como se ele estivesse canalizando energia para cada palavra. Talvez eu possa usar isso contra ele. Eleonora levantou-se, aproximando-se de Ashley. — Você acha que pode reverter a energia dele? Ashley assentiu. — Não tenho certeza absoluta, mas vale a tentativa. Ele deixou isso aqui como um recado, mas pode ser uma ligação direta com sua magia. Se eu conseguir decifrar... talvez
Ashley sentava-se em sua cama, ainda com os músculos tensos após o confronto com Vincent . O quarto estava silencioso, exceto pelo som suave das folhas de um livro que Eleonora folheava na escrivaninha ao lado. A luz do abajur criava sombras dançantes nas paredes, tornando o ambiente um tanto melancólico, mas carregado de determinação. Ashley segurava o papel queimado de Vincent agora apenas uma lembrança das intenções dele. A sensação de perigo ainda pairava no ar, mas algo dentro dela tinha mudado. A jovem sabia que precisava pensar à frente, superar suas próprias inseguranças e encontrar uma maneira definitiva de derrotá-lo. — Eleonora, não podemos esperar que ele venha até nós novamente. — Ashley quebrou o silêncio, sua voz firme. — Precisamos agir primeiro. Eleonora ergueu os olhos do livro, inclinando a cabeça com curiosidade. — Concordo. Mas qual seria o próximo passo? Ele já provou ser mais forte do que imaginávamos. Ashley olhou para o papel queimado em suas mãos e l
A manhã seguinte nasceu cinzenta e carregada de tensão. Ashley mal havia dormido. As palavras de Vincent ainda ecoavam em sua mente. Ela sabia que o tempo estava se esgotando, e que ele não demoraria a atacar novamente. No entanto, agora havia um plano. Um plano que poderia ser a única chance de derrotá-lo. Eleonora entrou na cozinha com passos firmes, trazendo mapas e anotações. — Revisei tudo mais uma vez. O bosque é o lugar ideal para atraí-lo. Há clareiras cercadas por árvores altas, perfeitas para isolar a energia dele e dificultar sua fuga. Ashley, que estava encostada no balcão, olhando para o vazio, finalmente ergueu os olhos. — É arriscado, Eleonora. E se ele nos emboscar antes que possamos ativar o feitiço? Eleonora sentou-se ao lado dela, seus olhos encontrando os de Ashley. — Então vamos virar o jogo. Ele espera que sejamos as presas. Mas nós seremos os predadores. As duas passaram o dia montando armadilhas no bosque. Eleonora usou sua força sobrenatural para mover p
O céu estava escuro, coberto por nuvens espessas que ameaçavam desabar a qualquer momento. Ashley e Eleonora voltaram para casa exaustas após o confronto. O fracasso em capturar Vincent pesava em seus ombros, mas a esperança ainda brilhava. Elas sabiam que precisavam se reerguer rapidamente. Ashley estava sentada no chão da sala, rodeada por livros antigos e anotações espalhadas por todos os lados. Eleonora observava em silêncio, preocupada com o cansaço evidente de sua namorada. — Você precisa descansar, Ashley, — disse Eleonora, ajoelhando-se ao lado dela. — Não podemos derrotar Vincent se você se destruir antes disso. Ashley balançou a cabeça. — Não posso parar agora. Ele está mais fraco, Eleonora. Estamos perto, eu sei disso. Eleonora segurou suas mãos, forçando Ashley a olhar para ela. — E se ele usar isso contra nós? Ele sabe que está mexendo com sua mente. É exatamente o que ele quer. Por um momento, Ashley hesitou. Eleonora tinha razão, mas a ideia de deixar Vince
Os primeiros raios de sol pintavam o céu em tons de laranja e dourado, afastando os últimos vestígios da noite. Na varanda, Ashley e Eleonora ainda estavam lado a lado, compartilhando o calor uma da outra. O mundo parecia mais calmo, mais seguro — mas não menos cheio de possibilidades. Ashley, envolta em um cobertor, olhava para o horizonte. — Nunca pensei que chegaria a sentir isso de novo, Eleonora. Paz. Eleonora segurou a mão dela, apertando com leveza. — Você lutou por isso, Ashley. Foi sua coragem, sua força, que nos trouxe até aqui. Elas permaneceram em silêncio por um momento, deixando o som da natureza preencher o espaço. Então, Ashley sorriu. — Quero fazer mais, Eleonora. Não apenas para nós, mas para os outros. Ensinar, proteger... mostrar que podemos enfrentar o que vier, juntos. Eleonora arqueou uma sobrancelha, divertida. — Está planejando criar uma escola de bruxaria? Ashley riu. — Talvez. Não uma escola tradicional, mas algo que ajude outros a se cone