A escola parecia mais silenciosa do que o habitual naquela manhã. Ashley caminhava pelos corredores, sentindo os olhares curiosos de alguns alunos. Parte dela já estava acostumada com isso, mas naquela manhã, cada olhar parecia repleto de segredos que apenas ela e Eleonora compartilhavam. A ansiedade por ver Eleonora, após toda a leitura da noite anterior, era quase palpável.Ao avistá-la encostada na porta da biblioteca, Ashley sentiu um misto de alívio e nervosismo. Eleonora estava concentrada, os olhos claros percorrendo o corredor como se também sentisse o peso das descobertas recentes. Quando seus olhares se encontraram, Eleonora esboçou um sorriso leve, e Ashley correu até ela, quase sem fôlego.Eleonora: “Parece que você não dormiu muito bem.” Eleonora observou, com uma voz suave, mas carregada de preocupação. “Os livros eram difíceis de digerir?”Ashley riu levemente, exausta, mas a intensidade de seu olhar deixava claro que havia mais do que apenas falta de sono.Ashley: “For
A manhã seguinte surgiu silenciosa, envolta em uma névoa fina que transformava a cidade em uma paisagem fantasmagórica. Ashley, apesar da noite mal dormida, sentia-se energizada. O peso dos livros lidos ainda estava em sua mente, mas agora algo mais pulsava em seu peito: a promessa de se protegerem mutuamente.Ao chegar à escola, Ashley encontrou Eleonora já à sua espera, encostada em um carvalho no pátio. Eleonora a observava com aquele olhar intenso, os lábios curvando-se em um sorriso discreto quando Ashley se aproximou.Eleonora: “Aposto que teve uma noite... perturbadora.”Ashley deu uma risada leve e assentiu.Ashley: “Perturbadora seria um elogio. Acho que sonhei com metade dos rituais descritos nos livros.” Ela suspirou, e então, tocando suavemente o braço de Eleonora, murmurou: “Mas, no meio de tudo isso, uma coisa ficou clara.”Eleonora: “E o que seria?” Ela perguntou, os olhos brilhando com curiosidade.Ashley: “Que eu faria qualq
Era uma manhã de céu nublado, e Ashley sentiu uma tensão no ar quando entrou no colégio. Com os livros sobre vampiros que Eleonora lhe dera ainda vívidos em sua mente, ela se perguntava como deveria reagir ao irmão dela, Michael, caso o encontrasse. O perigo parecia mais real agora, especialmente sabendo do envolvimento dele com o passado sombrio de Eleonora.Ao chegar à sala, Ashley encontrou Eleonora já sentada, a expressão séria, mas suavizando ao vê-la entrar. Ashley caminhou até ela e se sentou ao lado, sentindo uma pontada de nervosismo.Eleonora: "Leu os livros, então?" — disse em um sussurro, um sorriso de canto de lábios.Ashley: "Sim… E acho que entendi algumas coisas. Ou talvez tenha ainda mais perguntas."Eleonora: "Pergunte o que precisar. Quero que você saiba de tudo, Ash."
No colégio, Eleonora e Ashley sentaram-se em um dos bancos afastados no pátio, um local reservado onde podiam conversar sem interrupções. Havia uma tensão diferente no ar, e Ashley sentia que precisava entender mais sobre o que ser vampira realmente significava — as limitações e os desafios que Eleonora enfrentava todos os dias.Ashley: “Eleonora… agora que já entendo nosso passado e a vingança de Michael, quero saber mais sobre você… sobre o que significa ser uma vampira. Você precisa beber sangue, certo?”Eleonora desviou o olhar por um instante, como se estivesse procurando as palavras certas.Eleonora: “Sim. Preciso. E não é algo que se escolha ignorar… não é fácil explicar, mas o sangue humano é… essencial. É como se fosse o ar para mim, sem ele, eu e
Ashley se sentou no sofá, olhando para o semblante rígido da mãe, que parecia determinada a descobrir o que estava acontecendo com a filha. O clima pesado da sala contrastava com o brilho suave do sol que entrava pela janela, intensificando o desconforto de Ashley.Mãe de Ashley: “Ashley, o que está comemorando com você? Essas faltas, notas baixas… Não é de hoje que você vem mudando. Eu nem te reconheço mais!”Ashley desviou o olhar, tentando encontrar uma resposta que acalmasse a mãe sem ter que revelar nada sobre Eleonora e o mundo perigoso em que estava se envolvendo.Ashley: “Mãe, eu... Eu só... tenho treinado sobre outras coisas que... vão além das matérias da escola.”A mãe soltou um suspiro frustrado, esfregando as têmporas.Mãe de Ashley:
Ashley estava imersa em uma das passagens mais intensas de um dos livros que Eleonora lhe deu quando seu celular vibrou ao lado da cama. Olhou a tela e viu o nome do pai aparecer, uma chamada inesperada. Hesitou antes de atender, tentando se lembrar da última vez em que realmente conversamos. Desde que ele havia mudado para outra cidade, as ligações eram raras.Ela finalmente deslizou o dedo pela tela, atendendo a chamada.Ashley: “Oi, pai…”Pai de Ashley: “Ei, Ash! Como você está? Faz tempo que não conversamos…”A voz dele falou de uma preocupação discreta, como se houvesse algo que ele queria perguntar mas não sabia por onde começar.Ashley: “Sim, faz tempo. Eu estou bem… Quer dizer, estou estudando e… tudo normal.”O pai riu levemente, mas Ashley ouviu um to
A madrugada estava calma, e o quarto de Ashley estava iluminado apenas pela luz fraca do abajur, enquanto ela caía lentamente no sono. Sentiu-se afundando num oceano de lembranças estranhas, como se algo profundo dentro dela estivesse esperando para emergir. De repente, estava em outro tempo, outro lugar. Os sons e cheiros eram diferentes, o ar denso e perfumado com o aroma de ervas e lenha queimada.No sonho, Ashley descobriu que não era mais ela mesma, mas uma jovem com trajetórias humildes, vivendo em uma pequena vila onde a divisão entre ricos e pobres era clara e implacável. Seu nome era Elara, a antiga amada de Eleonora Sentia a mesma essência que tinha como Ashley, mas envolta numa vida ainda mais vulnerável.Ela olhou para trás, notando que estava em uma floresta espessa e isolada, escondida no meio das árvores. E ali estava Eleonora – ou melhor, uma versão dela, jovem e igualment
A noite estava especialmente fria, e a lua cheia lançava uma luz prateada sobre a clareira na floresta onde Eleonora e Ashley se encontravam. O som das folhas sendo pisadas e o vento soprando entre as árvores criava um cenário quase teatral, perfeito para o que estavam prestes a fazer. Eleonora olhou ao redor, como se quisesse garantir que não havia nada além das sombras para testemunhar o que estava por vir.Ashley observou sua parceira. Vestida de preto, com uma expressão séria e ao mesmo tempo protetora, Eleonora exalava uma aura sombria e poderosa. Era difícil não sentir o peso do momento e das revelações recentes. Sabia que estava lidando com algo que, semanas atrás, teria parecido impossível, mas agora tudo fazia sentido de uma forma perturbadora.Eleonora deu um passo à frente, segurando uma pequena estaca de madeira em uma das mãos. Ela a ofereceu a Ashley com um sorriso discreto, quase como um desafio.— Esta será sua melhor amiga daqui para frente — disse Eleonora, os olhos