O sol mal surgira no horizonte quando Ashley despertou. O feitiço de proteção ainda ecoava em sua mente, as palavras e o calor que sentira ao praticá-lo. Havia um orgulho silencioso em saber que poderia se proteger, mesmo que minimamente, em um mundo onde seres sobrenaturais rondavam.
Assim que chegou ao colégio, avistou Eleonora de longe, parada em seu canto habitual, perto da árvore onde costumavam conversar. Os olhos de Eleonora brilharam ao ver Ashley se aproximar, e ela deu um sorriso, algo entre o orgulho e a serenidade.
— Dormiu bem? — Eleonora perguntou, o tom suave, mas havia um brilho de preocupação em seu olhar.
— Na medida do possível, sim. Depois de tudo o que li e pratiquei, até que foi uma boa noite. Acho que estou começando a entender a importância disso tudo, Eleonora. — Ashley respondeu, tentando transmitir a determinação que
No dia seguinte, Ashley encontrou Eleonora novamente, conforme combinado. Eleonora segurava um pequeno pacote envolto em um tecido antigo. O objeto parecia ser pesado, mas Eleonora o segurava com cuidado, quase como se estivesse lidando com algo sagrado.— Este é o amuleto que mencionei. — Ela desdobrou o tecido, revelando um medalhão prateado, com uma pedra escura no centro. Ele emitia um brilho suave, como se contivesse uma energia própria.— Uau… — Ashley murmurou, encantada. O medalhão parecia ter uma presença, como se estivesse vivo de alguma forma.Eleonora o entregou nas mãos de Ashley, que sentiu um leve formigamento ao tocar a pedra. — Ele vai proteger você, Ash. Ele age como um escudo, não só contra ataques físicos, mas também contra qualquer influência mágica. Michael ou qualquer um dos aliados dele não serão capazes de alcançá-la facilmente com este amuleto.Ashley colocou o medalhão em volta do pescoço, sentindo o peso reconfortante. — Obriga
Ashley fechou a porta de seu quarto com um leve estalo, sentindo o peso das emoções e das revelações recentes. A conversa com Eleonora ainda ecoava em sua mente como uma melodia sombria, entrelaçando passado e presente de uma maneira que a fazia se sentir como uma prisioneira de algo muito maior do que ela poderia entender. A marca de seu relacionamento era, agora, um segredo e um fardo. Ela olhou para o amuleto que Eleonora lhe dera, pendurado no pescoço, sentindo uma espécie de conforto naquela pequena pedra escura. Estava quente contra sua pele, como se tivesse vida própria, pulsando levemente ao ritmo de sua respiração. A pedra era o elo entre elas, um símbolo de que, mesmo em meio ao perigo, Eleonora faria de tudo para protegê-la. Ashley pegou um dos livros que Eleonora emprestara e o abriu. As páginas antigas e amareladas contavam histórias sombrias sobre vampiros, falando de suas forças e fraquezas. Seus olhos percorreram as linhas com intensidade, absorvendo cada palavra como
Ashley sentiu um arrepio estranho enquanto atravessava os portões da escola. Era um calor de verão, mas algo no ar parecia denso, quase elétrico, e trazia a sensação de que algo especial estava prestes a acontecer. Durante o dia, a expectativa de visitar a casa de Eleonora a deixava inquieta e, ao final da última aula, lá estava ela, esperando-a do lado de fora do prédio.Eleonora apareceu de mãos nos bolsos, com aquele olhar que sempre a fazia se sentir segura e, ao mesmo tempo, curiosa. "Pronta para conhecer meu mundo?" perguntou ela, oferecendo-lhe a mão com um sorriso brincalhão.Ashley riu, sem conseguir esconder o nervosismo. "Pronta para tudo… acho." Pegou a mão de Eleonora e juntas caminharam até uma parte mais antiga e arborizada da cidade.A casa era um casarão gótico, com paredes cobertas de hera escura e janelas altas de vidro antigo, algumas tingidas com belos vitrais. Os contornos da construção eram elegantes e sombrios, e Ashley podia jurar que se
A manhã começou agitada para Ashley. O sol mal havia surgido no horizonte, mas a mãe de Ash já estava de pé, organizando as últimas pendências enquanto a chamava da cozinha.— Ashley, hoje é o grande dia, lembra? — disse a mãe, com um tom firme, mas motivador. — Sua prova final. É sua chance de mostrar que pode dar a volta por cima.Ashley respirou fundo, sentindo um misto de ansiedade e excitação percorrer seu corpo. Nos últimos dias, ela vinha se preparando com uma confiança que não costumava sentir, e agora, uma sensação inexplicável de segurança preenchia seu peito. Era quase como se o universo inteiro estivesse a seu favor, como se o poder que vinha estudando nas páginas do livro de bruxaria estivesse começando a despertá-la de verdade.— Eu sei, mãe. — respondeu ela com
Na manhã seguinte, Ashley acordou com o toque suave da mão de sua mãe sobre seu ombro e um sorriso radiante em seu rosto. A luz do sol invadia o quarto de forma suave, projetando sombras dançantes nas paredes, enquanto sua mãe se sentava na beirada da cama, claramente entusiasmada.— Ashley! A escola ligou hoje cedo — disse ela, com os olhos brilhando. — Você conseguiu, querida! Passou na prova final!Ashley esfregou os olhos, despertando aos poucos com a notícia. Sentiu uma alegria enorme inundar seu coração ao ver a animação da mãe. A aprovação era um passo importante para sua independência, e ela agora tinha a permissão que tanto precisava.— Sério, mãe? — Ashley sorriu, levantando-se de um salto. — Eu sabia que tinha ido bem, mas ouvir isso é incrível!Sua mãe riu e deu um
Na manhã seguinte, Ashley acordou com um sentimento renovado de confiança e excitação. A brisa fresca que passava pela janela aberta trazia o aroma das flores do jardim, e o céu estava límpido, com o azul profundo do início do verão. Ela se espreguiçou, ainda sentindo o calor das cobertas, e sorriu ao lembrar dos preparativos que havia feito na noite anterior. A viagem estava prestes a começar, e com ela, uma nova etapa em sua vida. Ela checou o celular e viu uma mensagem de Eleonora: “Passo aí em meia hora. Ansiosa para nossa aventura!”. Ashley respondeu rapidamente: “Já estou pronta!” e, com um sorriso no rosto, pegou sua mala e desceu para a cozinha, onde sua mãe já a aguardava. — Bom dia, mãe! — Ashley disse alegremente, deixando a mala ao lado da porta. — Bom dia, querida. Está animada? — A mãe respondeu, entregando-lhe uma caneca de chá quente. Ashley assentiu, tomando um gole do chá calmamente. Sentia a energia pulsando ao seu redor, algo que agora parecia mais real desde q
Na manhã seguinte, Ashley acordou com o primeiro raio de sol iluminando seu quarto, como se a luz estivesse a chamando para despertar. Ela se sentia leve, como se cada célula em seu corpo estivesse pronta para aquela nova fase. Levantou-se com determinação, olhando para o livro de bruxaria ao seu lado, que parecia emanar uma energia tranquila e poderosa. Sabia que precisava se preparar — tanto para proteger a si mesma quanto a Eleonora. O irmão de Eleonora ainda representava uma ameaça constante, e Ash sentia que precisava fazer tudo ao seu alcance para que ambas estivessem seguras.Depois de se vestir, desceu para a sala, onde Eleonora já estava na cozinha preparando uma bebida quente. Os olhos de Eleonora se iluminaram ao ver Ashley, como se soubesse que ela já estava com um novo plano em mente.— Bom dia, Ash! Dormiu bem? — perguntou Eleonora, entregando-lhe uma caneca de chá fumegante.
Naquela noite, enquanto Ashley dormia profundamente, um sonho começou a se formar em sua mente. Ela estava em uma clareira aberta, cercada por árvores altas e antigas, com galhos retorcidos que pareciam dançar ao ritmo de uma brisa leve. A lua cheia iluminava a clareira com um brilho prateado, lançando sombras suaves sobre a grama e criando uma atmosfera mística e acolhedora.Ashley olhou ao redor, sentindo-se calma e ao mesmo tempo curiosa. Uma figura começou a se formar diante dela, como se estivesse emergindo da própria luz da lua. Aos poucos, a forma de uma mulher alta, com cabelos longos e prateados, vestido fluido e olhos profundos como a noite, surgiu. Sua presença era serena, mas emanava uma força ancestral que Ashley podia sentir em cada fibra do seu ser.— Ashley... — a voz da mulher soou suave, quase como um sussurro, mas carregada de uma sabedoria que parecia atravessar séculos.— Quem é você? — perguntou Ashley, sentindo-se instintivamente seg