Naquela noite, enquanto Ashley dormia profundamente, um sonho começou a se formar em sua mente. Ela estava em uma clareira aberta, cercada por árvores altas e antigas, com galhos retorcidos que pareciam dançar ao ritmo de uma brisa leve. A lua cheia iluminava a clareira com um brilho prateado, lançando sombras suaves sobre a grama e criando uma atmosfera mística e acolhedora.
Ashley olhou ao redor, sentindo-se calma e ao mesmo tempo curiosa. Uma figura começou a se formar diante dela, como se estivesse emergindo da própria luz da lua. Aos poucos, a forma de uma mulher alta, com cabelos longos e prateados, vestido fluido e olhos profundos como a noite, surgiu. Sua presença era serena, mas emanava uma força ancestral que Ashley podia sentir em cada fibra do seu ser.— Ashley... — a voz da mulher soou suave, quase como um sussurro, mas carregada de uma sabedoria que parecia atravessar séculos.— Quem é você? — perguntou Ashley, sentindo-se instintivamente segNa manhã seguinte, Ashley despertou com o aroma suave de café e panquecas. Ela abriu os olhos lentamente, piscando contra a luz suave que entrava pela janela. À sua frente, com um sorriso travesso e o olhar cheio de carinho, estava Eleonora, segurando uma bandeja com uma xícara de café fumegante, panquecas cobertas de frutas vermelhas e mel, e um buquê de flores silvestres.— Bom dia, dorminhoca — disse Eleonora, suavemente, colocando a bandeja sobre a cama e sentando-se ao lado de Ashley. — Eu preparei um café da manhã especial para você.Ashley sorriu, ainda meio sonolenta, enquanto se endireitava na cama, seu coração batendo um pouco mais rápido ao ver o gesto de Eleonora. Era algo simples, mas cheio de carinho.— Você... trouxe café da manhã na cama para mim? — perguntou Ashley, incrédula, mas com um sorriso largo.
O sol estava começando a se pôr, tingindo o céu com tons de laranja e rosa, quando Ashley e Eleonora decidiram ir até um espaço aberto nos arredores da casa, onde pudessem praticar magia sem serem interrompidas. Ashley sabia que não poderia confiar apenas em feitiços de proteção; precisaria aprender a lançar ataques diretos e a controlar a força que sentia pulsar dentro dela.Com o coração acelerado e uma sensação mista de ansiedade e determinação, Ashley fechou os olhos e respirou fundo, sentindo a energia da terra sob seus pés. Eleonora, ao seu lado, observava em silêncio, ciente de que aquele era um momento importante para Ashley.— Hoje, quero que você foque em soltar sua energia, Ash — Eleonora disse, com um leve sorriso encorajador. — Sinta o poder dentro de você e canalize-o para o exterior. Vamos come&c
O sol ainda estava baixo no horizonte quando Ashley acordou, sentindo-se mais energizada do que nunca. As experiências das últimas semanas a haviam transformado profundamente. Seu relacionamento com Eleonora havia solidificado sua determinação de enfrentar qualquer obstáculo que viesse pela frente, e seus crescentes poderes mágicos lhe davam confiança para agir. A ameaça de Michael pairava como uma sombra sobre elas, mas agora Ashley sabia que não era apenas uma vítima esperando pelo pior — ela tinha as ferramentas para lutar.Enquanto se levantava, o frescor da manhã envolvia o quarto. O sol tímido iluminava as prateleiras repletas de livros sobre magia que Ashley havia trazido da biblioteca e do acervo pessoal de Eleonora. Seu olhar pousou em um deles, “A Essência da Magia Elemental”. Algo naquele título chamou sua atenção. Ela o abriu, folheando as páginas até encontrar um capítulo sobre feitiços ofensivos e defensivos que poderiam ser usados em combate.Sentada à mesa perto da jan
A manhã nasceu tranquila, mas havia algo no ar que parecia fora do lugar. Ashley acordou antes de Eleonora, os primeiros raios de sol iluminando o quarto com uma luz pálida. O ambiente estava silencioso demais, como se a própria casa estivesse segurando a respiração.Ashley vestiu um moletom e desceu para a sala, esperando encontrar algum conforto no cheiro de café fresco. No entanto, assim que chegou ao andar de baixo, uma sensação gélida correu por sua espinha. Algo estava errado.— Eleonora? — chamou, olhando ao redor.Antes que pudesse investigar mais, a porta da frente bateu com força, e Eleonora apareceu ao seu lado em um piscar de olhos.— Você sentiu isso? — Eleonora perguntou, a voz tensa.Ashley assentiu, o coração acelerado. — Tem algo estranho acontecendo.Antes que pudessem discutir mais, um som ecoou pela casa. Era o som de algo arranhando a madeira da porta da frente. Lentamente, Eleonora se aproximou da porta, com os sentidos em alerta.— Fique atrás de mim, Ash — Eleo
Ashley estava no quarto, a luz fraca do abajur lançando sombras nas paredes. O livro de bruxaria estava aberto sobre a cama, suas páginas gastas exibindo diagramas intricados e palavras em uma língua que ela começava a entender. Papéis cobriam o chão ao redor, repletos de anotações e desenhos que ela fizera durante as horas exaustivas de estudo.Ela passou as mãos pelo rosto, exausta. Tentara de tudo: traduzir os textos mais antigos, combinar ingredientes para feitiços experimentais e até meditar, buscando respostas dentro de si mesma. Nada parecia suficiente. Michael era uma força implacável, um predador à espreita, e o tempo estava se esgotando.— Por que isso é tão difícil? — murmurou, jogando a cabeça contra o travesseiro.Foi quando sentiu algo diferente. Um arrepio percorreu sua espinha, como se o ar ao seu redor tivesse mudado. A sensação era familiar, mas ainda assim a deixava inquieta.Ashley sentou-se, olhando ao redor do quarto. A princípio, tudo parecia normal, mas então,
O amanhecer trouxe um clima de inquietação para Ashley. A conversa com sua mentora ainda ecoava em sua mente, e cada palavra parecia se misturar ao som do vento do lado de fora. Ela desceu para a cozinha, onde Eleonora já estava de pé, preparando café com uma serenidade que contrastava com o turbilhão de pensamentos de Ashley.Eleonora olhou para ela com um sorriso caloroso, mas rapidamente percebeu o semblante tenso da namorada.— Você não dormiu bem, não é? — Eleonora perguntou, colocando uma xícara de café na frente de Ashley.Ashley suspirou, passando os dedos pelos cabelos.— Não é isso... quer dizer, dormi, mas tive outro encontro com minha mentora.Eleonora arqueou as sobrancelhas e se sentou à mesa.— O que ela disse desta vez?Ashley contou tudo, desde o feitiço de contenção até os requisitos necessários para realizá-lo. Cada palavra fazia Eleonora se inclinar mais para frente, como se estivesse pronta para absorver cada detalhe.— Um lugar de poder, algo que pertence a Micha
Ashley segurava o papel amassado com a mensagem de Michael. Seus olhos percorriam a caligrafia intensa, quase agressiva. Uma ideia começou a se formar em sua mente enquanto analisava cada detalhe. Ela respirou fundo, sentindo uma mistura de excitação e preocupação.— Eleonora, e se a caligrafia dele contiver mais do que palavras? — perguntou Ashley, girando o papel entre os dedos.Eleonora, que estava sentada no sofá revisando mapas do bosque que elas planejavam usar como armadilha, levantou os olhos.— Como assim?— Michael é poderoso, mas ele também é arrogante. A maneira como ele escreve... É como se ele estivesse canalizando energia para cada palavra. Talvez eu possa usar isso contra ele.Eleonora levantou-se, aproximando-se de Ashley.— Você acha que pode reverter a energia dele?Ashley assentiu.— Não tenho certeza absoluta, mas vale a tentativa. Ele deixou isso aqui como um recado, mas pode ser uma ligação direta com sua magia. Se eu conseguir decifrar... talvez possamos criar
Ashley sentava-se em sua cama, ainda com os músculos tensos após o confronto com Michael. O quarto estava silencioso, exceto pelo som suave das folhas de um livro que Eleonora folheava na escrivaninha ao lado. A luz do abajur criava sombras dançantes nas paredes, tornando o ambiente um tanto melancólico, mas carregado de determinação.Ashley segurava o papel queimado de Michael, agora apenas uma lembrança das intenções dele. A sensação de perigo ainda pairava no ar, mas algo dentro dela tinha mudado. A jovem sabia que precisava pensar à frente, superar suas próprias inseguranças e encontrar uma maneira definitiva de derrotá-lo.— Eleonora, não podemos esperar que ele venha até nós novamente. — Ashley quebrou o silêncio, sua voz firme. — Precisamos agir primeiro.Eleonora ergueu os olhos do livro, inclinando a cabeça com curiosidade.— Concordo. Mas qual seria o próximo passo? Ele já provou ser mais forte do que imaginávamos.Ashley olhou para o papel queimado em suas mãos e lembrou-se