Mel passou a manhã ali conversando com Ana sobre a lanchonete e claro, sobre as melhores escolas em que podia colocar seu irmão. O cuidado com uma pessoa que acabará de sair de uma operação tão complicada era maior do que se pode imaginar, e ainda mais uma que demorou tanto para acontecer. E se de alguma forma possa ter afetado mais órgãos e ninguém percebeu?Todas as perguntas Mel se fazia todo mundo que olhava para seu irmão brincar com os brinquedos em cima daquela cama, sorrir pras pessoas, conversar como se nada tivesse acontecido, ele parecia está de volta, mas sem sua cabelereira ruiva para deixar todas as garotas de queixo caído.Conversou com os médicos naquele dia e ouviu tudo que já tinha ouvido de algumas enfermeiras, mas com detalhes ricos. Maurício estava bem, mas eles queriam o deixar ali, esperando reações pela demora da cirurgia, todos os remédios recomendados fazerem efeitos.O câncer é traiçoeiro, e muitas das vezes ele volta como se ainda existisse uma parte dele m
— Eu gosto dela, você tem razão. Embora ela nunca faça o que eu mando ou sequer liga pro que eu penso. Eu gosto disso, ela é um desafio, e eu gosto de desafios. Não gostei de saber que ela te bateu, mas eu também não gostei de saber que você a provocou. Mel é um anjo por fora, mas ela é uma leoa por dentro, e ela ataca todas as vezes que você tocar no filhote dela. Isso é maravilhoso, ela tem instinto de mãe, ela tem amor dentro dela pelas pessoas ao seu lado.— E você a quer aqui por quê? Acha que ela vai te amar? – Levi entreabriu os lábios grossos para responder a garota, mas a pergunta não tinha resposta, então se calou por um momento. Aquela mulher poderia um amar? Ele? Tão falho? — Eu não estou falando do amor na cama, estou dizendo… fora dela. Você sempre soube o quanto eu gosto de você, o quanto eu te admiro e o quanto eu te quero. Mesmo assim você insiste em jogar na minha cara todas as suas… submissas. E ainda quer que eu faça amizades com todas. Eu não vou fazer isso com es
— Eu também, mas tenho que ficar aqui. – virou a cara novamente, mas dessa vez, aproveitou para admirar os quadros do quarto.Ela conhecia a historia de alguns, outros ela só teve a oportunidade de vê-los já na parede. Três quadros bonitos e bem desenhados pelas mãos de Deus, embora a cena não fosse santa.— Você conheceu todas elas? – Mel perguntou em um sussurro e Becca assentiu. — E como eram?— Hm… A primeira se chamava Sara. Eu mesma não sabia como lidar com ela. Tinha um ego muito grande, mas esse ego acabava quando entrava no quarto com o seu mestre, ou apenas quando ele estava por perto. Ela era devota a ela, de uma forma que nenhuma foi. Gostava de gritar horrores, então o Sr. Santiago, dava motivos para ela gritar tão alto que dava para ouvir do quarto de empregada. - Mel riu de canto. — Sara foi a primeira e passou quase sete anos com ele. E foi embora depois de uma discussão. E nós nunca soubemos o motivo dessa discussão.— Nove anos? - Mel estava assustada. Será que ela t
— Eu não estou cansada. - Avisou entre um sorriso e um beijo.Suas mãos não entraram entre os fios negros, mas caíram sobre a calça o tocando. Levi estremeceu tirando suas mãos na cintura para tocá-la mais forte e aquela pegada a deixou inteiramente molhada, acelerou os dedos para desfazer os botões da calça dele e puxar a camisa pra fora antes de finalmente o tocar.Ambos gemeram e o beijo foi interrompido. Mel abaixou os olhos para o pênis em suas mãos e não esperou ele mandar que o masturbasse, lembrava bem de como tinha que fazer e além de arrancar gemidos do Santiago, gemeu sob o efeito dos beijos dele em seu pescoço.Ela gostava quando ele segurava seu cabelo em um coque tirando cada fio de cima de seu colo e pescoço para beijar, morder, lamber e sugar sua pele se deixasse marcas, ela não se preocuparia, só queria sentir aquela boca em seu corpo. Sua mão trabalhava mais avidamente e quando soube que não poderia mais esperar, se ajeitou mais cima dele sequer esperando moreno se p
Quando Mel acordou naquela manhã, tudo que ela mais queria eram novamente os braços de Levi ao seu redor, para lhe esquentar naquele frio gracioso que fazia no quarto. Seus olhos capturaram o vazio do lado esquerdo da cama e assim mesmo sentiu dentro do peito, um vazio pequeno, difícil de não sentir, porém, ele estava ali. Sentou no colchão olhando ao redor com tamanha atenção, o cheiro dele estava por todos os lados, até suas roupas ainda estavam por ali, mas ele não se encontrava.Não bateria cabeça com isso tão cedo, tomou um bom banho para tenta amenizar o frio, a água morna dava-se bem com o corpo dela tirando todo o suor que derramou na madrugada. E que belo suor foi tirado. Mel parou em frente ao espelho grande que tinha no banheiro e ao se olhar, deu um grande sorriso.Nas duas ultimas vezes que transou com Levi, as coisas pareciam ter tomado um rumo diferente e ela sentiu isso. Ele era um homem maravilhoso e quando estavam transando, sua beleza se mostrava incapaz de deixar c
— Todas iguais? – repetiu em sussurro e Levi a encarou. — Eu sou igual a sua mãe? Só porque ela cometeu um erro, não quer dizer que eu vá fazer o mesmo. Além do mais, não tem nada de sentimento no que a gente faz. É só sexo, pelo menos não para você. – Levi estreitou os olhos em sua direção. — Não devia ter esse medo de um homem tomar o seu lugar. Olha só para você.Ele continuou incrédulo, o que ela queria dizer com “Não havia sentimento da parte dele, era apenas sexo?” Quer dizer que na cabeça dela, havia sentimento?— O que eu tenho? - Perguntou curioso. O que ela achava dele?— Você tem tudo, tudo que uma mulher quer. Sem dar dinheiro ou qualquer coisa, mesmo se você fosse um homem comum, qualquer uma que te visse iria querer tirar a roupa e transar contigo. - Ele jamais dormiria com qualquer mulher. — Eu não sou igual a sua mãe. Eu tenho valor, tenho sentimentos, entendeu?— Sentimento? Sentimentos por mim? - Perguntou de uma vez, sem pensar. Será que ele queria mesmo saber a res
Não demorou muito para chegarem ao apartamento, muito menos para Milo começar seu trabalho. Sentaram para falar sobre a sala pequena que poderia ser divida com a cozinha em um assoalho mais alto para que tivesse uma diferença, além das cores da casa. Os quartos também foram citados e Mel deu sua ideia de como queria tudo, principalmente o de Maurício, queria dar a ele um quarto de príncipe, ou melhor, de Rei, pois ele era o rei da sua vida, da casa, de tudo ao seu redor.— Maurício é seu filho? Ele tem muita sorte – disse Milo quando o tour pela casa terminou. Fechou sua pasta depois de anotar tudo que iria precisar e assistiu o riso de Mel crescer.— Na verdade é o meu irmão. Mas é como um filho. É a minha única família – pararam na sala. — Até quando essas reformas podem ser feitas?— Pela pressa que a senhora pediu, elas podem durar o fim de semana, quem sabe até a terça-feira. São pequenas mudanças de moveis e pouco de construção. Eu tenho uma equipe rápida e competente.— E eu te
Levi encarou sua cama do outro lado do quarto quando recebeu uma graciosa e dolorosa tapa de Mel. Até mesmo seu corpo entrou em choque. Mel respirou fundo dando mais alguns passos para trás e virou querendo encarar até Becca se fosse preciso, mas não aquele homem.— Você disse várias vezes que dentre todas as suas submissas, eu era diferente. E eu sou diferente. E tenho orgulho disso. - As lágrimas desceram rápidas por seu rosto — Os quadros eu pedi pra tirar porque eu não gosto de olhar para eles. Aquelas mulheres são belas e perfeitas ao seu lado, eu não sou metade daquilo. Eu sou muito agradecida por tudo que tens feito para mim e meu irmão, mas eu também dei a você coisas, mais do que qualquer valor em dinheiro. O que aconteceu foi uma relação de dar e receber, uma troca. Se eu aceitei o que estava me oferecendo foi porque eu realmente precisava e você sabia disso, se aproveitou disso pra depois vir jogar na minha cara que eu to aqui por causa do dinheiro? Acha que eu uso ele pra