Não demorou muito para chegarem ao apartamento, muito menos para Milo começar seu trabalho. Sentaram para falar sobre a sala pequena que poderia ser divida com a cozinha em um assoalho mais alto para que tivesse uma diferença, além das cores da casa. Os quartos também foram citados e Mel deu sua ideia de como queria tudo, principalmente o de Maurício, queria dar a ele um quarto de príncipe, ou melhor, de Rei, pois ele era o rei da sua vida, da casa, de tudo ao seu redor.— Maurício é seu filho? Ele tem muita sorte – disse Milo quando o tour pela casa terminou. Fechou sua pasta depois de anotar tudo que iria precisar e assistiu o riso de Mel crescer.— Na verdade é o meu irmão. Mas é como um filho. É a minha única família – pararam na sala. — Até quando essas reformas podem ser feitas?— Pela pressa que a senhora pediu, elas podem durar o fim de semana, quem sabe até a terça-feira. São pequenas mudanças de moveis e pouco de construção. Eu tenho uma equipe rápida e competente.— E eu te
Levi encarou sua cama do outro lado do quarto quando recebeu uma graciosa e dolorosa tapa de Mel. Até mesmo seu corpo entrou em choque. Mel respirou fundo dando mais alguns passos para trás e virou querendo encarar até Becca se fosse preciso, mas não aquele homem.— Você disse várias vezes que dentre todas as suas submissas, eu era diferente. E eu sou diferente. E tenho orgulho disso. - As lágrimas desceram rápidas por seu rosto — Os quadros eu pedi pra tirar porque eu não gosto de olhar para eles. Aquelas mulheres são belas e perfeitas ao seu lado, eu não sou metade daquilo. Eu sou muito agradecida por tudo que tens feito para mim e meu irmão, mas eu também dei a você coisas, mais do que qualquer valor em dinheiro. O que aconteceu foi uma relação de dar e receber, uma troca. Se eu aceitei o que estava me oferecendo foi porque eu realmente precisava e você sabia disso, se aproveitou disso pra depois vir jogar na minha cara que eu to aqui por causa do dinheiro? Acha que eu uso ele pra
Aquele final de semana estava apenas começando, e com ele novos sentimentos e pensamentos estariam presentes. No fim dele, ambos teriam muito que dizer um para o outro. Assim que atravessou a porta do quarto de Levi, Mel Albuquerque soube que outro final de semana horrível estava lhe esperando de braços abertos. Claro que uma briga com Levi Santiago passava longe de ser pior do que a doença de um irmão ou da noticia de saber que seus pais morreram. Mas por hora, no presente, Levi era uma figura importante para si, e havia se tornado alguém merecedor de sua admiração, e de seus pensamentos. Era isso antes dele beber e surtar. Nem entendia o porquê do homem lhe comparar com a mãe, e porque ela iria embora? Certo de que Maurício já estava melhor e que o dinheiro que ele lhe deu antes foi o suficiente e é até agora para ela. Mas se não fosse por Maurício, ou pelo dinheiro, ela não tinha mesmo porque ficar. Voltou logo para seu quarto procurando uma bolsa maior naquele closet grande, pe
Dentro do táxi, o sorriso espalhado pelo rosto de Mel era grandioso, nem sabia o que sentia de verdade, mas ali dentro do peito, seu coração batia com tanta força que não conseguia conter o riso, e até os fortes suspiros que deu todo o trajeto até o hospital. Ao sair do carro, encontrou-se com Becca novamente que ajeitou a bolsa no ombro e cruzou os braços.— Eu não sei o que você está sentindo, mas eu quero ter essa mesma emoção um dia. – começou e Mel pela primeira vez, durante o caminho a encarou de verdade. — Acho que vocês se resolveram.— Não, não nos resolvemos, ele disse que quando voltar, nós vamos conversar, isso não quer dizer muita coisa, porque eu não vejo o que pode mudar entre a gente. – começou a andar para o hospital e Becca foi logo atrás.— Eu acho que a palavra, namoro, pode ser incluída nessa conversa – Mel deu um sorriso bobo, mas continuou a caminhar. — Ele não usa você apenas para o sexo e no tempo livre te enche de jóias, vocês tem uma conexão, isso é o que el
Durante o trajeto de sua casa até o aeroporto, Levi foi em silêncio. Pensativo, perturbado pelo que aconteceu na porta de sua casa com aquela mulher.Desde muito novo, logo que Victoria sumiu de suas vistas, ele nunca achou que uma cena como aquela fosse acontecer de novo. Nenhuma das mulheres que passou por sua cama teve aquela coragem, aquela atitude espontânea. Era uma coisa que só Mel Albuquerque tinha. Ela era perfeita.— Sr. Santiago – Levi piscou algumas vezes olhando ao redor e viu Felipe ao seu lado, a porta estava aberta e o homem esperava pacientemente o outro sair do carro. Saiu notando já estar no destino. Aquela mulher o tirava da terra — está tudo bem? – perguntou, mas ele sabia bem o porquê de Levi agir daquela forma.— Sim – pegou sua mala e encarou o homem com um curto sorriso — procure por Mel, faça tudo que ela mandar, se ela precisar de algo, me liga, faça tudo que puder por ela – disse e desviou o olhar.— Posso falar a respeito do beijo em frente ao carro? – Lev
— O Sr. Santiago chegou. — Ah, muito bem, muito bem. Pode vir Santiago, pode vir. – o homem do outro lado da sala anunciou. Enquanto caminhava até ele, viu aquelas mulheres sair uma a uma, com olhos atentos aos seus passos. O lugar era mais bonito por dentro, luzes escuras, mesas redondas, alguns sofás com tecidos ocultando lugares para certamente fazer… outras coisas que não fossem beber. — Depois de tanto falar com Giah e Marlon, finalmente um deles manda alguém para representar a empresa, e não é qualquer pessoa, é Levi Santiago. – levantou para apertar a mão do moreno. — Aceita alguma coisa? Uma bebida forte? Cerveja, vinho, uísque? – tocou no ponto fraco de Levi, mas no momento, ele precisava trabalhar. — Talvez depois – Claudio assentiu e voltou a sentar para se concentrar melhor. — O que conversei com seu pai são as mais negociações do meu império. Sei da sua rixa com a ex-esposa, sua mãe era muito bonita – Levi assentiu. — Eu não tenho porque dar o marketing para sua empres
— Chamou? – Martin apareceu na sala com seu sorriso nervoso, Levi havia passado por ela com um sorriso de cair à calcinha. O homem exalava sexo, era impossível continuar no mesmo lugar que ele e não agarrá-lo. — Sim – ela voltou para a secretaria — você tinha razão quando ligou avisando que ele era bonito. Na verdade, é bonito até demais. — Passei quatro minutos dentro do elevador com ele, - ela se aproximou apoiando suas mãos na mesa — eu queria tirar a roupa. — Meu pai já confirmou, usaremos a empresa dele para o marketing, mas ele não sabe exatamente disso. – Martin cruzou os braços revirando os olhos – eu quero saber exatamente o que ele pode fazer – riu de canto — E eu não estou falando do trabalho. — Você vai transar com ele? – Questionou, mesmo sabendo a resposta. — Eu tenho vinte e oito anos, e preciso me casar. Preciso construir uma família, não acha que já estou passando da idade? – A mulher não abriu a boca, se confirmasse poderia perder o emprego, se não, seria dita c
— Tudo bem – levantou rapidamente se despedindo de Claudio que só ria com suas mulheres e seguiu Martin pelo salão lotado, pelas dançarinas, bebidas, mais homens, até chegar a um corredor estreito e mal iluminado, as pequenas tochas de luz refletiam um brilho diferente, despertando no intimo qualquer segunda, quarta, quinta intenção com uma mulher por aquelas inúmeras portas que seguiam até a curva. Subiu uma pequena escada até dar-se de cara com uma porta de cor creme, e nela o nome de Miranda escrito. — Fique a vontade, e o caminho de volta não é complicado. Até mais – se despediu Martin e logo voltou por onde tinha vindo. Levi bateu duas vezes na porta antes de ouvir a voz de Miranda o deixando entrar. O camarim de Miranda era revertido de uma das coisas que Levi mais gostava em toda sua vida: luxo. Com vidros em espelhos, além de um bar do lado esquerdo e um teto com pedras brilhosas e bonitas enfeitando a pedaço o deixando mais bonito do que nunca. Levi fechou a porta sentind