Quando o carro parou em frente a um restaurante, Levi soube na mesmo hora que tinha alguma coisa errada, o seu pai não marcaria um almoço depois de ter passado a manhã toda em sua casa. Será que não tinha dado tempo de ter ido para casa e só no outro dia procurar saber se ele estava bem? Ou será que alguma coisa ruim tinha acontecido tão rapidamente que um celular não pudesse resolver?Almoços em restaurantes tão abertos como aquele, servia para reuniões com novos sócios e se bem lembrava, não havia ninguém marcado para aquela semana.Assim que entrou, um dos funcionários o levou diretamente para a mesa onde Marlon já o aguardava tomando vinho enquanto escutava sua esposa falar. Riu de canto.— Vai querer fazer todas as refeições do dia comigo? - Questionou ao sentar do outro lado da mesa e chamar atenção dos dois presentes. — O que é isso? Quer saber se estou me alimentando direito?— Eu poderia querer saber disso, afinal, quero um neto saudável. - Levi perdeu o sorriso na mesma hora
— Do quem está falando? - Anna quis saber engolindo toda a sua curiosidade com uma taça de vinho inteiro e virou para o marido antes de ternar a encarar Miranda que estava nervosa, com a palma em frente à boca como se sentisse culpada de ter dito alguma coisa. — Hoje de manhã.— Me desculpe. Desculpe-me, eu não deveria ter dito uma coisa dessas - Mirando tornou a olhar para Levi e tocou em sua mão em cima da mesa. Levi abriu os olhos na mesma hora, encarou a mão dela em cima da sua e depois seu pai que continuava a lhe encarar esperando que alguma coisa fosse dita — Sinto muito.— A Mel é uma prostituta? - Marlon questionou, queria saber, as pessoas ao lado não parecia ter notado, então estava bem, é um segredo de família.— Não, ela não é uma prostituta. Ela é apenas uma garota simples.— Uma garota simples que conseguiu chegar à sua casa? E ela era o que? Uma empregada? Parando para pensar essa garota apareceu recentemente na nossa vida, não daria tempo de você, se apaixonar. Sendo
Mel conseguiu fazer com que ele lhe atendesse com urgência e ainda relembraram os velhos tempos. Explicou a ele detalhadamente todos os acontecimentos desde a morte de seus pais até o presente deixando de lado o fato de está namorando uma pessoa famosa. As últimas informações ela deixou para mandar por e-mail se sentindo mais segura com o outro dia.Quando terminou, notou que era tarde da noite o que não lhe deu descanso por uma noite inteira de sono, mas ela entendia perfeitamente que estava fazendo isso por um bem maior. Agradeceu por Becca não lhe perguntar durante a madrugada. Becca havia se tornado uma amiga incrível, nem dava para lembrar-se do quanto discutiram no inicio de tudo. No fim, agradecia com todo coração por Levi ter “entregando” a empregada para ficar sob seus cuidados. Isso era horrível.Assim que saiu do banho, se assustou quando a encontrou dentro do quarto. Mas é claro que seu momento livre dela não iria durar. Mas sorriu agradecendo pelo café quente e agradeceu
— Se ela estiver grávida, será mais difícil você conseguir separá-la do Levi. - Avisou e Miranda se sentou de uma vez ao lado.Não. Aquilo não podia está acontecendo, porque ela não podia engravidar. É claro que o Levi não a deixaria grávida, e nem mesmo os pais dele o faria deixar. Ou será que fariam? Afinal, o filho de uma prostituta não tem valor, é apenas um golpe, não?— Quero que tenha certeza disso, vá ao hospital, procure saber de tudo, e só me volte aqui quando tiver o resultado desse exame.— Eu sabia que iria pedir isso e já tenho o endereço do hospital, volto depois - Levantou, pegou suas coisas e a bolsa no fim do quarto e simplesmente abriu a porta para dar de cara com a última pessoa que iria imaginar ali. Os braços cruzados indicavam que ele não estava ali para brincadeira e o segurança mais atrás, menos ainda. — Miranda, temos visita. - Saiu da frente quando o homem entrou de uma vez sem ao menos questionar se podia.Miranda levantou de onde estava e ainda abriu um so
A sala de espera era clara demais para seu gosto, mas cheirosa em todo caso. Respirou fundo quando avistou seu amigo do outro lado do corredor e não tardou a abraçá-lo em total desespero. Era a primeira vez que se encontravam depois da faculdade e em condições loucas, como ele mesmo tinha lhe dito na noite anterior. Mas depois de largar todos os casos em que estava trabalhando para dar atenção a seu antigo amor do passado, um abraço apertado e caloroso já tinha valido a pena. Quando se afastaram, se encararam outra vez.— Você não mudou em nada, continua a mesma sem graça de sempre. - Avisou a outra que sorriu desviando o olhar um momento — Mas tudo bem. Estudei seu caso e apesar de ter me chamando em cima da hora, eu procurei algumas coisas na internet e não tinha como sua vó não saber que o próprio filho morreu, ou ele simplesmente não tinha contato de emergência. E talvez ela soubesse que ele estava morto, só não sabia que sua mãe também tinha morrido.— No momento eu quero apenas
O juiz voltou a se sentar direito, ele não sabia dessa informação. Conhecia bem as famílias nobres da cidade para reconhecer o sobrenome.— Você não pode colocar o nome de um homem rico e influente, no meio desse tribunal sem provas de que vai se casar, ainda mais com um homem comprometido.— Comprometido? Sim. Comigo. - Apontou para si mesma.— Ah, todo mundo aqui está sabendo que ele teve um encontro importante e por mais que quisesse esconder a garota, ela já foi revelada, - mexeu no celular enquanto Mel olhava para o advogado ao lado que tratou de fazer o mesmo, se uma noticia como aquela tinha vazado, ele precisava saber. — E é Miranda Soares, á fotos deles juntos em um restaurante almoçando com o senhor Marlon Santiago e a esposa, além de que ele foi visto saindo hoje de manhã do hotel onde ela está.Com a foto mostrada ao juiz e a matéria logo abaixo, ele encarou Mel do outro lado que não estava entendendo onde todos queriam chegar.— Você quer tentar enganar esse tribunal? É u
— Como está se sentindo agora? - Era a terceira vez que Maurício perguntava. Foi o único que ficou no quarto com Mel enquanto tomava soro porque se recusou a sair, e ninguém iria o tirar ali. Segurou sua mão o tempo todo enquanto a via sorrir e dizer que estava bem, mas se estivesse mesmo bem, não tinha parado ali.— Estou bem, Maurício, já disse - contou outra vez apertando sua mão enquanto a outra arrumava os cabelos ruivos do menino — Tem que ir comer alguma coisa.— Não estou com fome, Mel. Estou preocupado com você - Contou e olhou para frente encarando a janela do quarto — O que você tem?— Bom, digamos que… Eu esteja esperando um filho. - Ele assentiu, Mel se surpreendeu. — Achei que ficaria surpreso.— A Becca já me contou - Ela revirou os olhos — Mas gravidez não é doença, você tem alguma outra coisa? - Quis saber e dessa vez, a olhou nos olhos. — Não posso te perder. Eu só tenho você. Prometeu que seria sempre eu e você para o resto da vida.— Parece que agora será eu, você
— O que você sente por mim, de verdade?Outra vez, a pergunta a pegou de surpresa, os olhos arregalados e a boca entreaberta, sua mente querendo adivinhar o que se passava na cabeça daquele homem foi ao extremo. Engoliu a seco desviando o olhar para o lado. Porque depois de tanto tempo aquela pergunta sempre voltava quando menos esperava? Será que eles não podiam seguir a vida agora? Ainda mais depois de tudo que foi dito naquele tribunal. Levantou andando pelo quarto e Levi a seguiu na mesma hora, ele queria uma resposta e a teria.— Precisamos conversar sobre isso, Mel. Eu preciso saber o que você sente de verdade, sobre tudo. - Perguntou outra vez e Mel puxou o ar para dentro antes de virar para o homem lhe encarando fixamente.— Eu amo você. Já disse isso várias vezes e não falaria se não fosse verdade. Desde que nos conhecemos, você tem feito bem a mim e ao meu irmão, você é um homem incrível, eu gosto do seu cheiro, de tudo que a gente faz em cima de uma cama, e até amo quando s