— Nesse meio? - Perguntou sem entender — Em que meio você está querendo dizer? — No meio dessa merda toda que é a sua vida - Levi se surpreendeu — Eu não sirvo para me acomodar dentro dessa casa e não ser ninguém na vida, além de que? Sua esposa? Não vou aceitar que jogue suas ordens em cima de mim, e nem o seu jeito explosivo de surtar quando não consegue alguma coisa. Eu não quero ter que cuidar de uma criança adulta, como você. — Mel… — Meses atrás quando nos conhecemos, você disse que mudaria para que eu ficasse contigo, mas você continua o mesmo, ainda é autoritário e acha que o dinheiro compra quem quiser, e ele compra mesmo… Mas não a mim. - Apontou para si e dessa vez, não conseguiu esconder a lágrima que escorreu por seu rosto — Eu perdi a guarda do meu irmão, e está tudo bem. Ele vai embora com a minha vó e eu fiz a minha escolha. Levi desviou o olhar, a vontade chorar bateu no seu peito com tanta força que ele mesmo não se reconheceu. Ele não era homem de chorar por nada
Assim que Miranda chegou a sua casa, a empregada presente lhe avisou que tinha visitas. O sorriso se deu a mulher parada na pequena sala à fez entender que tudo tinha corrido muito bem naquela manhã. E logo gargalharam juntas se jogando no sofá. — Não sabia que tinha corrido daqui para a casa de Levi, se soubesse teria ido direto para lá e levado Marlon. Tenho certeza que ele iria gostar de encontrar os dois sozinhos, isso lhe daria mais chances de ficar com meu enteado.— Não se preocupe quanto a isso. - Se acomodou mais no sofá — Eu fiz com que aquela mulher fosse embora, eu assisti sua partida com toda alegria do mundo. Ela deu as costas a ele e disse que não voltaria, e ele não aceitou muito bem.— Não aceitou? - Anna quis saber — Como não aceitou? Ela terminou com ele, certo?— Sim. Ele não aceitou muito bem porque me mandou ir embora, além de que subiu para o quarto com uma garrafa grande de um uísque dos tempos antigos, um dos mais fortes que conheço. Me ofereci para beber com
— Exijo saber o que aconteceu.— O que aconteceu… Hm… - Riu de lado sabendo que a resposta muito iria agradar ao pai. — Parece que suas orações fizerem efeito, efeito na mulher da minha vida, então isso já pode fazer você ficar feliz, não é? - Olhou para o homem mais atrás — Eu nunca consegui gostar de uma mulher como gostava da Mel, eu me sentia feliz quando estava ao seu lado.— Mas a Mel, não é mulher para você - Contou se aproximando do moreno que riu voltando a encarar a entrada da sua casa, por um momento, ao menos em algum dos sonhos que teve enquanto dormia agarrado na sua bebida quente, ele esperava que ela aparecesse correndo e pedindo para voltar.Ele fingiria que iria relutar, mas não ia demorar muito. Sentia falta dela, do seu cheiro, da sua voz o mandando fazer coisas que ele jamais faria. O obrigando a ter sentimentos por ela, mesmo quando ele desejava que não tivesse nada. Porque amar uma pessoa doía tanto? Preferia nunca ter descoberto esse sentimento.— Não é a mulhe
Quando Becca voltou ao seu apartamento, se surpreendeu com o pequeno saco perto de sua porta colocado ali com seu nome bem grande. Trouxe para dentro logo abrindo toda a embalagem e se deparando com um convite formal, e não apenas uma mensagem de Anna avisando que a queria lá. Talvez como amiga de Levi, ou por indicação dele, mas ela estava convidada oficialmente. Suspirou admirando o nome de Levi. Não aceitaria nunca o fato de Mel ter ido embora sem ao menos ter contato a ele sobre a gravidez. Será que esse seria seu papel na vida dos amigos?Contar a Levi sobre o filho?Provavelmente a Mel a mataria depois, mas tinha certeza que Levi jamais iria deixar que ela fosse embora se soubesse da gravidez. Dentro da caixa ainda tinha um vestido brilhoso, bonito demais para seu gosto e olhando bem, o convite tinha a assinatura de Anna Santiago já com o vestido… Estava lhe tratando muito bem para uma simples empregada da casa de Levi. Será que Emy e Felipe junto de sua família tinha recebido u
— Então como uma garota qualquer, eu contarei a ele que a Mel está gravida e ela precisa de ajuda - Gritou para a mulher e quando virou para ir embora, escutou alguma coisa vinda de Anna, e quando pensou em virar-se novo para se defender, viu as luzes de um carro lhe cegar e algo lhe atingir de imediato.Anna tampou os lábios evitando um grito quando o carro bateu contra o corpo de Becca a arrastando até mais a frente. Olhou para si procurando qualquer machucado porque aquele carro passou ao seu lado. Correu até onde o corpo fora jogado e além do sangue, viu que Becca estava desmaiada. Olhou em volta notando as pessoas já correrem em direção e a porta do carro abrir, só havia um homem ali dentro, bem arrumado e saindo da festa pelo estacionamento, com certeza, bêbado.Anna deu um passo para trás tentando manter a postura, e mais outro, e mais outro e correu de volta para dentro. Tentou manter sua respiração normal enquanto dobrava alguns corredores até finalmente escutar a música do s
A viagem de avião não durou tanto tempo quanto a de carro que balançou de um lado para o outro deixando o enjoo de certa grávida ainda mais intenso. No entanto, Mel preferiu ficar calada gostando de todas as imagens que passavam diante da janela. E maior delas era a grande praia que por mais que as paisagens mudassem de um lado para o outro, a água era sempre colocada ali deixando as coisas ainda mais bonitas. Quando o carro finalmente parou, Maurício foi o primeiro a saltar do carro correndo para conhecer a nova casa, Georgina por outro lado, achou graça enquanto descia do seu lado.Rodeou o carro encontrando a porta aberta de Mel e com a neta ainda pensando se saia ou não do automóvel, claro que com um simples sorriso a convenceu muito bem, lhe ajudando a descer. Mel olhou o lugar, a casa era bonita, com dois andares um pequeno jardim na frente, sem muros, cercas, árvores grandes, e sua presença logo foi notada por alguns vizinhos. Maurício apareceu na porta da casa vinha correndo c
“Tudo vai ficar bem”Era isso que sua mente repetia mesmo quando tudo ao seu redor parecia que não iria e não estava nada bem. Com o coração acelerado, suas pernas trêmulas e a dor de cabeça prestes a explicar o cérebro, ela encarou a paisagem da janela grande seu quarto achando tudo ainda mais bonito. O sol tinha nascido no interior trazendo vitaminas para todos os tipos de pessoas e animais, plantas e tudo acima da terra, uma luz a quem estava triste espantando toda a escuridão da noite, mas não podia arrancar a dor do peito de ninguém.Mel levantou da cama caminhando em pequenos passos até chegar à janela e abriu mais as cortinas sentindo a quentura pegar em sua pele, e aquilo era muito bom. Passou uma mão na barriga não entendendo o motivo de sentir ainda mais cansada ao acordar de uma noite que conseguiu dormir perfeitamente bem depois de quase um litro de leite quente. Será que era normal sentir tanta dor assim? Porque não parecia.Suspirou varrendo todo o quarto atrás do celula
— Então quer dizer que você nunca teve coragem de surfar de noite… - Maurício murmurou novamente passando a página da revista de surfe que achou no carro do seu mais novo melhor amigo — Então você não deve ser o melhor. Eu vi que muita gente faz isso de noite não importa se está chovendo ou não.— Eu não entraria no mar de noite com minha prancha se o céu estivesse ameaçando de chover, nem de dia eu cometeria uma tragédia dessas - Riu de canto sem tirar os olhos da estrada — você precisa entender antes de qualquer coisa, que não é sobre enfrentar uns desafios sendo que pode morrer, é conseguir enxergar a onda e poder surfar nela. Não vai adiantar você se meter num canto perigoso apenas para ser lembrado.— Estou vendo aqui que muita gente tentou pegar o surfe da noite do eclipse. Qual é a diferença? - Bradou fechando a tal revista o olhou para Valério que continuava a rir. Achava graça de tudo que aquele garoto falava, mas gostava de saber que tinha alguém interessado em suas historia