Quando o avião particular da família Santiago pousou no aeroporto recomendado, Marlon estava sentado em uma das melhores poltronas esperando que Levi chegasse de viagem. Os Santiago sabiam o quão importante àquela mulher seria em suas vidas e naquela semana em que passaria ali, afinal, Miranda Soares já havia saído em todas as revistas de negócios, além de ser a única filha herdeiras de um homem tão rico que se pudesse, compraria o mundo com seu carisma e influencia. E era dessa influência que Marlon iria usar.— Sr. Santiago, eles chegaram. – o mordomo se prontificou em avisar, embora o mais velho já soubesse. Marlon levantou-se e se preparou para recebê-los ao vim do túnel que levava para fora do avião. E foram questões de poucos minutos até ver o filho aparecer com uma mala pequena de uma mulher esbelta logo atrás. O sorriso que a senhora trazia no rosto era elegante, de forma gentil. — Levi, seja bem-vindo – Marlon cumprimentou o filho com um aperto de mão seguido de um abraço. El
— Não é a Mel. É outra mulher e eu acho melhor você respirar fundo – Becca estreitou os olhos, completamente chocada e então virou em direção à sala. Levi iria escutar várias broncas do mundo.— Liguem para Mel vir pra cá agora. Ela dormiu em casa e disse que viria cedo, mas eu acho que ela deve tá dormindo. Ela estava cansada. Juro! – virou outra vez e caminhou em direção à sala já ouvindo uma voz fina da mulher dizer que alguma coisa era bonita, mas escura e teve quase certeza de que ela estava vendo a alma do moreno. — Lev- quer dizer, Sr. Santiago, seja bem-vindo – chamou a atenção de ambos parados no meio de sala — Senhora.— Senhorita. Não sou casada. Pelo menos, não ainda. – Andou um pouco ao redor da sala e parou perto de Becca — e você deve ser a empregada, pelo menos eu acho, eu não deixaria uma empregada minha usar uma roupa tão curta, a menos que ela faça alguma coisa.— Eu arrumo os quartos e espanto todas às loucas que caem em cima como umas cachorrinhas. Suponho que voc
O prédio onde os Santiago trabalhavam era de um extremo luxo onde não poderia colocar defeito. Miranda fechou a porta do carro ajustando os óculos nos olhos e olhou ao redor se enchendo de alegria quando alguns homens a encararam fixamente. Uma linda mulher desfilando até a entrada onde a secretaria de Marlon lhe esperava com um sorriso no rosto.— Boa tarde, senhorita Miranda – desejou a mulher que sorriu de canto e Miranda jogou o cabelo para o lado e parou em sua frente.— Quero que você faça um favor para mim. – Pediu retirando os óculos e riu novamente tocando nos ombros da moça — traga minha secretaria. Quero-a no hotel que aquele homem bonito e forte vai lhe dizer. Preciso de um serviço urgente e somente ela pode me ajudar.— Algo não lhe agradou em Seant? Pois eu mesma poderia fazer qualquer coisa – avisou guiando Miranda até o elevador principal que levava diretamente até a cobertura do prédio.— Ah sim, vocês vão fazer tudo o que eu quero para que eu também concorde e assine
— Eu não sinto fome, e nem estou cansado. Eu queria continuar transando com você por horas a fio, porque não consigo parar. – A voz dele era grosa, sonolenta, Mel sorriu sentindo o carinho dos dedos grandes subirem e descerem por suas costas. A cada movimento seu corpo se arrepiava dos pés a cabeça. Sua excitação parecia aumentar a cada segundo.— Uma manhã para você não é o suficiente? – murmurou devagar e abriu os olhos encarando as janelas grandes que o sol tentava a todo custo entrar. Pelo menos o final dele. — Estou cansada. Acho que matei minha saudade.— Estava com tanta saudade assim? – Levi se aproximou mais a abraçando por trás. O cheiro dela o pegou novamente, o doce aroma de seu cabelo e a pele cheirando a suor e sexo. Não poderia ser melhor. — Eu também senti sua falta dois noites sem sentir seu cheiro.— Senti falta de alguém... Significa o que? Paixão? Amor? Carinho? Ou era apenas por que me acostumei com a rotina que temos? – Levi revirou os olhos, não queria conversar
— Ah meu Deus – Becca gritou de um lado dando pulinhos de alegria até chegar a Mel que tentava achar um vestido que se encachasse na ocasião. Levi a levaria para um primeiro encontro de verdade, como namorado, e dessa vez, ela obviamente, iria caprichar. — Ele pediu você em namoro? Isso é a coisa mais linda que aquele babaca poderia fazer por alguém assim. Eu como uma pessoa que o conhece há anos, tenho que dizer: ele só pode gostar de você mesmo, por que o Levi que eu conheço e adoro, jamais pediria uma mulher em namoro.— Principalmente uma mulher como eu – Mel escolheu um vestido com detalhes de flores no decote pomposo que deixava exposto as laterais de seus seios. Sexy e comportado. Algo suave e… perfeito. — Eu chamei você porque quero que me ajude. Não quero escolher qualquer coisa para vestir, e se eu fosse escolher uma coisa que me agrade, eu escolheria um vestido qualquer, todos são bonitos.— Quer saber, escolha o que você achar melhor. Não está indo para um evento de gala o
Com o peito cheio de orgulho, Mel fechou a porta do seu apartamento deixando as chaves ao lado e puxou os saltos para que descesse do mesmo. Depois de bancar a princesa de um conto de fadas em um encontro tão gostoso ao lado de Levi, ela precisava voltar para seu mundo meio colorido com um riso no rosto e um coração cheio de felicidade. Jogou-os para o lado e olhou para Levi que com as mãos na cintura, analisava as mudanças feitas com orgulho da sua garota.— Becca e Milo disseram que uma cor mais clara deixava o ambiente mais animado. E Maurício é bem animado, ele vai adorar – bateu algumas palminhas caminhando pelo lugar e se jogou no sofá. — O que achou?— Tá melhor do que antes pode ter certeza disso – ele olhou as fotos na estante depois da TV se aproximou um pouco analisando o rosto tão bonito de Mel e o pegou. — Você sempre foi bonita.— Foi no meu aniversario de dezenoves anos. Meus pais me deram uma viagem para as praias mais bonitas do mundo. Uma das melhores viagens da minh
Mel optou por deixar os cabelos soltos como sugeriu Becca e saiu de casa sabendo que se encontraria com Levi. Conversariam sobre alguma coisa e como já estava quase no horário do almoço, ficariam juntos um momento. Pegou o táxi assim que desceu, chegaria mais rápido na casa de Levi, e foi o que aconteceu, no entanto seus olhos se estreitaram em confusão quando viu um carro a mais em frente à casa de LeviAlém do carro que Felipe havia um grande, imenso carro na cor branca.Ignorou e subiu as escadas ouvindo barulhos aleatórios, olhou para o carro, escutou mais alguns barulhos e desconfiada abriu a porta de uma vez quase batendo em um dos homens que circulavam pelo lugar. Parou de imediato.— Ah, me desculpa, eu não queria. Não queria… - ela olhou do homem para o resto na sala de Levi andando de um lado para o outro com bandejas, tirando o sofá do lugar e estante de fotos. — desculpe o que está acontecendo aqui?— Isso se chama festa. – Uma voz feminina lhe chamou mais atenção quando f
— Não me faça chorar com a história triste do irmão vivo-morto que ressuscitou.Mel sentiu o corpo tremer só de ouvir aquilo.— A história do meu irmão vivo-morto não vai te fazer chorar. Mas eu vou.— Se você tocar em mim eu te processo. – Bradou Miranda, enfurecida pela coragem de Mel em já ter lhe dado uma tapa, agora queria tocar mais em seu corpo?— Não tenho medo de processo – Mel deixou isso claro quando lhe deu outra tapa para que a mesma ficasse ciente de que pedaços de papéis advogado ou um tribunal qualquer não a impediria de se defender — mas eu tenho medo que algum dia o meu irmão escute essas coisas e se magoe, e isso não vai acontecer se eu quebrar a sua boca agora mesmo.— Já chega – Levi se meteu entre as duas olhando diretamente nos olhos verdes de Mel e sorriu tocando em seu rosto delicado e vermelho pela raiva. — Sai. Eu preciso falar com ela.— Eu não vou sair daqui. Saia você e finja que não sabe onde a gente se meteu – foi tentar passar por ele, mas Levi a inter