BrianEu não podia mais negar o que estava sentindo, quando apenas ouvir o nome dela já me fazia sentir um aperto no peito, o que era algo simplesmente ridículo, considerando-se que eu era um homem de trinta e dois anos.Ridículo ou não, estava acontecendo naquele exato momento, enquanto eu ouvia, há mais de trinta minutos, o Douglas falar sobre a Emily e, por consequência, o nome da Charlotte ser citado várias vezes também.— Então a relação de vocês está ficando mesmo séria? — eu perguntei, mas estava bem claro que sim.— Nossa relação é séria desde o primeiro momento que coloquei os olhos na Emily e nas crianças — Douglas falou, sorrindo.O meu amigo estava contando sobre o último encontro deles, que durou todo o fim de semana, pois ele tinha levado a Emily e os gêmeos para o seu apartamento e eles tinham feito vários programas em família.— Seus pais já sabem sobre a sua namorada? E que ela tem filhos? Eu sabia que estava sendo chato, mas era algo bastante válido, considerando-se
CharlotteEu estava me sentindo bastante sozinha nos últimos dias, mesmo que a Emily e a Nicole tentassem a todo custo passar o maior tempo possível comigo e ainda que elas estivessem ao meu lado.Não era questão de estar ou não cercada por outras pessoas e as minhas amigas não entendiam isso.E agora que a Nicole estava sempre trabalhando e a Emily tinha o Douglas, eu não queria ser um empecilho para a felicidade das duas irmãs, de forma alguma.Então, quando em plena sexta-feira a noite, a Emily estava sentada no sofá da sala, me fazendo companhia assistindo uma série, eu notei que ela soltava leves suspiros, bastante discretos, mas ainda assim perceptíveis, eu logo percebi que ela não estava prestando atenção alguma ao que estava passando na tela.Eu busquei o controle remoto que estava na mesa ao lado do sofá e desliguei a TV, mas ainda se passaram alguns segundos até que a Emily se desse conta do fato, o que me fez rir baixinho.— Por que você desligou a TV? — ela reclamou, indig
BrianEu estava de saco cheio de ficar me controlando, tentando manter minha mente ocupada o tempo todo para não pensar na Charlotte.Não adiantava ficar me lembrando todas as razões pelas quais eu não poderia me envolver com a garota que tinha conseguido conquistar o meu coração, sem que nem ao menos tivéssemos trocado sequer um único beijo.Isso era algo tão ridículo, que se eu tivesse que contar para alguém tudo o que estava sentindo naquele momento, eu seria motivo de chacota, com toda a certeza.Mas aquilo era exatamente o que eu estava prestes a fazer, quando fui impedido por motivos de força maior. — Eu sou completamente apaixonado por ela e não posso mais controlar os meus sentimentos, Brian! — Oliver declarou. — Eu não quero mais pensar nos motivos que eu tenho para não me envolver com a Nicole. Eu não quero pensar na Martina, em diferença de idade e muito menos no fato de que ela é a babá da minha filha. É, pelo visto não eu não era o único cansado de fingir que nada estav
CharlotteEu estava me sentindo atordoada, sem saber o que pensar ou como agir diante da declaração do Brian, algo que me pegou completamente de surpresa e que eu realmente não acreditava ser possível de acontecer.Mas, o que eu poderia dizer agora?A verdade é que eu estava escondendo algo importante dele e eu não podia chegar agora e dizer que a escolhida para gerar o seu futuro herdeiro, como ele fazia questão de dizer, era eu. Contudo, conseguir pensar de maneira racional enquanto o Brian segurava meu queixo e me olhava com genuína emoção, era uma difícil missão e eu realmente não me sentia tão capacitada a esse ponto.— E então, Charlotte? — Brian insistiu. — Você quer me dar a oportunidade de cuidar de você, Charlotte? — Eu não sei, Brian — falei, me sentindo uma boba. — É tudo tão confuso e… — E inesperado, eu sei — ele completou o que eu pretendia dizer. — Mas eu também sei que devemos sempre dar uma oportunidade para que as coisas possam acontecer em nossas vidas, pequena.
BrianO meu desejo era de me enterrar todo dentro do corpo da Charlotte, mas eu não poderia fazer isso dessa forma, por mais que ela não fosse a garota inexperiente que eu acreditava que ela era.Ainda assim, a Charlotte parecia ser completamente inexperiente e isso estava me deixando confuso e atordoado. Ao mesmo tempo que eu queria saciar meu desejo por ela logo de uma vez, eu a sentia também como se não soubesse nem mesmo como beijar um homem, não por parecer desagradável o seu beijo e sim por parecer o beijo de uma garota que nunca havia beijado antes, cheio de ânsia, mas sem perícia.Claro que aquele era um pensamento realmente idiota, tendo em vista que a Charlotte estava grávida… de outro.Aquele pensamento inoportuno me fez interromper o beijo e olhar para o seu rosto bonito e que parecia estar ardente, de tão vermelha que ela estava neste momento.— Você quer ir agora ou prefere fazer isso amanhã pela manhã? — eu perguntei, interrompendo o pensamento desagradável.Ela parec
OliverEu não suportava mais.Depois de dois anos convivendo com a Nicole e a amando em silêncio, eu precisava abrir o meu coração e declarar todo o meu sentimento por ela.Estaria em suas mãos, se ela iria enfrentar todos os obstáculos que teríamos pela frente, ou se ela não considerava o seu amor forte o suficiente para enfrentar tantas dificuldades apenas para estar ao meu lado.Deixei o Brian na boate e fui para o meu apartamento tal qual um maluco, após dias fugindo de todas as maneiras do meu próprio lar.Na verdade, eu sabia que não seria fácil e por esse mesmo motivo, jamais tentei me aproximar da Nicole com essa intenção, mas ainda assim, passei por cima do meu bom senso e levei a Nicole e sua família para os Hamptons. Não imaginaria que a Martina, ao saber que eu estava na casa de praia, iria até lá sem avisar, buscando uma reconciliação entre nós.Eu só estava fugindo da Nicole para preservá-la, mas ao que parece, eu não consegui, porque a Matina estava me cercando de to
CharlotteA conversa com a Melanie foi algo emocionante, pois ela ficou muito feliz ao saber que nós estávamos juntos agora e que eu ficaria no apartamento deles, e eu tentei não chorar ao receber o seu abraço repleto de carinho e acolhimento.Quando estávamos sentados à mesa do café, fazia apenas poucos minutos, ouvi a campainha tocar, e logo estava chegando a sala de café da manhã o Oliver trazendo uma Eloá bastante sorridente pela mão.Ao ver apenas pai e filha, imaginei que a Nicole já tivesse ido embora para casa naquela manhã cedo e me senti imediatamente preocupada por não ter avisado que não estaria lá. Pensei em pegar o meu celular e enviar uma mensagem imediatamente, mas lembrei que havia deixado o aparelho na mesa de cabeceira do quarto de hóspedes.— Charlote! — Eloá gritou, correndo até onde eu estava e me abraçando. Eu a segurei com cuidado, temendo que ela, em sua alegria, acabasse tocando de modo desajeitado a minha barriga, que apesar de ser quase inexistente, estav
BrianJá faz mais de um mês que a Charlotte está morando em meu apartamento e até o momento, nós ainda estávamos dormindo em quartos separados. Aquilo era algo que estava me deixando inquieto e um pouco insatisfeito com o rumo que as coisas tinham tomado entre nós. Eu estava apaixonado pela Charlotte e era algo normal que eu a quisesse em minha cama, mas o fato de ela estar grávida e não se sentir bem na maior parte do tempo me fazia trancar dentro de mim todo o desejo que eu sentia por ela.Mas aquilo estava se tornando uma verdadeira tortura, ainda mais quando ela, de modo nitidamente inocente, buscava os meus carinhos e me beijava com extrema doçura e inexperiência. Eu não conseguia ainda entender como a Charlotte poderia parecer tão inocente sobretudo relacionado a sexo, quando ela estava grávida.Era algo simplesmente incompreensível para mim, mas eu não a pressionava sobre esse assunto e nem mesmo procurava falar sobre nada relacionado a sua experiência com o namoradinho do