Jhulietta Duarte O dia foi bem corrido. Além da escola, Ethan também tinha o curso de robótica. Quando chegamos, seus amigos já estavam à sua espera.— Venho buscá-lo mais tarde.— Tá bom. — Ele sorriu e desceu do carro animado.Já estava de saída quando meu celular vibrou com uma notificação da minha conta bancária. Ao ver o valor, pisquei algumas vezes, tentando ter certeza de que estava enxergando direito. Sem hesitar, liguei para Nicolas.— Sabia que você ligaria — ele atendeu, com a voz carregada de diversão.— Pode me explicar o motivo desse valor exorbitante? — perguntei, ainda sem entender. — Nicolas, não quero que fique me mandando dinheiro assim. Eu aceitei namorar você, mas isso não significa que quero o seu dinheiro.— Relaxa! Eu te mandei esse valor para você comprar um vestido. Esqueceu da festa de inauguração no sábado? Já encomendei os ternos do Ethan e o meu, só falta o seu vestido.— Nicolas, eu nem sei como comprar uma coisa dessas. Sem contar que tem os vestidos d
Assim que o carro parou em frente à mansão, soltei um longo suspiro. O dia tinha sido longo, Ethan desceu do carro com um sorriso no rosto, segurando uma de minhas sacolas.Assim que entramos, o som dos nossos passos ecoou pelo hall silencioso, mas o silêncio não durou muito tempo. Antes mesmo de eu pensar em tirar os sapatos, uma voz firme e autoritária cortou o ar: — Onde vocês estavam até essa hora?Meus ombros enrijeceram, e Ethan parou ao meu lado, franzindo o cenho. — Boa noite, dona Bryana. — Tentei soar calma, mas já sabia que aquilo não ia acabar bem. Ela cruzou os braços, sua expressão carregada de reprovação. — Boa noite? Já passa das sete horas da noite, Jhulietta! Ethan tem horários a cumprir. Ele não pode simplesmente ficar perambulando por aí até essa hora. Você tem ideia de quantos minutos ele perdeu da sua rotina?Revirei internamente os olhos. Claro que ela estava exagerando, mas me mantive firme. — Precisei resolver algumas coisas para o evento de sábado.
Tomei um banho e estava indo para meu quarto quando vi que Nicolas estava trabalhando em seu escritório. Então me aproximei e bati a na porta.— Posso entrar? — Coloquei meio corpo para dentro. — Claro que pode entrar. Nicolas disse fazendo um sinal para que eu me aproximasse e foi o que fiz. — Ethie dormiu, tadinho estava muito cansado. Por que você não vai dormir também? — Perguntei. — Já vou, estava apenas resolvendo umas coisas aqui, vai dormir comigo novamente? — Se você quiser. — Não é o que eu quero, é o que você quer. Nicolas disse para mim e disse que gostaria sim. Esse negócio de escolhas eu sou péssima, pois nunca tive muitas escolhas na minha vida. Fui até a cozinha e preparei um chá para nós e levei para ele, enquanto Nicolas trabalhava eu fiquei esperando, mesmo ele me dizendo que eu deveria ir dormir. Após Nicolas terminar o que estava fazendo ele estendeu a mão para mim e me chamou para irmos para o quarto. Chegando em seu quarto deitamos de conchinha e dormim
Nicolas Santorini A noite estava impecável. O resort havia se transformado em um cenário deslumbrante, com luzes suaves, música ambiente e um serviço impecável. Tudo estava no seu devido lugar, e eu deveria estar concentrado nos negócios e nos contatos que precisava fortalecer, mas minha atenção estava completamente voltada para ela. Jhulietta estava deslumbrante. O vestido que escolheu abraçava suas curvas com delicadeza, e o brilho nos olhos dela era algo que eu jamais me cansaria de admirar. Mas o que mais me cativava era a maneira como ela segurava a pequena mão de Ethan, como se pertencesse àquele lugar ao nosso lado. Meu filho, por sua vez, não parecia querer soltar sua nova figura favorita no mundo. — Ethie, não aperta tanto a mão da tia Jhu — brinquei, ajustando minha gravata enquanto os observava. — Mas eu gosto dela, papai. Ela é minha pessoa favorita! — Ethan respondeu com um sorriso travesso. Jhulietta riu suavemente, e foi impossível não sorrir junto. — Acho qu
Jhulietta Duarte Ethan ainda estava comendo mini hambúrguer quando Olívia surgiu. Fingi não vê-la, mas, quando a pessoa é macumunada com o capeta, é complicado ignorá-la. Ela se aproximou com um sorriso malicioso.— Parece que o pequeno Ethan ainda não se cansou de brincar com a gata borralheira, não é mesmo?— Gata borralheira? — repeti tentando manter a calma, embora meu tom já denunciava minha irritação.Ethan virou-se abruptamente para mim, e pude ver em seus olhos um brilho de preocupação.— A tia Jujubinha é a melhor! — ele declarou, encarando Olívia com firmeza.Olívia, no entanto, olhou para ele com desprezo e, sem perder o compasso.— Ah, seu pequeno órfão, você não tem nada melhor para fazer do que defender sua pobre tutora?Aquelas palavras me atingiram como um choque. Meu instinto protetor, sempre latente em defesa de Ethan, explodiu. Sem pensar, avancei em direção a Olívia e, com toda a força que consegui reunir, dei-lhe um tapa retumbante no rosto.O som do tapa ecoou p
A manhã chegou com o suave toque do sol penetrando pelas cortinas, anunciando um dia perfeito para aproveitar cada segundo no resort. Nicolas já estava acordado, seus beijos matinais e carícias suaves despertavam minha alma com uma doçura que eu raramente experimentava. Ele me puxava para si, beijando-me com uma ternura que derretia até a maior parte dos meus receios.— Bom dia, minha princesa — sussurrou, os olhos dele brilhando com a promessa de um novo dia repleto de amor e cumplicidade.Ainda sonolenta, com os lençóis desalinhados e os cabelos bagunçados, levantei-me devagar. Nicolas, com sua voz grave e acolhedora, comentou que o pequeno já havia se arrumado e estava esperando para tomar o café da manhã. Depois de um banho rápido que me despertou completamente, Nicolas me avisou que apoveitariamos a viagem e iríamos para a praia. Então escolhi um maiô comportado e vesti uma saída de praia, peguei tudo que precisaria para aproveitar o sol e descemos para tomar café, após o café
Minha amiga cismou que eu estava debochando dela e precisei reprimi a vontade de rir e disse que não estava debochando dela, então ela pôs as mãos no rosto.— Miga! Somos duas fodidas. — Ela disse, balançando a cabeça com um suspiro dramático.— Você não lembra de nada, não é? Por que não pergunta para o Eduardo?— Jhulie, eu tentei, mas ele estava pior que eu. Por que você não me arrancou daquela festa e me mandou dormir?— Amiga, eu te procurei por toda a festa, mas você já tinha sumido. Tentei te ligar várias vezes e nada.Ela me encarou enquanto tomava mais um gole da sua água de coco, parecendo pensativa.— Melhor esquecer, né, miga?— Infelizmente, nessa eu não posso te ajudar.Ela assentiu devagar, como se estivesse aceitando que certas respostas nunca viriam.— Vamos ficar aqui apenas olhando aqueles dois se divertindo ou vamos nos divertir também?Antes que eu pudesse responder, minha amiga me puxou para levantar, chamando a atenção de alguns homens ao redor. Os olhares indes
Nicolas Santorini O dia transcorria de maneira surpreendentemente leve. Depois do almoço, passamos um tempo à beira-mar, observando Ethan brincar na areia enquanto Renata se distraía conversando com algumas pessoas que conheceu. Eu, por outro lado, estava focado em algo mais importante: Jhulietta.Ela estava sentada na areia, olhando o mar com um sorriso tranquilo nos lábios. O vento brincava com seus cabelos, e o sol dourado iluminava sua pele de um jeito lindo, ela parecia uma pintura. Eu já tinha me acostumado a vê-la com Ethan, ao jeito como meu filho se apegou a ela, mas agora… agora era diferente. Eu queria Jhulietta só para mim, ao menos por algumas horas.Aproveitei um momento em que ela estava distraída e me aproximei de Renata.— Preciso de um favor.Ela arqueou a sobrancelha, curiosa.— De mim? — Ela perguntou e assenti. — Você me convidou para esse paraíso, então te devo uma, manda aí.— Quero levar a Jhulietta para ver o pôr do sol comigo e jantar mais tarde. Você pode f