Tomei um banho e estava indo para meu quarto quando vi que Nicolas estava trabalhando em seu escritório. Então me aproximei e bati a na porta.— Posso entrar? — Coloquei meio corpo para dentro. — Claro que pode entrar. Nicolas disse fazendo um sinal para que eu me aproximasse e foi o que fiz. — Ethie dormiu, tadinho estava muito cansado. Por que você não vai dormir também? — Perguntei. — Já vou, estava apenas resolvendo umas coisas aqui, vai dormir comigo novamente? — Se você quiser. — Não é o que eu quero, é o que você quer. Nicolas disse para mim e disse que gostaria sim. Esse negócio de escolhas eu sou péssima, pois nunca tive muitas escolhas na minha vida. Fui até a cozinha e preparei um chá para nós e levei para ele, enquanto Nicolas trabalhava eu fiquei esperando, mesmo ele me dizendo que eu deveria ir dormir. Após Nicolas terminar o que estava fazendo ele estendeu a mão para mim e me chamou para irmos para o quarto. Chegando em seu quarto deitamos de conchinha e dormim
Nicolas Santorini A noite estava impecável. O resort havia se transformado em um cenário deslumbrante, com luzes suaves, música ambiente e um serviço impecável. Tudo estava no seu devido lugar, e eu deveria estar concentrado nos negócios e nos contatos que precisava fortalecer, mas minha atenção estava completamente voltada para ela. Jhulietta estava deslumbrante. O vestido que escolheu abraçava suas curvas com delicadeza, e o brilho nos olhos dela era algo que eu jamais me cansaria de admirar. Mas o que mais me cativava era a maneira como ela segurava a pequena mão de Ethan, como se pertencesse àquele lugar ao nosso lado. Meu filho, por sua vez, não parecia querer soltar sua nova figura favorita no mundo. — Ethie, não aperta tanto a mão da tia Jhu — brinquei, ajustando minha gravata enquanto os observava. — Mas eu gosto dela, papai. Ela é minha pessoa favorita! — Ethan respondeu com um sorriso travesso. Jhulietta riu suavemente, e foi impossível não sorrir junto. — Acho qu
Jhulietta Duarte Ethan ainda estava comendo mini hambúrguer quando Olívia surgiu. Fingi não vê-la, mas, quando a pessoa é macumunada com o capeta, é complicado ignorá-la. Ela se aproximou com um sorriso malicioso.— Parece que o pequeno Ethan ainda não se cansou de brincar com a gata borralheira, não é mesmo?— Gata borralheira? — repeti tentando manter a calma, embora meu tom já denunciava minha irritação.Ethan virou-se abruptamente para mim, e pude ver em seus olhos um brilho de preocupação.— A tia Jujubinha é a melhor! — ele declarou, encarando Olívia com firmeza.Olívia, no entanto, olhou para ele com desprezo e, sem perder o compasso.— Ah, seu pequeno órfão, você não tem nada melhor para fazer do que defender sua pobre tutora?Aquelas palavras me atingiram como um choque. Meu instinto protetor, sempre latente em defesa de Ethan, explodiu. Sem pensar, avancei em direção a Olívia e, com toda a força que consegui reunir, dei-lhe um tapa retumbante no rosto.O som do tapa ecoou p
A manhã chegou com o suave toque do sol penetrando pelas cortinas, anunciando um dia perfeito para aproveitar cada segundo no resort. Nicolas já estava acordado, seus beijos matinais e carícias suaves despertavam minha alma com uma doçura que eu raramente experimentava. Ele me puxava para si, beijando-me com uma ternura que derretia até a maior parte dos meus receios.— Bom dia, minha princesa — sussurrou, os olhos dele brilhando com a promessa de um novo dia repleto de amor e cumplicidade.Ainda sonolenta, com os lençóis desalinhados e os cabelos bagunçados, levantei-me devagar. Nicolas, com sua voz grave e acolhedora, comentou que o pequeno já havia se arrumado e estava esperando para tomar o café da manhã. Depois de um banho rápido que me despertou completamente, Nicolas me avisou que apoveitariamos a viagem e iríamos para a praia. Então escolhi um maiô comportado e vesti uma saída de praia, peguei tudo que precisaria para aproveitar o sol e descemos para tomar café, após o café
Minha amiga cismou que eu estava debochando dela e precisei reprimi a vontade de rir e disse que não estava debochando dela, então ela pôs as mãos no rosto.— Miga! Somos duas fodidas. — Ela disse, balançando a cabeça com um suspiro dramático.— Você não lembra de nada, não é? Por que não pergunta para o Eduardo?— Jhulie, eu tentei, mas ele estava pior que eu. Por que você não me arrancou daquela festa e me mandou dormir?— Amiga, eu te procurei por toda a festa, mas você já tinha sumido. Tentei te ligar várias vezes e nada.Ela me encarou enquanto tomava mais um gole da sua água de coco, parecendo pensativa.— Melhor esquecer, né, miga?— Infelizmente, nessa eu não posso te ajudar.Ela assentiu devagar, como se estivesse aceitando que certas respostas nunca viriam.— Vamos ficar aqui apenas olhando aqueles dois se divertindo ou vamos nos divertir também?Antes que eu pudesse responder, minha amiga me puxou para levantar, chamando a atenção de alguns homens ao redor. Os olhares indes
Nicolas Santorini O dia transcorria de maneira surpreendentemente leve. Depois do almoço, passamos um tempo à beira-mar, observando Ethan brincar na areia enquanto Renata se distraía conversando com algumas pessoas que conheceu. Eu, por outro lado, estava focado em algo mais importante: Jhulietta.Ela estava sentada na areia, olhando o mar com um sorriso tranquilo nos lábios. O vento brincava com seus cabelos, e o sol dourado iluminava sua pele de um jeito lindo, ela parecia uma pintura. Eu já tinha me acostumado a vê-la com Ethan, ao jeito como meu filho se apegou a ela, mas agora… agora era diferente. Eu queria Jhulietta só para mim, ao menos por algumas horas.Aproveitei um momento em que ela estava distraída e me aproximei de Renata.— Preciso de um favor.Ela arqueou a sobrancelha, curiosa.— De mim? — Ela perguntou e assenti. — Você me convidou para esse paraíso, então te devo uma, manda aí.— Quero levar a Jhulietta para ver o pôr do sol comigo e jantar mais tarde. Você pode f
Jhulietta DuarteO jantar com Nicolas estava sendo mais agradável do que eu poderia imaginar. Sentada à mesa, de frente para ele, observava como sua presença parecia iluminar o ambiente. O restaurante à beira-mar tinha um clima tranquilo, com luzes suaves e o som das ondas ao fundo, tornando tudo mais íntimo.Conversávamos sobre assuntos leves, rindo de algumas histórias e aproveitando o momento sem pressa. Ele era encantador de uma maneira que me desconcertava. Havia algo nele, uma segurança e um charme natural que me faziam baixar a guarda sem perceber.Estava tão envolvida na conversa que só percebi que Nicolas tinha tirado algo do bolso quando ele segurou minha mão e deslizou algo em meu dedo. Pisquei algumas vezes, surpresa, e olhei para a pequena joia reluzindo à luz branda do restaurante.— O que significa isso? — perguntei, sentindo meu coração acelerar.Ele sorriu de lado, aquele sorriso que fazia meu estômago revirar.— O que você acha que significa?Engoli em seco. Eu sabia
Diogo LimaA fumaça do meu cigarro subia lentamente enquanto eu observava o jogo de sinuca acontecendo à minha frente. O bar estava meio escuro, com um cheiro de bebida misturado ao suor dos caras que riam alto e faziam apostas. Não estava exatamente me divertindo, mas também não tinha outro lugar para estar. Meus negócios estavam indo bem, e isso era tudo que importava.— Ei, Diogo — um dos caras me chamou, segurando um celular na mão. Ele tinha um sorriso sacana no rosto. — Não é tua filha, não?Franzi a testa e peguei o aparelho. Quando meus olhos bateram na tela, senti meu sangue gelar por um instante.Era ela.Minha filha.E ao lado dela, um sujeito, um riquinho bem vestido, daqueles que exalam dinheiro e poder. Meus olhos correram rapidamente para a legenda da matéria. Uma única palavra chamou minha atenção.BILIONÁRIO.Soltei uma risada baixa, sem humor.— Então é assim, hein, minha querida? Arranjou um bom peixe.— Parece que agora ela tem grana, hein? — um dos caras comentou,