Jhulietta DuarteOlhei para o relógio e suspirei. O ponteiro das horas já passava das cinco e olhei para Nicolas. Ele precisava voltar para casa, e eu precisava descansar para o trabalho no dia seguinte. — Nicolas, já está tarde — comecei, sentando-me no sofá e o encarando. — Você precisa voltar para casa. Ele franziu a testa e cruzou os braços, em uma postura teimosa que me fez sorrir. — Só volto se você for comigo. Revirei os olhos, já imaginando que ele não facilitaria as coisas. — Eu volto amanhã bem cedo, prometo. Ele arqueou uma sobrancelha. — Bem cedo? — Sim — garanti. — Tipo, quatro da manhã? — Ah, Nicolas, não exagera! — reclamei, me levantando do sofá.Ele me observou em silêncio, e eu sabia exatamente o que ele estava pensando. Ele não queria me deixar sozinha, e eu também não podia negar que estava com um pouco de medo daqueles caras estranhos voltarem. — Tá bom, eu vou com você — cedi, pegando algumas roupas e jogando na mochila. O sorriso vitorio
Assim que entrei no quarto de Nicolas, ele fechou a porta atrás de nós e me puxou suavemente para seus braços. Seu toque era quente, reconfortante, e seu olhar me prendia de uma forma que fazia meu coração acelerar. — Finalmente sozinhos — ele murmurou, deslizando as mãos por minha cintura. Sorri, sentindo meu corpo arrepiar sob seu toque. — Achei que você estivesse cansado — provoquei, entrelaçando meus dedos nos cabelos dele. — Para você, sempre terei energia — ele sussurrou antes de me beijar. O beijo foi profundo, envolvente, cheio de sentimentos que palavras jamais poderiam traduzir. Nossas roupas foram sendo deixadas pelo caminho, enquanto nossas mãos exploravam cada detalhe um do outro. Entre toques suaves e sussurros apaixonados, nos entregamos completamente. Depois, deitados lado a lado, Nicolas me envolveu em seus braços, sua respiração calma contra meus cabelos. — Você está bem? — ele perguntou baixinho, seus dedos desenhando círculos em minha pele. — Nunca
Nicolas Santorini O sol já estava alto quando cheguei ao escritório. Depois do café da manhã com Jhulietta e Ethan, minha mente ainda estava leve, mas o dia prometia ser cheio. Havia uma reunião importante pela frente, e eu precisava estar concentrado.Sentei-me à mesa e comecei a revisar os documentos quando a porta se abriu sem cerimônia. Eduardo entrou, como sempre, com aquele ar de quem tem algo a dizer, mas não sabe por onde começar.— Bom dia, pra você também Eduardo. Está bem? — Perguntei a ele que riu sabendo que eu estava falando de maneira sarcástica com ele. — Hum! Bom dia. — Ele respondeu e continuou me encarando e aquilo estava me irritando. — Pode falar logo, Eduardo — digo a ele sem levantar os olhos dos papéis.Ele hesitou, então se jogou na poltrona à minha frente e cruzou os braços.— Você não vai me perguntar o que foi?Levantei o olhar para ele e arqueei uma sobrancelha.— Achei que você já ia direto ao ponto.Ele suspirou e, por um momento. — Por que até a sua
Jhulietta Duarte O dia foi bem corrido. Além da escola, Ethan também tinha o curso de robótica. Quando chegamos, seus amigos já estavam à sua espera.— Venho buscá-lo mais tarde.— Tá bom. — Ele sorriu e desceu do carro animado.Já estava de saída quando meu celular vibrou com uma notificação da minha conta bancária. Ao ver o valor, pisquei algumas vezes, tentando ter certeza de que estava enxergando direito. Sem hesitar, liguei para Nicolas.— Sabia que você ligaria — ele atendeu, com a voz carregada de diversão.— Pode me explicar o motivo desse valor exorbitante? — perguntei, ainda sem entender. — Nicolas, não quero que fique me mandando dinheiro assim. Eu aceitei namorar você, mas isso não significa que quero o seu dinheiro.— Relaxa! Eu te mandei esse valor para você comprar um vestido. Esqueceu da festa de inauguração no sábado? Já encomendei os ternos do Ethan e o meu, só falta o seu vestido.— Nicolas, eu nem sei como comprar uma coisa dessas. Sem contar que tem os vestidos d
Assim que o carro parou em frente à mansão, soltei um longo suspiro. O dia tinha sido longo, Ethan desceu do carro com um sorriso no rosto, segurando uma de minhas sacolas.Assim que entramos, o som dos nossos passos ecoou pelo hall silencioso, mas o silêncio não durou muito tempo. Antes mesmo de eu pensar em tirar os sapatos, uma voz firme e autoritária cortou o ar: — Onde vocês estavam até essa hora?Meus ombros enrijeceram, e Ethan parou ao meu lado, franzindo o cenho. — Boa noite, dona Bryana. — Tentei soar calma, mas já sabia que aquilo não ia acabar bem. Ela cruzou os braços, sua expressão carregada de reprovação. — Boa noite? Já passa das sete horas da noite, Jhulietta! Ethan tem horários a cumprir. Ele não pode simplesmente ficar perambulando por aí até essa hora. Você tem ideia de quantos minutos ele perdeu da sua rotina?Revirei internamente os olhos. Claro que ela estava exagerando, mas me mantive firme. — Precisei resolver algumas coisas para o evento de sábado.
Tomei um banho e estava indo para meu quarto quando vi que Nicolas estava trabalhando em seu escritório. Então me aproximei e bati a na porta.— Posso entrar? — Coloquei meio corpo para dentro. — Claro que pode entrar. Nicolas disse fazendo um sinal para que eu me aproximasse e foi o que fiz. — Ethie dormiu, tadinho estava muito cansado. Por que você não vai dormir também? — Perguntei. — Já vou, estava apenas resolvendo umas coisas aqui, vai dormir comigo novamente? — Se você quiser. — Não é o que eu quero, é o que você quer. Nicolas disse para mim e disse que gostaria sim. Esse negócio de escolhas eu sou péssima, pois nunca tive muitas escolhas na minha vida. Fui até a cozinha e preparei um chá para nós e levei para ele, enquanto Nicolas trabalhava eu fiquei esperando, mesmo ele me dizendo que eu deveria ir dormir. Após Nicolas terminar o que estava fazendo ele estendeu a mão para mim e me chamou para irmos para o quarto. Chegando em seu quarto deitamos de conchinha e dormim
Nicolas Santorini A noite estava impecável. O resort havia se transformado em um cenário deslumbrante, com luzes suaves, música ambiente e um serviço impecável. Tudo estava no seu devido lugar, e eu deveria estar concentrado nos negócios e nos contatos que precisava fortalecer, mas minha atenção estava completamente voltada para ela. Jhulietta estava deslumbrante. O vestido que escolheu abraçava suas curvas com delicadeza, e o brilho nos olhos dela era algo que eu jamais me cansaria de admirar. Mas o que mais me cativava era a maneira como ela segurava a pequena mão de Ethan, como se pertencesse àquele lugar ao nosso lado. Meu filho, por sua vez, não parecia querer soltar sua nova figura favorita no mundo. — Ethie, não aperta tanto a mão da tia Jhu — brinquei, ajustando minha gravata enquanto os observava. — Mas eu gosto dela, papai. Ela é minha pessoa favorita! — Ethan respondeu com um sorriso travesso. Jhulietta riu suavemente, e foi impossível não sorrir junto. — Acho qu
Jhulietta Duarte Ethan ainda estava comendo mini hambúrguer quando Olívia surgiu. Fingi não vê-la, mas, quando a pessoa é macumunada com o capeta, é complicado ignorá-la. Ela se aproximou com um sorriso malicioso.— Parece que o pequeno Ethan ainda não se cansou de brincar com a gata borralheira, não é mesmo?— Gata borralheira? — repeti tentando manter a calma, embora meu tom já denunciava minha irritação.Ethan virou-se abruptamente para mim, e pude ver em seus olhos um brilho de preocupação.— A tia Jujubinha é a melhor! — ele declarou, encarando Olívia com firmeza.Olívia, no entanto, olhou para ele com desprezo e, sem perder o compasso.— Ah, seu pequeno órfão, você não tem nada melhor para fazer do que defender sua pobre tutora?Aquelas palavras me atingiram como um choque. Meu instinto protetor, sempre latente em defesa de Ethan, explodiu. Sem pensar, avancei em direção a Olívia e, com toda a força que consegui reunir, dei-lhe um tapa retumbante no rosto.O som do tapa ecoou p