Isabella Souza A única coisa que sei é que o sexo com o Damon foi o melhor que tive até hoje, ele simplesmente conseguiu alcançar cada parte do meu corpo. Quando vi que ele pegou no sono, eu levantei com todo cuidado, me vesti e saí. Foi apenas uma vez, esse foi o que combinamos, então eu não poderia estar ali quando ele acordasse. Cheguei em casa ao entrar e me virar para a sala, eu levo um susto. — Que merda, Electra. O que está fazendo sentada aí no escuro? Acendo a luz do abajur, largo as chaves na mesinha de centro, ela me olha com o olhar malicioso. — Desembucha, Bella, eu vi o Damon te arrastando para o escritório. Esfregar a mão na outra, de forma que será um deleite ouvir o que tenho a falar. — Posso ficar feliz que finalmente você conseguiu dar uma chance de viver, ou, se preciso, dar fim a um certo sócio gostoso. Me ajeitando no sofá, a Amora sobe no meu colo, ronronando. — Calma aí, senhora chefe da máfia. Respiro fundo e conto tudo. — Eu transei com o Damon! Coloco a
Isabella Souza No momento em que vi ele com aquela mulher, meu estômago se embrulhou, coração subiu na garganta, uma avalanche de emoções que eu não esperava sentir, deixa de boba Isabella, você não pode estar sentindo ciúmes, não dele. Quando as mãos dele subiram pela lateral do copo dela como ele fez comigo naquela noite, aí sim foi naquele instante que eu perdi todo meu controle, realmente eu estava fodida, o ciúmes está destacado na minha cara. Ele não poderia perder a chance de me provocar me chamando para participar, do que é que seja estava rolando entre os dois, não poderia nem me esconder atrás da máscara agora, ele conhece cada centímetro do meu corpo, cada respiração e isso me assusta, mas ao mesmo tempo me deixa excitada. O que ele realmente não sabe é que quando eu quero também sei provocar, então ele vai pagar por cada provocações que me fez, a muito tempo eu aprendi que homem nenhum irá me controlar, ou brincar comigo. Entro novamente no elevador e mando uma mensa
Damon Muller A maluca da Isabella me deixou mesmo aqui preso, quando a Electra disse que a nervosinha tinha uma surpresa para mim. Eu jamais poderia imaginar isso, no momento em que abri a porta e a vi com aquela lingerie vermelha, achei que conseguiria matar meu desejo de tê-la novamente. Fazia uma semana e meia que só conseguia pensar nela, na noite que tivemos, cada vez que fechava meus olhos, era o corpo dela embaixo do meu que eu lembrava. Vim para o salão vermelho para me distrair, a princípio a minha vontade era encontrar uma bela mulher para que eu passasse a noite e conseguisse tirar ela da minha cabeça. Mas no momento em que entrei aqui, nem uma das belas mulheres conseguiu chegar aos pés da minha sócia. Meu Deus, devo estar ficando maluco mesmo, fecho os olhos enquanto tomo mais um copo de whisky, já é o quarto que estou bebendo e nada dessa sensação ir embora, porra. Abro meus olhos e uma mulher de pele negra se aproxima. Ela tem cabelo comprido, todo cacheado, que ve
Isabella Souza Eu queria esquecer essa noite, mas não consigo, apesar da lição que dei ao engomado por me provocar, não consigo parar de desejá-lo. Passei a madrugada inteira me remexendo na cama, o sono não vinha, não somente pensando se alguém o achou e o tirou de lá, mas hoje é o dia em que desejo falecer todo ano. Mesmo não querendo, levanto-me da cama, as lágrimas inundam os meus olhos, caminho até meu closet e pego a caixa que ali guardo cada coisinha do meu filho, volto para a cama e retiro a tampa e o mesmo cheirinho de dez anos atrás me invade. Cada lembrança vem como um furacão desgovernado, pego sua coberta e aperto entre meus braços. Durante um longo período, perguntei a Deus o motivo pelo qual ele permitiu que tudo acontecesse. Puxo a respiração e sinto o seu perfume. Passo a mão na fotografia, que foi tirada de nós dois no hospital. No interior, ainda há um, tip top e o primeiro par de sapatinhos que ganhei da minha mãe. São tantos anos, mas mesmo assim a saudade
Damon Muller O caminho todo eu esbravejo devido a raiva que estou sentindo, pelo o que ela me fez, estaciono meu carro em frente ao café e atravesso a rua, eu nem bem piso na calçada, escuto um grito lá de dentro, e tenho a certeza que é a Isabella. Nesse momento eu esqueço a raiva e o porque vim até ali, corro e entro depressa. Quando atravesso a porta e a encontro sentada ao chão desesperada, ela está com olhos arregalados, com a mão a boca ela chora sem parar. Sem entender eu olho para suas funcionárias que também estão apavoradas. Faço sinal para que me digam o que está acontecendo, elas apontam para caixa em cima do balcão, então me aproximo e olho dentro qual é seu conteúdo. A olhá-la eu tomo um susto com quem se encontra dentro. Um feto morto envolvido em um cobertor. Isso só pode ser uma brincadeira de muito mau gosto. Tampo a caixa, vou até a Isabella e me abaixo na sua frente, ela está abraçada aos joelhos e se balança para frente e para atrás, peço para uma das mulhe
Isabella Souza Ao abrir aquela caixa, o medo e a dor tomam conta do meu ser. Eu sabia que, de alguma forma, ele estava de volta na minha vida, mas como? Eu não quero acreditar que ele seria tão louco a esse ponto. Agora tudo começa a fazer sentido, as rosas por dias, as ligações sem nenhuma palavra, a sensação de estar sendo observada. Como fui burra em achar que ele nunca me acharia, realmente está fazendo tudo novamente, as ameaças, que sofri, ainda caminham comigo permanente, o que mais o João quer de mim? O que ele me tirou não foi o suficiente. No momento em que o Damon me pegou no colo e trouxe para casa, a sensação que senti naquele momento foi de segurança, nossas brigas nada mais importavam, o olhar que dizia estou aqui para você me confortou. Minha angústia é tão grande, o medo me fez pedir para que ele ficasse. Eu só queria que tudo sumisse. — Me faz esquecer? Eu só preciso esquecer. Tentando compreender o que eu dizia. — Como? Vejo receio e dúvida na sua voz. — Só m
Damon Muller Tudo o que a Isabella acabou de revelar me deixou em completo choque, jamais imaginaria que ela teve um filho, e que o ex, na tentativa de se vingar dela, matou a criança e a mãe dela. Minha cabeça está explodindo, e depois de hoje, com certeza, eu admiro essa mulher. — Isabella, o que realmente está acontecendo? Ela levanta-se do meu colo, guarda a caixa com as coisas do filho, abre a porta do quarto, então eu a sigo. Quando chegamos à cozinha, ela começa a preparar um chá. — Você quer? Com movimento de confirmação. Eu a questiono novamente. — Por que você recebeu aquele bebê morto, Bella? Ficando nervosa, ela responde. — Porque meu ex é um maluco. Era para ele estar preso, mas pelo visto ele saiu da cadeia. — Como assim? — Ele foi condenado a dez anos de prisão. Mas deve ter saído antes. Ela aperta os dedos, mostrando inquietação. Eu nunca imaginei que ele viria atrás de mim depois de tantos anos, nem como ele descobriu que estou aqui, mas depois de
Isabella Souza Meu dia já estava uma confusão de sentimentos, dez anos da morte do meu filho e da minha mãe, a caixa com o feto morto, no que tenho certeza de que foi o maluco do João que mandou. Eu e o Damon juntos, agora meu melhor amigo e minha irmã me escondendo que estão juntos, esperava mais consideração deles, eles conhecem minhas neuras, sobre mentiras. — Vamos focar na Isabella, por favor? É Angel que se manifesta no meio de toda essa bagunça, me entregando um copo de água com açúcar e outro para Clara, que está chorando. — Me diz que não é o doido do João? Pergunta Clara, secando as lágrimas do seu próprio rosto. Suspiro e sento no sofá. — Tudo indica que sim. — Mas ele saiu já dá cadeia? Então era ele mandando as rosas e os telefonemas. — Só pode ser ele, quem mais seria tão louco de fazer tudo isso e me mandar aquilo justo hoje, que faz dez anos. — Amiga, não se preocupe, vou caçar esse miserável, e pode ter certeza de que adorarei fazer dele meu brinquedinho,