Capítulo 14 - Despedidas silenciosas

Maeve

A manhã do funeral foi fria, como se o próprio tempo estivesse de luto junto comigo. O céu nublado refletia o que eu sentia por dentro, uma dor profunda e solitária. A avó sempre foi minha base, a pessoa que nunca me julgou e sempre esteve lá, mesmo quando o mundo parecia desmoronar ao meu redor.

Agora, eu estava prestes a enterrá-la.

Quando chegamos ao pequeno cemitério, percebi que apenas três pessoas estavam presentes: eu, Ricardo e o médico que havia cuidado dela nos últimos meses. Não houve flores, discursos comoventes ou multidão de parentes. Não houve sequer a presença de familiares, porque, afinal, ninguém nunca se importou com a minha avó além de mim.

Ricardo estava em silêncio ao meu lado, as mãos enfiadas nos bolsos do casaco. Seu olhar sombrio me dizia mais do que qualquer palavra. Ele entendia o vazio que eu sentia, embora nem sempre soubesse como expressar isso.

O médico, que havia sido tão atencioso durante todo o processo, estava a alguns passos de distância, obs
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