Oii! Perdão pelo atraso, passei pro alguns problemas com o meu computador, mas tudo se resolveu ♥
34 Charlotte François ⤝⥈⤞ Uma viagem, era disso o que eu precisava. Em meu quarto, tomei um banho de espumas, solitária, e me deitei para descansar. Meus olhos mal se fecharam e uma imagem inusitada tomou conta dos meus pensamentos. Eu não percebi, mas quando acordei, me dei conta de que havia sonhado com o nosso segurança. Eu havia sonhado com Sebastian. —Porra, Charlotte. Tá carente mesmo, viu... —Ergui a mão ao rosto e passei os dedos entre os cabelos, olhando para as janelas. Ofegante, sentei-me sobre a cama e encarei a enorme TV diante de mim. Não estava em meus planos assistir. Dispensando o ar-condicionado, vesti um biquíni preto com uma saída de praia na cor branca, sobre os ombros, e saí do quarto rumo à piscina. ⤝⥈⤞ —Vocês poluem os meus pensamentos, sabiam? —Avistei Vicente deitado sobre a espreguiçadeira e Lisa com os braços apoiados na borda da piscina, encarando Vicente. Os dois conversavam sobre algo entre eles enquanto eu notei que o meu irmão pervers
35 Lisa Mary ⤝⥈⤞ “Senhores e senhoras do júri, culpem-me, se quiserem, mas então me digam: como é se sentir realmente necessária? Eu sei, eu estou extremamente bagunçada agora, mas quando eu me arrumo, consigo disfarçar melhor. —Eles me olhavam como animais sedentos, sentados atrás da divisão em madeira. —Eu sei que fui ruim, eu sei que fui uma idiota. Mas, eu já não poderia mais mandá-lo embora quando ele havia se tornado a melhor parte dentro de mim. Eu fui incapaz de fazer isso.” Suada e hiperventilando, me sentei assustada, na cama, e meus olhos grandes encararam o canto escuro no quarto. O coração estava disparado e a minha boca havia secado. Que raios de sonho foi esse? Pisquei continuamente, jogando os pés para fora da cama. As cortinas finas e brancas balançavam de lá para cá com o vento entrando pelas janelas. Caminhei em direção aquela sensação gelada, inspirando fundo. —Crise de consciência a essa altura do campeonato, não dá. —Falei sozinha, me aproximando da v
36 Lisa Mary ⤝⥈⤞ A surpresa é a receita exata de que as coisas não acontecem, na vida real, como nós planejamos no interior de nossas mentes. Eu não esperei pelo pedido de casamento, da maneira como aconteceu. No entanto, foi mais emocionante quando aconteceu, do que quando eu imaginei em suas duzentas e oito formas diferentes. Não teve a trilha sonora que eu costumava colocar baseada em todos os filmes que eu já assisti. Não teve o homem de terno com uma iluminação bonita sobre sua face, e nem aquele discurso na frente de todo mundo. Em meio a todas as coisas que faltaram, teve um sentimento estranho que me confortou o peito e acalmou os meus demônios. É que por algum motivo, eu me senti feliz, mesmo sabendo que o deixaria a qualquer momento. Olhei em seus olhos cheios, sentindo os meus queimarem. Estiquei os braços e avancei para cima dele, envolvendo-os em volta de seus ombros. Eu o derrubei na cama, beijando os seus lábios. A caixinha que havia se perdido entre ele e e
18 Vicente François ⤝⥈⤞ Uma semana passou-se depois daquele almoço familiar. Eu ainda sentia vergonha diante de Lisa Mary, por ter exposto ela a uma confusão da minha família, mas logo ela se daria conta de que aquelas discussões seriam inevitáveis. O grande dia, então, chegou. Preparando-me ainda dentro de minha sala, percebi a movimentação através das janelas. O meu pai e Lisa Mary estavam na mesma sala comigo, e tentavam me acalmar. Embora ele não gostasse muito dela, ainda assim decidiu que aquele dia seria tranquilo. ⤝⥈⤞ —Vicente, você precisa se acalmar. Embora não consiga conter as emoções agora, imagine que as coisas estão em seu controle. Você está assumindo o controle de tudo agora, precisa manter inteligência emocional como dominante dentro de você. —Ela pôs sua mão sobre meu ombro, olhando em meus olhos. —Ouça a sua namorada, meu filho. Ela deu a você o mesmo conselho que eu recebi há muitos anos atrás. Se não consegue sentir-se melhor, finja. —Papai reforço
37 Lisa Mary ⤝⥈⤞ Meus problemas eram maiores do que eu, e eu já estava encontrando dificuldade em controlá-los. —Você parece dispersa, tá tudo bem? —Perguntou Vicente, afastando-se de mim, mas sem sair do abraço. —Eu... Tô muito feliz! —Engradeci os olhos e sorri. Precisava voltar ao personagem que saía de forma lenta, de dentro de mim. —Vamos fazer logo as nossas malas, a garota vai acordar em breve e eu sei que deveríamos estar lá pra quando isso acontecer. —Passei as mãos pelos seus braços, olhando em seus olhos ainda com aquele sorriso. Em silêncio, ele pareceu assentir. Recuei os passos pelo quarto, analisando as portas dos armários. Vicente continuou a tagarelar sobre quanto o Deus dele era tão bom e todas aquelas idiotices sobre a Igreja enquanto eu martelava pensando em como eu iria me livrar da infeliz Amanda. Desgraçada, filha da puta. Você tá estragando minhas férias. Nojenta! ⤝⥈⤞ Deixando-me no quarto, Vicente teve que se retirar falando ao tele
38 Lisa Mary ⤝⥈⤞ Assim que chegamos em Metz, Vicente providenciou, de última hora, o carro e um comboio para o hospital. No caminho, estava com a cabeça em seu ombro quando o percebi suspirar sufocado, e levantei o queixo para vê-lo. —Vicente, você tá me assustando. —Encarei seus olhos perdidos na janela do carro. —Você finge tão mal que me ignora... —Brinquei. —Não é isso, meu bem. —Então o que é? —E pus a mão sobre sua coxa, apertando levemente. —É que... —Ele respirou fundo e finalmente virou a cabeça para me olhar. —Eu já nem sei qual o número dessa vez em que eu tô indo pro hospital ajudar a Amanda. —Depois que ela acordar você conversa com ela. Explica que ela precisa se tratar, que precisa de cuidados que você já não pode dar. Isso foi o que eu disse, mas o que eu pensei foi apocalíptico. —Você é a melhor pessoa, no mundo, que eu conheço. Eu só não sei como dizer pra Amanda que eu preciso de espaço.—Sorriu para mim, parecendo mais aliviado. Eu só não sei
39 Vicente François ⤝⥈⤞ Eu pensei estar perdido até encontrar Lisa Mary, a pessoa ideal para minha vida. À noite, no primeiro dia de viagem, foi uma festa dada por Charlotte, eu quis protestar no início, mas havia poucas coisas que Lisa me pedia e eu não fizesse para lhe agradar. Quando o dia amanheceu, acordei com o barulho dos empregados limpando e organizando tudo, com o nascer do sol. Bati a mão sobre o colchão, mas não senti Lisa ao meu lado. No susto, pulei da cama olhando em volta, mas ela não estava no quarto. Eu estava vestindo apenas uma cueca branca, então eu me levantei, vesti uma calça jeans escura e desci procurando por ela. ⤝⥈⤞ —Bom dia, você viu a Lisa? —Levei a mão até os cabelos, coçando a cabeça enquanto falava com a governanta, ao lado da lareira, na sala. —Bom dia, senhor. Não, eu não a vi. Provavelmente ela deve ter saído, pois se me permite, o Audi de sua noiva não está na garagem. Ah, e... Senhor, parabéns pelo noivado. —Disse ela, sorrindo mini
40 Lisa Mary ⤝⥈⤞ Depois que Charlotte finalmente havia chegado, ela caminhou até mim, deixando seu carro próximo a outro comboio. —Hoje eu queria ser o colchão que fica sobre a minha cama, só pra não ter que me levantar e ter sido obrigada a vim até aqui. —Caminhava em passos largos, encarando os meus olhos, enfurecida. —Fecha essa boca que eu não sou obrigada. —Me levantei da cadeira branca, equilibrando a estatura com Charlotte. —Já sabe em quem podemos confiar? Ela ergueu a cabeça, arqueando as sobrancelhas e suspirou, inquieta. —Tem uma pessoa, mas você talvez não goste. —Como assim? —Ele diz que te conhece, mas gostaria de não conhecer, e só vai fazer isso porque precisa da grana. Charlotte segurou a bolsa marrom no pulso e a abriu, tirando seu celular. Mexeu por alguns segundos até virar a tela para mim. —Não pode ser ele. —Rolei os olhos para cima, incrédula de que realmente aquilo estaria acontecendo comigo. —Vai ser ele. —Não vai. —Me dê um bom