05. Pai

Mia Miller

"Venha comigo", disse o homem, guiando-me pela boate.

O ambiente havia mudado desde aquela noite. A decoração da boate agora exalava requinte e ao mesmo tempo remetia a um ambiente de caça.

Ao abrir a porta daquele escritório, meu coração acelerava, sabendo que enfrentaria o pai do meu filho.

Ao entrar, deparei-me com uma versão dura e fria dele. Ainda atraente, seu maxilar era mais definido, músculos evidentes sob a camisa social azul, cabelos ligeiramente mais longos. Encarei seu rosto, percebendo que eu mal conhecia o pai do meu próprio filho.

Comecei a falar, minhas mãos trêmulas a cada palavra. "Ele é seu filho."

Ele parou por um momento, atônito. Seu olhar era gélido, parecendo não acreditar.

"Esse filhote não é meu." afirmou friamente, sem me encarar.

"Olha..." Sentei-me na cadeira. "Por que eu mentiria? Passei anos sem contar a você que tinha um filho, e agora você acha que estou mentindo? E porque chama meu filho de filhote?"

"Você acha mesmo que vo
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