Parte 2...Quando cheguei no vestiário Simone entrou apressada e me puxou para o banco.— Menina, me conta logo. Estou me coçando de curiosidade. Foi tudo bem com vocês?— Fala baixo - olhei em volta — Foi... Foi ótimo.— Só isso? - fez uma careta feia — Garota, me conta logo o que aconteceu. Eu já pensava que você nem iria voltar hoje.— E porque não? - cruzei os braços.— Ah, pelo amor de Deus, né - rodou os olhos — Você sai daqui com um homem como aquele, passa dias fora... - bateu as mãos na minha frente — Oiii... Achei que já estava casada e viajando em lua de mel.Eu fiquei parada, inclinei a cabeça e pensei nisso.— Sabe, eu não cheguei a pensar nisso antes.— Porque você é tonta criatura. Rolou ou não rolou?Eu dei um sorrisinho e ela soltou um grito.— Eu sabia - ergueu as mãos — Aleluia! Obrigada Senhor.— Não faz escândalo. Não foi nada demais.— Como não foi? - arregalou os olhos — Você deu para um cara lindo, gostoso e rico. Filha, isso é muita coisa sim.— Tá falando alt
NortonNão saí de dentro de Cristina praticamente todo o fim de semana. Foi um sessão de sexo puxada, até para mim. Fazia tempo que não transava direto assim, o tempo todo.Nossa, foi incrível. O prazer de ter aquele corpinho cheiroso, macio e ainda por cima virgem, foi demais. Nunca pensei que transar com uma garota sem experiência fosse assim tão perfeito.E olha que ela aprende rápido e não arrega. Todas as vezes em que eu a quis ela pegou fogo junto comigo. E aquela bundinha, meu Deus. Nem acredito que aindacurti aquela bunda redondinha mais vezes antes de voltar. Foi ótimo.Desliguei o chuveiro e saí do box. Peguei a toalha preta e me enxuguei, pensando em como foi bom poder aproveitar esses dias ao lado dela. Eu me sinto um vitorioso. Tentei e consegui. Não estava cem por cento confiante no início, era uma tentativa, mas deu tudo certo.Passo os dedos pelo cabelo e olho meu reflexo no espelho. Eu nem pareço ter trinta e três anos. E essa idade não é uma idade de velho, apesar de
CristinaMeu horário no trabalho acabou e eu me arrumei para sair, esperando encontrar Norton.Achei que ele estaria no estacionamento como da outra vez, me esperando parado ao lado de um de seus carros de luxo. Mas isso não aconteceu. Fiquei olhando em volta e nada. Não o vi.Minha decepção foi tão grande que ficou estampada na minha cara. Simone segurou meu braço me dando apoio.— Não esquenta com isso, Tina. Ele também tem que trabalhar e ainda mais que é o dono da empresa. Vai ver não deu pra te avisar.— Será? - meu queixo tremeu.— Liga pra ele.— Não dá... Eu esqueci de pedir o número dele.A cara dela foi de crítica.— Ai, amiga. Sério? Então liga pra mãe dele.— Não quero incomodar - franzi o nariz.— Que nada - gesticulou — Ela gosta de você e com certeza ela gostou de saber que vocês estão namorando.Senão teria dito algo.Torci a boca de um lado para outro. Não tenho certeza disso.— Eu não sei se somos namorados realmente.— Afe! - suspirou impaciente — Depois desse fim de
Norton Quando cheguei em casa ouvi minha mãe conversando com alguém e para minha surpresa era Cristina.O que ela tinha vindo fazer ali de novo? Eu ainda iria procurar por ela para acertar os pontos.Bati de leve na porta e entrei. As duas estavam sentadas na cama mexendo em alguns retalhos. Acho que é alguma invenção de minha mãe, mas se não me engano ela tinha encomendado algumas almofadas novas para Cristina.Encostei na porta e olhei para ela que pareceu feliz ao me ver, abrindo um sorriso enorme. Eu nem estava pensando em vê-la agora.— Oi! - foi só o que disse.— Oi - ela sorriu de novo. Parce que ficou animada com minha presença. O que estou acostumado. Muitas mulheres ficam felizes ao me ver.— Hoje você demorou, filho - minha mãe veio até mim e me deu um beijo no rosto — Eu vou ver como vai ser o jantar mais tarde. Fique à vontade, querida. Eu volto já - saiu carregando umas fitas.Ela levantou e veio até mim. Se esticou na ponta dos pés e me deu um beijo, que deveria ser n
CristinaA minha decepção foi tão grande que não me contive. Assim que dei alguns passos para fora da mansão de Pauline dei um grito de raiva que estava contido em minha garganta e deixei as lágrimas saírem livres. Eu não acredito que levei tanto tempo me segurando para não fazer merda e dei um passo em falso justo com Norton. Justo com um dos filhos da melhor amiga de minha mãe e que desde que eu me entendo por gente, sempre está ao lado dela.Caminhei até o ponto de ônibus, que por sinal é longe, de braços cruzados e chorando. Estou revoltada. Só não sei ainda se tenho mais raiva dele ou de mim mesma.Ainda bem que vi o ônibus se aproximar e dei uma corrida para chegar a tempo no ponto. Quero me afastar daqui o mais rápido possível e nunca mais piso na casa de Pauline, por melhor que ela seja comigo.E como vou contar isso para minha mãe? Eu não posso deixar que meu erro influencie na amizade dela. Seria mais um erro de minha parte e eu não quero isso. As duas não têm culpa de Nor
NortonA cara de minha mãe não é nada boa, mas eu não vou ficar esquentando com isso. Se ela pensa que vai me fazer setir remorsso por ter curtido um fim de semana com a Cristina, pode esquecer.Caramba, já se passou uma semana e ela ainda está sem falar comigo. Até quando isso? Que infantilidade. Depois reclama de mim.Eu quase não parei em casa esses dias para evitar discussão de novo. Já sei o que ela vai dizer. Vai me chamar de sacana e de um monte de coisas e depois dizer que agi errado e que sou uma decepção.E olha que é minha mãe. Eu achava que deveria ficar ao meu lado, mas ela prefere ficar ao lado da outra lá. Como se eu tivesse destruído a vida dela. Quanto exagero.Tudo bem, eu poderia não ter cismado com a garota e deixar que ela vivesse sua vida como sempre, mas não consigo resistir a um desafio e foi minha mãe quem começou. A ideia de trazer Cristina aqui e depois jogar na minha cara que era virgem, foi que me instigou.Meu instinto predador falou mais alto. Eu tinha q
CristinaDois meses depois...A vida é cheia de altos e baixos. Vivi meus dias de sonho ao lado de Norton e depois de pesadelo quando ele me dispensou de uma forma fria e sem respeito.Voltei à mesma rotina de antes. Conversei muito com minha mãe e juntas decidimos que isso não deveria afetar a amizade dela com Pauline. Eu prefiro assim. O que aconteceu entre ele e eu não vai mudar o que eu sinto por Pauline, ela é uma boa pessoa e não tem nada a ver com o comportamento ridículo do filho.Evitei falar sobre o tal plano dele em ter um namoro fake, acho que seria demais para ela e poderia criar um problema maior. Deixa como está. A vida vai tomar seu rumo.Costurei as almofadas dela que ficaram muito bonitas e ela me pagou a encomenda. Aceitei o dinheiro porque preciso.Pauline continuou nos visitando como sempre fez, como se nada tivesse acontecido. O nome de Norton não era comentado entre nós e eu fiz questão de que ela se sentisse bem como sempre. Nunca a destratei ou sequer fechei a
NortonTrês meses depois...A casa de minha mãe se tornou um lugar chato para ficar.Ela ainda insistia em me tratar com frieza, mesmo após três meses decorridos desde a última aparição de Cristina aqui. Realmente ela nunca mais me procurou depois daquele dia.Até cheguei a pensar em procurá-la depois que falei com o Normando, meio que para amenizar a confusão dela, mas acabei desistindo porque ela poderia achar que eu queria retomar um caso e deixei passar. Sei que eu deveria fazer isso, era o certo, mas acho que se fizer isso sem ter uma ideia definida do que sinto por ela, vai ser pior.Porque nem eu sei o que sentir agora. Nos primeiros dias fiquei puto com o modo como minha mãe me tratou, até fiquei um dias no meu apartamento e só depois voltei pra cá, mas com a passagem dos dias eu fui parando pra pensar um pouco e até que hoje dou razão ao meu irmão.Acho que o que eu fiz foi um ato de egoímos e foi muito feio de minha parte brincar com os sentimentos dela. Eu poderia ter chama