Ares permaneceu sem expressão durante todo o percurso feito. Ele estava sentado ao lado de Lana. Ela mostrava-se feliz e excitada. O carro seguiu pelas ruas mais desertas da cidade e logo tomou a estrada principal para o seu palácio. Tudo ocorreu tranquilamente e não demoraram em avistar o imponente e discreto palácio. Estacionou em frente a ele, Ares saiu primeiro fazendo sinal para que a mala de Lana fosse levada. Ela o seguiu com altivez.
–Sabe o que é interessante neste palácio? – Ares falou ao adentrarem. Olhou para trás e viu a expressão curiosa dela – é que ele foi construído para ser uma prisão, de certa forma, existe alguns calabouços. É incrível. Algumas pessoas utilizam esses locais como adegas, sala de jogos, mas eu – sorriu – uso para algo mais pecu
Mahir acordou sem abrir os olhos e ao tatear a cama, não sentiu ninguém ao seu lado. Abriu os olhos e percebeu estar sozinho no quarto. Espreguiçou-se, se levantou e foi ao banheiro. Saiu de lá enrolado em uma toalha branca. Estava de frente para o guarda-roupa quando escutou um grito de surpresa atrás de si. Virou-se e viu Samira com a mão sob os olhos.–Me desculpe, não sabia que estava sem roupa – falou sem graça.–Qual o problema? Nós vimos tudo um do outro ontem – sorriu – é bom parar com essa timidez, afinal eu conheço o seu corpo mais do que você mesma.–Não deveria falar essas coisas assim – disse virando-se de costas.
O sábado surgiu em Abu-Dhabi de forma resplandecente, com o sol iluminando tudo e uma leve brisa pairando sobre a cidade. Muitas pessoas aproveitaram para caminhar, sair de casa, divertir-se e o resultado era o centro aglomerado por pessoas. Em um museu um pouco afastado do centro urbano da cidade encontrava-se um coreano em frente a porta, com fones nos ouvidos e um boné em sua cabeça. Ele permanecia parado sem mover um único músculo, mas nada que acontecia ao seu redor lhe passava despercebido. Não demorou em avistar uma mulher rodeada de seguranças com o seu marido ao lado, caminhando em sua direção. Ele sorriu enquanto os olhavam. Retirou os fones do ouvido, os guardou no bolso e caminhou ate eles.–Que bom que veio – Ji Myung falou sorrindo olhando para Yoon Hee – fico feliz que tenha vindo també
Hassan estava sentado na sala sorrindo ao lado de Maísa, enquanto Yoon Hee estava sentada um pouco afastada dos dois com o semblante fechado. Ela não havia gostado nenhum pouco da mulher recém chegada e tinha certeza que ela estava se jogando para cima de Hassan. Já estava ficando sem paciência em ver seu marido sorrir como um bobo para a mulher ao seu lado.–Veio de férias ou para ficar? – Hassan perguntou sorrindo.–Ah, bem... vim para ficar por tempo indeterminado. Posso voltar a Londres há qualquer momento – colocou a mão por cima da mão dele, que repousava sobre a sua perna – Iremos trabalhar juntos. Meu pai quer que eu seja a coordenadora em um novo projeto que terá parceria com uma de suas empresas.
Mahir entrou em seu quarto cansado. Ele estava decidido a fazer algo de sua vida e não ficar apenas vagando pelo palácio todos os dias. Tinha decidido voltar a trabalhar com os negócios da família, mas não sentia-se bem fazendo isso. Desde pequeno possuía um talento para administração, entretanto ele queria conquistar o seu próprio espaço. Ele olhou para a sua cama e suspirou ao lembrar de Samira. Ultimamente era isso o que ele mais fazia, seus pensamentos começavam a ser preenchidos pela sua esposa e aos poucos Yoon Hee ficava de lado. Caiu sobre a poltrona, olhou pela janela e viu o céu ficando meio alaranjado devido ao por do sol. Olhou para o relógio e estranhou sua esposa não estar no quarto. Quando já estava indo procurar por ela, Samira entrou no quarto com o semblante sério.
Yoon Hee ficou parada vendo a cena a sua frente sem reação. Estava prestes a virar de costas e seguir seu caminho quando uma coisa passou pela sua cabeça. Ele é meu marido e não vou deixá-lo ficar com ela. Não vou deixar as coisas desse jeito, não novamente. Pensou ao avançar na direção do casal.–Que bela cena – ela disse irônica – acho que vou tirar uma foto para durar mais tempo.Hassan afastou Maísa com os olhos arregalados. Ele não sabia o que dizer e tinha consciência que naquele momento nada o que dissesse a faria entende-lo.–Yoon Hee, eu... – Hassan começou, mas ela o interrompeu.–
Mahir segurou a mão de Samira, a impedindo de continuar.–O que está fazendo? – perguntou sério.–Não vê? Estou indo embora. Desisto de tudo isso.–Por quê?–Ainda pergunta? Você escolheu com quem quer ficar. Não ficarei aqui sentada tendo um amor unilateral. Não sou dessas. Quero alguém que me ame mais do que eu o amo. Não preciso passar por isso.–Samira, me escute.–Não. Cansei. Não estou grávida então não se preocupe com bastardos. Vou para Nova York, voltarei a minha antiga vida
Karim sentou-se em frente ao rei Hashib, apreensivo. Ele imaginava que o motivo de seu pai tê-lo chamado fosse Mary e não demorou muito para descobrir que estava certo.–Karim, sei que o anda fazendo por ai. – Hashib falou o encarando – quero que pare agora de ver essa Mary e encontre-se com a filha de um grande amigo meu. Tenho certeza que vocês tem muita coisa em comum. Marquei um encontro para hoje a tarde.–Acha mesmo que vai fazer a mesma coisa comigo? – disse sério.–Como?–Não vai estragar a minha vida como fez com Mahir e Hassan. Hassan nunca percebeu, mas desde pequeno foi um marionete em sua mão, meu pai. Não vou seguir o mesmo caminho.
Hassan segurou a mão gelada de Yoon Hee enquanto culpava a si mesmo pelo o que havia acontecido. Sentiu-se impotente e não gostou dessa sensação. Ela havia sido levada ao hospital minutos depois ao atropelamento. O motorista não teve culpa, Yoon Hee atravessou a pista sem importar-se em olhar para os lados, parecia estar fugindo de alguém. E Hassan sabia que a única pessoa de quem ela estava fugindo era dele mesmo. Agora estavam em um dos melhores quartos do hospital, em uma ala privada, repleta de seguranças. Ele não pretendia fazê-la ficar em perigo mais uma vez.O medico entrou no quarto após se identificar e encontrou Hassan segurando a mão de sua esposa, enquanto a olhava de forma terna.—Ela tem muita sorte por ter um marido tão atencio