— Onde está?
— Com a Julie. — diz. — Ela me pediu uma vez e eu emprestei a ela.
Olho pra ela e suspiro. Louis ri e balança a cabeça.
Ayla pega a mochila e desce.
— Relaxa. — ele diz se aproximando. — Ela faz isso direto.
— Eu não posso reclamar. Tenho que aceitar tudo.
— Inclusive o irmão gato delas?
Ele passa a mão nos meus ombros e j**a meu cabelo para trás.
— Irmão gato? Você nem é tão bonito assim!
Ele abre a boca.
— Você está mentindo. — diz, com toda convicção do mundo.
— Como pode ter certeza disso?
— Não tenho. Esperava que você confirmasse.
Ele solta uma risadinha fofa.
— E eu estou. Você é perfeito. — passo a mão pelo seu rosto. — Muito lindo.
Ele passa a mão no meu cabelo e o segura com um pouco de força.
— Quero te beijar!
— Beija.
Ele sorri e se aproxima. Nossos lábios estavam quase colados, quando Kia entra no quarto.
— Emily eu não... opa.
Louis se afasta de mim bem rápido e olha para a irmã. Eu faço o contrário, olho para outro lado.
— Ér... eu ia perguntar se a Emily viu meu casaco de lã branca, mas pelo visto, tenho certeza que não viu.
— Kia espera...
Posso escutar a porta bater logo em seguida.
É meu fim. Ela vai contar a mãe e eu serei demitida.
— EMILYYYYYY!?
— Ai meu Deus. — passo a mão no rosto e saio porta a fora.
Tinha esquecido das gêmeas.
Desço as escadas e olho para as duas menininhas que me esperavam perto da porta com suas mochilas.
— Sabem o caminho da casa da sua amiguinha?
Elas assentem.
— Então vamos!
[...]
— Pode deixar, Emily! — Chloe diz. — Eu levo as meninas no domingo e ligo se acontecer algo. Mas não vai.
— Obrigada.
Aceno para as gêmeas e faço meu caminho de volta para a casa dos Hamilton. Passo na frente da casa da minha tia e penso por dois segundos em ir vê-la. Mas desisto e volto a caminhar. Em dez minutos, eu chego na casa. Louis estava no sofá.
— Hey. — diz. — Levou-as?
— Sim. Acho que eu já devia começar a fazer minhas malas.
— Pra que? — ele se levanta muito rápido e para na minha frente.
— Porque sua irmã vai contar a sua mãe o que quase aconteceu e ela vai me demitir.
Ele ri e passa sua mão pela minha cintura, colando nossos corpos.
— Ela não vai fazer isso. Eu prometo.
— Como pode ter tanta certeza?
— Conheço a irmã que tenho. Confia em mim.
— Okay.
Ele me dá um selinho.
— Ah. Já sei o que vamos fazer esse final de semana todinho.
Ergo a sobrancelha.
— Não esqueceu que vamos ficar sozinhos né?
— Não. Só fiquei esperando você falar.
— Não tem ideia do que é?
Balanço a cabeça negativamente.
— Não.
Seu sorriso cresce.
— Você vai amar!
[...]
— O quê? — pergunto novamente, com um riso no final.
— É, vamos passar o sábado e o domingo todo assistindo aquela série. Eu acho que já está na ultima temporada e eu nem lembro onde parei.
— Mas os episódios são curtos. Capaz de ver todos só amanhã.
— Aí a gente vê tudo de novo.
Sorrio.
— Ai Louis! — balanço a cabeça.
— Não gostou?
— Sim. Mas pensei que você tivesse outros planos.
— Tipo? — ele faz bico e de repente sorri de um jeito estranho. — Aaaaaah, sua danadinha.
— Não é isso! — bato nele e me afasto.
— Ora, achei que estava recebendo uma mensagem subliminar.
— Nada disso! — cruzo os braços.
Ele ri e me abraça.
— É brincadeira. A não ser que queira.
— Louis!
— Estou brincando, Emily!
— Eu sei.
— Sério? — ele me olha. — Okay, parei.
Balanço a cabeça e vou para a cozinha.
— Então o que vamos fazer? — pergunta, vindo atrás de mim.
— Eu não sei. Faz muito tempo que eu só sei cuidar da minha tia. Então esqueci como se vive.
Encho dois copos com água e guardo a jarra. Louis estava sentado à mesa e parecia pensar. Pego um copo e me escoro na pia.
— Gosta de sair? — pergunta.
— É, pode se dizer que sim.
— Pra onde?
Dou de ombros.
— Nenhum lugar específico.
— Nunca fiquei um fim de semana sozinho aqui. — diz. — Senão eu já teria feito uma festa.
Não respondo. Apenas balanço a cabeça rindo e bebo um pouco da água.
Ele passa o dedo na borda do copo que estava na sua frente e de repente os estala.
— Já sei.
— Se der uma festa sua mãe te mata.
Ele ri.
— Eu sei. E eu não faria festa sem chamar os meninos. E, não quero ninguém, além de nós dois nessa casa. — ele sorri de lado e pisca.
— Para de piscar! — aponto pra ele.
Ele se levanta e coloca as mãos nos bolsos da calça.
— Você ainda não me disse que coisas são essas!
Ele anda sensualmente na minha direção. Seu lindo sorriso estava exposto. Eu estava completamente parada.
Hipnotizada.
— E eu quero muito saber. — diz baixo.
Fecho os olhos e respiro fundo. Ele estava na minha frente. Mão na minha cintura. Eu podia sentir sua respiração fraca acima de mim.
— Não vai me dizer? — ele sussurra bem perto do meu ouvido, levando uma corrente elétrica percorrer meu corpo todo.
— Louis, para! — não sei de onde tirei forças pra falar isso. — Foco. — me abaixo e passo por ele. — Qual sua ideia?
Ele se vira e me encara.
— Ah Emily, estragou meu jogo de sedução.
— E quem estava sendo seduzida aqui? — cruzo os braços.
— Você.
— Não mesmo.
— Posso tentar de novo.
— Não! — aponto pra ele, que já se aproximava. — Me fala no que pensou.
Ele ri e assente.
— Vamos a um barzinho?
— Hmmm... não seria má ideia. — ando pela cozinha. — Já faz um tempo que não bebo cerveja.
— Você bebe cerveja?
— Sim. — sorrio. — Daquelas pretas.
Ele me encara e fica piscando descontroladamente.
— Onde você se escondeu? — franzo o cenho. — Por que nunca conheci você?
— Não sei. Mas enfim, barzinho?
— Barzinho!
— Oba! — bato palminhas. — Depois que as meninas saírem?
— Yep.
— Tenho que olhar o que irei vestir.
Me preparo pra sair da cozinha, mas Louis me puxa, colando nossos corpos.
— Não tão rápido.
E ataca meus lábios.
Eu já havia escolhido o que vestir. Deixei a roupa escolhida em cima da cama e sai do quartinho. Não havia ninguém na sala. Uma amiga deArabellahavia aparecido e ela saiu com a garota. Kia ainda estava lá em cima. E Louis eu não fazia ideia de onde ele estava. Me sento no sofá e fico quieta, pensando na vida. — Kia vá tranquila. Olho para a escada. Nada.
Ele sai lentamente do carro e anda na nossa direção. Eu estava tranquila. Calma como um anjo. Mas não podia dizer o mesmo das meninas. Elas soltaram um suspiro apaixonado, quando ele passou a mão no cabelo e sorriu do jeito mais fofo do mundo. — Olá meninas. Mais suspiros. — Oi Louis. —dizemjuntas. Ele me olha e pisca.
Ele deposita um pequeno beijo no meu pescoço e me olha. — Papai me deu de presente, pois dizia que eu era como mamãe quando eles se conheceram. — Então tenho certeza, de que ela foi uma mulher perfeita. Maravilhosa. Sorrio e passo a mão no seu cabelo, que caia pela testa. Louis aproveita a deixa e me beija lentamente. Escuto uma buzina e ele me dá um rápido selinho partindo o beijo.
— Não quer mais dormir? — pergunta, me olhando. Eu ergo meu corpo, ficando sentada de frente pra ele. — Não sei. — Então o que quer fazer? Tombo a cabeça de lado e passo uma das minhas pernas, por cima das suas, ficando sentada em seu colo. Após escovar os dentes, vou para a sala e fico observando tudo. Estava um silêncio tão chato. — LOUIS? — grito. — JÁ SAIU? Silêncio. — É. Saiu. Bufo diante da solidão e penso em algo para fazer. Vinte e Três
— Não quer? — ele relaxa os ombros. — Não disse isso. Eu nunca recuso TBBT. Ele sorri largamente. — Então faça a pipoca, pois a maratona deThe BigBangTheoryvai começar. [...] — É verdade que ela está acordada? — pergunto. De repente a porta é aberta e Ella aparece. — Emily! — exclama. — Que bom que chegou. Ela está lhe chamando. Ela agarra na minha mão e tenta me puxar para o quarto, instantaneamente puxo Louis. — Ele não pode. —omédico diz. Eu sou Joan Collins e estou morrendo. Quando descobri, que sofria de uma doença desconhecida e que ela já tinha destruído todos os meus órgãos, eu decidi escrever isso. Sei que isso deveria ser apenas um testamento, mas como eu posso morrer a qualquer momento, e posso não ter a chance de me despedir da minha preciosa e única filha, eu quero que ela saiba que eu a amo. Oh minha princesa, sei que quando você ler isso, eu já terei partido para uma jornada sem volta. MasVinte e Cinco
Vinte e Seis