Depois de ser voto vencido descemos com o cachorro e Elena para dar uma volta. Morar em frente a praia me proporciona algumas vantagens, uma delas é ter alguns quilômetros de uma orla bem cuidada, para passeios.Depois de pegar a guia no carro de Matheus, seguimos os três mais o cachorro para o calçadão em frente ao condomínio. Qualquer um que parar para nos observar verá o retrato de uma família perfeita, um casal, uma criança e um cachorro, passeando. Como naqueles comerciais de produtos para o consumo pet.Entretanto, são as últimas atitudes de Matheus que estão me tirando de órbita. O que foi aquele beijo? É atormentador pensar nele flertando comigo, meu corpo reage muito facilmente a cada contato, isso é muito perigoso para o meu coração.— Elena não se afaste muito. — Falo assim que percebo que ela está alguns passos adiante.— Ela parece estar feliz.— Sim, só que mais uma vez você foi precipitado.— Achei que já tínhamos concordado de que o cachorro iria ficar.— Não, você não
Escuto três batidas fracas na porta e autorizo a entrada. Vejo Larissa, minha secretária, entrar pela porta com um sorriso no rosto e não demoro muito para entender o que ela veio procurar no meu escritório.— Precisa de ajuda com alguma coisa, senhor Albertelli? — Se ainda houvesse alguma dúvida teria se esvaído neste exato momento.— Preciso, sim. — Respondo e vejo-a passando a língua pelos lábios carnudos de forma insinuante. — Preciso que ligue para a Alonso Technologies e veja se consegue marcar uma reunião com o CEO, ainda essa semana. Depois vá ao jurídico e pergunte se eles terminaram de revisar os contratos que pedir hoje cedo.— Oh!Uma coisa que sempre admirei em minha secretária é a capacidade que ela tem de sair do modo safada para profissional em questões de segundos, sem contar o fato de ela ser uma excelente secretária, a melhor que eu já tive nos últimos anos.— Larissa, — chamo-a antes de sair. — você é uma excelente secretária não precisa me oferecer mais do que seu
Eu gostaria de dizer que sou forte e resistente a todo o chame de Matheus Albertelli, no entanto só basta ele se aproximar de mim e todo o meu corpo estremece, o meu cérebro vira gelatina e eu me esqueço todos os motivos pelos os quais eu não devo me envolver com ele.Como agora em que estamos com as mãos entrelaçadas e o contato de sua pele quente com a minha está sendo muito bem recebido, não desfiz o contato e nem desejo.Sei que ele está jogando comigo, já conheço suas artimanhas e as consequências de me deixar envolver, mas não estou resistindo e sinceramente não sei se eu quero.No final das contas, o que é um aranhão para quem já tá fodido?— Espero que ainda goste de comida italiana. — Comenta parando o carro em frente ao restaurante.— Acho que algumas coisas não precisam mudar.— Então, vamos, temos uma reserva esperando.Ele sai e dá a volta no carro para abrir a minha porta, todo cavaleiro, me ajuda a descer e apoia uma mão na minha lombar ou me guiar para a entrada. Deixa
Nem percebi como aconteceu, quando dei por mim os seus lábios já estavam sobre os meus, esmagando-o com fúria, paixão, desejo e saudade. Mesmo depois de tanto tempo o seu beijo ainda me era familiar, seu sabor ainda era o melhor do mundo, sei que talvez eu vá me odiar por estar permitindo isso, mas nesse momento tudo que eu mais quero é aproveitar essa sensação de estar de volta ao lar. Seus braços são o meu lar.Suas mãos começaram a percorrer todas as minhas curvas e sentir o meu corpo esquentar imediatamente eu estava amando, na mesma proporção que odiando essa sensação.Droga de corpo traidor!— Matheus… — Empurro o seu peito de leve e tento tomar fôlego. — Vamos para o meu apartamento.— Por que você fez isso? — Pergunto ignorando seu pedido.— Estava com vontade de te beijar desde o momento que te vi.— Matheus…— Ele colocar o indicado em meus lábios para me calar — Permita isso que só existe entre nós… essa coisa… química, paixão… seja lá o que for. — Me olha de uma forma que
— Transei com Matheus. — Disparei assim que o meu amigo abriu a porta. — Três vezes.— Opa! Não sabia que já tínhamos chegado nesse nível de amizade. Assim que o dia amanheceu e a nuvem de excitação se dissipou eu entrei em pânico e fugi do apartamento, sem nem lhe deixar um bilhete.Pode parecer ridículo, mas eu fiquei confusa com tudo o que aconteceu e precisava desabafar com alguém. Não poderia chegar em casa desse jeito e muito menos conversar com minha mãe sobre esse assunto, por isso procurei o único amigo que tenho, Romeu. — Estou confusa, Romeu. — Choraminguei e isso o fez bufar.— Por que você não toma um banho e troca de roupas, enquanto eu peço algumas coisas gostosas para o nosso café da manhã? — Assenti com um movimento de cabeça e fui em direção ao quarto de hóspedes.Romeu morava no hotel, ele tinha um apartamento completo na cobertura e como minha vida estava muito corrida nos últimos meses mantinha algumas mudas de roupas aqui, para quando precisasse. No banheiro,
Rolei para o lado, estiquei a minha mão e não senti nada, abri meus olhos e constatei o que eu já sabia: estava sozinho. Nem preciso procurar pelo apartamento porque sei que ela não está aqui. Não deveria passar das oito da manhã e Elisa já tinha se mandado.— Porra, Elisa!Droga! Será que ela se arrependeu? Não vou deixar-lá se afastar de mim novamente. Levanto e procuro a minha calça, a encontro em cima de uma poltrona, Elisa deve ter arrumado tudo antes de sair. Pego meu celular no bolso e envio uma mensagem para o seu número.Matheus:Você fugiu?Deixo meu celular na cama e vou em direção ao banheiro, tomo um banho e enquanto a água cai pelo meu corpo lembro-me da noite passada, e não demora muito para o meu pau ganhar vida.— É amigo, também estou com saudades. Termino meu banho e saio com uma toalha enrolada na cintura e outra tirando o excesso de água do cabelo. Vejo o celular acender indicando que recebeu uma mensagem.Elisa: Não, sair para trabalhar. Matheus: Num sábado?
Ai, meu Deus! Ai, meu Deus!Eu estava quase transando com o Matheus no meu escritório? O que deu em mim? Agora vai ser sempre assim? Ele se aproxima e eu me torno uma desesperada por sexo? O pior é que dessa vez nem posso colocar a culpa no álcool!Eu estava disposta a esquecer tudo o que aconteceu ontem, mas foi ver ele todo lindo, parado na minha frente para o meu corpo pegar fogo imediatamente.O que você está fazendo comigo, Matheus gostoso Albertelli?Tive que mentir e dizer que tinha algumas coisas muito importantes para resolver, pedi para ele me esperar lá fora, por que simplesmente não poderia confiar que não pularia em seu colo a qualquer momento.Droga! Não posso me apaixonar por ele novamente.Quando foi que você deixou de ama-lo? Uma voz me pergunta e eu sou obrigada a confessar que talvez, somente talvez, eu nunca tenha deixado de amá-lo.***— Você acha que ela vai gostar do presente?— Eu acho que você precisa parar com essa mania de levar presentes todas as vezes que
— OLGA! — Grito furioso enquanto atravesso as portas da mansão — OLGA! APAREÇA!— Por que está gritando assim Matheus? — Meu pai aparece perguntando.— Onde está Olga? — Respondo com outra pergunta. — No quarto ela acabou de chegar e….Não espero que meu pai termine e sigo furioso para onde ele disse que minha mãe estava. A encontro parada no meio do quarto e os meus olhos ardem de raiva. — SUA… — Tento partir em sua direção, mas sou impedido pelo meu pai que me agarra pela cintura. — O que é isso Matheus? Enlouqueceu? — Pergunta meu pai, assustado com a minha atitude. — NÂO, mas a sua esposa provavelmente sim.— O que ela fez? — Pergunta.— Como se não fosse suficiente ter privado a minha filha da presença do pai por sete anos, agora ela também queria privar a menina da presença da mãe. — Filha? — Minha mãe se manifesta pela primeira vez. Nem me recordava de que ainda não havia falado sobre Elena com ela e papai provavelmente não disse nada também.— O que ela fez, Matheus? — Pe