Eu gostaria de dizer que sou forte e resistente a todo o chame de Matheus Albertelli, no entanto só basta ele se aproximar de mim e todo o meu corpo estremece, o meu cérebro vira gelatina e eu me esqueço todos os motivos pelos os quais eu não devo me envolver com ele.Como agora em que estamos com as mãos entrelaçadas e o contato de sua pele quente com a minha está sendo muito bem recebido, não desfiz o contato e nem desejo.Sei que ele está jogando comigo, já conheço suas artimanhas e as consequências de me deixar envolver, mas não estou resistindo e sinceramente não sei se eu quero.No final das contas, o que é um aranhão para quem já tá fodido?— Espero que ainda goste de comida italiana. — Comenta parando o carro em frente ao restaurante.— Acho que algumas coisas não precisam mudar.— Então, vamos, temos uma reserva esperando.Ele sai e dá a volta no carro para abrir a minha porta, todo cavaleiro, me ajuda a descer e apoia uma mão na minha lombar ou me guiar para a entrada. Deixa
Nem percebi como aconteceu, quando dei por mim os seus lábios já estavam sobre os meus, esmagando-o com fúria, paixão, desejo e saudade. Mesmo depois de tanto tempo o seu beijo ainda me era familiar, seu sabor ainda era o melhor do mundo, sei que talvez eu vá me odiar por estar permitindo isso, mas nesse momento tudo que eu mais quero é aproveitar essa sensação de estar de volta ao lar. Seus braços são o meu lar.Suas mãos começaram a percorrer todas as minhas curvas e sentir o meu corpo esquentar imediatamente eu estava amando, na mesma proporção que odiando essa sensação.Droga de corpo traidor!— Matheus… — Empurro o seu peito de leve e tento tomar fôlego. — Vamos para o meu apartamento.— Por que você fez isso? — Pergunto ignorando seu pedido.— Estava com vontade de te beijar desde o momento que te vi.— Matheus…— Ele colocar o indicado em meus lábios para me calar — Permita isso que só existe entre nós… essa coisa… química, paixão… seja lá o que for. — Me olha de uma forma que
— Transei com Matheus. — Disparei assim que o meu amigo abriu a porta. — Três vezes.— Opa! Não sabia que já tínhamos chegado nesse nível de amizade. Assim que o dia amanheceu e a nuvem de excitação se dissipou eu entrei em pânico e fugi do apartamento, sem nem lhe deixar um bilhete.Pode parecer ridículo, mas eu fiquei confusa com tudo o que aconteceu e precisava desabafar com alguém. Não poderia chegar em casa desse jeito e muito menos conversar com minha mãe sobre esse assunto, por isso procurei o único amigo que tenho, Romeu. — Estou confusa, Romeu. — Choraminguei e isso o fez bufar.— Por que você não toma um banho e troca de roupas, enquanto eu peço algumas coisas gostosas para o nosso café da manhã? — Assenti com um movimento de cabeça e fui em direção ao quarto de hóspedes.Romeu morava no hotel, ele tinha um apartamento completo na cobertura e como minha vida estava muito corrida nos últimos meses mantinha algumas mudas de roupas aqui, para quando precisasse. No banheiro,
Rolei para o lado, estiquei a minha mão e não senti nada, abri meus olhos e constatei o que eu já sabia: estava sozinho. Nem preciso procurar pelo apartamento porque sei que ela não está aqui. Não deveria passar das oito da manhã e Elisa já tinha se mandado.— Porra, Elisa!Droga! Será que ela se arrependeu? Não vou deixar-lá se afastar de mim novamente. Levanto e procuro a minha calça, a encontro em cima de uma poltrona, Elisa deve ter arrumado tudo antes de sair. Pego meu celular no bolso e envio uma mensagem para o seu número.Matheus:Você fugiu?Deixo meu celular na cama e vou em direção ao banheiro, tomo um banho e enquanto a água cai pelo meu corpo lembro-me da noite passada, e não demora muito para o meu pau ganhar vida.— É amigo, também estou com saudades. Termino meu banho e saio com uma toalha enrolada na cintura e outra tirando o excesso de água do cabelo. Vejo o celular acender indicando que recebeu uma mensagem.Elisa: Não, sair para trabalhar. Matheus: Num sábado?
Ai, meu Deus! Ai, meu Deus!Eu estava quase transando com o Matheus no meu escritório? O que deu em mim? Agora vai ser sempre assim? Ele se aproxima e eu me torno uma desesperada por sexo? O pior é que dessa vez nem posso colocar a culpa no álcool!Eu estava disposta a esquecer tudo o que aconteceu ontem, mas foi ver ele todo lindo, parado na minha frente para o meu corpo pegar fogo imediatamente.O que você está fazendo comigo, Matheus gostoso Albertelli?Tive que mentir e dizer que tinha algumas coisas muito importantes para resolver, pedi para ele me esperar lá fora, por que simplesmente não poderia confiar que não pularia em seu colo a qualquer momento.Droga! Não posso me apaixonar por ele novamente.Quando foi que você deixou de ama-lo? Uma voz me pergunta e eu sou obrigada a confessar que talvez, somente talvez, eu nunca tenha deixado de amá-lo.***— Você acha que ela vai gostar do presente?— Eu acho que você precisa parar com essa mania de levar presentes todas as vezes que
— OLGA! — Grito furioso enquanto atravesso as portas da mansão — OLGA! APAREÇA!— Por que está gritando assim Matheus? — Meu pai aparece perguntando.— Onde está Olga? — Respondo com outra pergunta. — No quarto ela acabou de chegar e….Não espero que meu pai termine e sigo furioso para onde ele disse que minha mãe estava. A encontro parada no meio do quarto e os meus olhos ardem de raiva. — SUA… — Tento partir em sua direção, mas sou impedido pelo meu pai que me agarra pela cintura. — O que é isso Matheus? Enlouqueceu? — Pergunta meu pai, assustado com a minha atitude. — NÂO, mas a sua esposa provavelmente sim.— O que ela fez? — Pergunta.— Como se não fosse suficiente ter privado a minha filha da presença do pai por sete anos, agora ela também queria privar a menina da presença da mãe. — Filha? — Minha mãe se manifesta pela primeira vez. Nem me recordava de que ainda não havia falado sobre Elena com ela e papai provavelmente não disse nada também.— O que ela fez, Matheus? — Pe
Uma semana depoisDesde o que aconteceu no estacionamento do shopping tenho sentido Matheus mais distante de mim, ele ainda vem visitar Elena diariamente, mas ele não me toca. Sem abraços, beijos e muito menos sexo ou ate mesmo insinuação de algo do tipo.Acho que sei o motivo, quando me levou para o hospital eu insisti em saber quem era a motorista do carro, mesmo contra a vontade ele confessou ser sua mãe. Por algum motivo não me surpreendeu nada que Olga tivesse tentado algo do tipo. Ela nunca gostou de mim e sempre deixou isso bem claro.Há dois dias o nome da família estava em todos os sites de fofocas, anunciando o divórcio entre ela e Carlos Albertelli, o motivo não foi divulgado, mas não tenho dúvidas que foi por causa disso. Matheus não confirmou as minhas suspeitas, muito menos negou.Para espairecer e desestressar ela foi passar algum tempo em Paris. Desejo que ela fique por lá mesmo.O fato é que estou prestes a cometer uma loucura, tudo isso por que Matheus não se abre e e
— Eu estou amaldiçoado, — digo assim que ela começa a se recuperar do orgasmo — condenado a te amar, não importa quanto tempo passe.Elisa me olha confusa e eu continuo.— Se for para me julgar ou me culpar de alguma coisa, culpe-me e julgue-me como covarde que eu sou, — olho em seu olhos, agora é hora da verdade — desistir do nosso amor, por que sou covarde. Sei que você não me traiu, mas preferi acreditar que sim, era mais fácil para mim. Como poderia ser possível uma mulher incrível como você me amar? Eu, um idiota que só tinha sucesso e dinheiro por ser herdeiro. — Elisa me empurra de leve para colocar algum espaço entre nós. — Não estou me fazendo de vítima, nasci em uma família abastada, mas você sabe como ninguém o quanto ela também é tóxica, melhor dizendo minha mãe é tóxica. Foi ela quem forjou aquelas fotos. Me perdoa por não ter confiado em você, por não te ouvir e te abandonar grávida. — Foi Olga?— Foi ela, Elisa. Minha mãe pagou por elas, para que me fizessem acreditar