CAPÍTULO 27 Lúcia Russo Eu não sei se era a bebida, mas eu não conseguia mais me conter. Ali estavam os mais altos escalões de máfias aliadas, e que se diziam confiáveis, mas eu só tentava me manter séria, mas se o Lucas já é engraçado sem beber, imaginem ele bêbado... é o máximo! Acho que nunca me diverti tanto nessas festas chatas. Não confio em todos, e o Raí é um deles. Eu deveria estar investigando, mas só o fato de me lembrar que amanhã o Lucas vai embora, preciso acalmar os nervos de alguma forma, e os antibióticos que se explodão, mas bebendo tudo fica muito mais prazeroso. Quando o cowboy encarou o Raí, tive vontade de gargalhar, mas me contive com risadas leves e controladas, porque no meio em que estamos, todos podem ser perigosos, e por não conhecerem o Lucas, certamente o acharam misterioso, e perigoso, principalmente pelo fato de ter intimado um dos maiores mafiosos daqui, no mínimo pensaram que ele tinha algum plano, ou até mesmo uma bomba e
CAPÍTULO 28 Lúcia Russo — A minha cabeça não está das melhores! — comentei, ao sairmos abraçados do banheiro. Havia uma senhora do lado de fora que nos olhou com cara feia, parecia fazer ânsia, que velha nojenta... e o Lucas, ainda levantou o chapéu pra mulher... — Eu tô meio tonto também! Foi o treco bão que a gente tomô, é forte, né? — falou ele, enquanto caminhávamos pelo salão sob muitos olhares curiosos. — Um pouco... aquele doce é o mais perigoso! Ao chegarmos no estacionamento, estávamos meio tontos, e claramente havíamos passado da conta nas bebidas. Olhei para o carro, e vi que não seria uma boa ideia, nenhum de nós no volante. — Vou ligar para o motorista, não vamos dirigir assim... — Oshi, mais assim que é bãop! — me pegou pela cintura me colocando em cima do capô do carro, estava cheio de gracinhas. — Lucas, você tá bêbado! Vou mandar um áudio para o motorista! — ele foi se encostando em mim no carro, colocando as mãos na minha coxa. Olhei para os lados, me preocu
CAPÍTULO 29 Lucas Rodrigues — Caramba, sô! Acho que argum trator passô por cima de eu... — passei a mão na cabeça, que doía um cado. Oiei do lado, e ela num tava ali... oh muié que gosta de acordá cedo, e isso que eu acordo cum as galinha... Sentei na cama, e ela oiava do lado de fora, estava cum a minha camisa, que ficou um tanto grande pra ela, os cabelo desarrumado, parecia outra pessoa, bem diferente do que já conhecia, talveis eu a tenha interpretado mal desde o começo. Estiquei os braço, hoje é um dia importante, vô vortá pra minha casa, num vejo a hora de galopá cum o trovão, cuidá das vaca, encostá no barro, nos gaio das árvore, vê a famiarada. — Bom dia orquídea rosa! Passô perfume logo cedo? Já tô sentindo mió o teu chero! — falei, me ajeitando pra descê da cama. — Eu nunca fico sem! A diferença é que hoje você está sóbrio, e ontem não estava! — se virô pra mim. — Tá certo... passei da conta onte! Espero num tê me aproveitado de ocê,
CAPÍTULO 30 Lúcia Russo Saí daquele quarto sem olhar para trás! Apenas peguei uma calça larga, que pudesse vestir por cima da bota que eu já havia deixado perto da porta, amarrei as pontas da camisa perto dos seios, formando um cropped, e me esforcei um pouquinho para descer as escadas sozinha, mas já nem sinto mais dores, elas agora são outras! Ele foi muito claro, e o que nem começou, terminou hoje, e eu preciso aceitar, doa o que doer, dei a minha palavra, o Lucas merece ser feliz, e não vou impedir. Um dos motoristas me levou até o estacionamento aonde estava o meu carro, e me assustei com o que vi... — Caramba, mascarada! Alguém não está de brincadeira, acabaram com o seu carro! — Isaque comentou espantado, e eu admirada. — Que alma penada tentou me intimidar? — pronunciei passando os dedos ao redor da lataria destruída. — Como assim? Porque alma penada? — Porque já pode se considerar morto, ou morta! Eu matarei devagar! — expliquei
CAPÍTULO 31 Lucas Rodrigues Dexei o Romeo lá parado, feito um “dois de paus”, e fui entrando em casa. Minha mãezinha veio ligeiro me ver, a idade está chegando pra ela também... e o meu pai, veio logo atrais. — Filho, porquê nos deixou preocupados? Deveria ter avisado que iria viajar, nunca mais assuste esses pobres desesperados! — me abraçô, e meu pai tava de cara feia. — Ocê vortô a ficá na bagunça, ou tá de compromisso sério cum a aquela moça? Ocê sabe que num gosto quando ocê ficá cum uma e cum outra, já passô da idade de casá, Lucas, e nois viu ocê de namorico cum a Lúcia na televisão! — meu pai falou. — Foi um mal entendido, pai! Mas, agora já foi tudo esclarecido, e só fiquei lá para ajudá ela, que machucô o pé, como eu contei por telefone. — A Islanne veio aqui, atrais de ocê... — falô sentando na cadera, arrumando o chapéu de paia, que soltô. — eu num sei não, mas ela parecia interessada, perguntô um monte de coisa... — nem me oiava
CAPÍTULO 32 Lúcia Russo — Eu não estou acreditando que tomei uma decisão tão errada! Eu deveria ter acabado com raça daquela mulher! — eu estava em pé no avião, andando de um lado para o outro. — Calma chefe! A gente acaba com tudo e vai embora, eu já avisei os seguranças do senhor Russo, ele logo vai ficar sabendo, e vão acabar com isso, se ela chegar antes que nós! — Isaque falou, mas eu não conseguia parar para pensar, estou muito agitada hoje. — Eu fui seguir a opinião do Glauco, e olha só... deveria ter seguido o meu instinto, que teria me dado bem! Uma mulher que tramou contra o Glauco não deveria ter sobrevivido. Eu acabei trazendo mais homens do que haviam na casa do Raí, preferi me garantir. Ao chegarmos em Roma, o circo já estava armado, assim como eu imaginei, e o meu papá estava amarrado, e a cobra da Sabrina segurava uma faca próxima da sua garganta. Eles estavam na parte de fora, nem foi preciso invadir, mas haviam muito
CAPÍTULO 30 Lucas Rodrigues — Que saudade meu amigo! Ocê tá até mucho... andaram cuidando bem de ocê? Eu num tive escolha, olha só o que fizeram cum eu, vê se pode! — eu falava com o trovão, e ele correspondia todo agitado, já fui logo arrumando ele pra montá, e quando abri a cerca, ele saiu na disparada, galopando feliz, e eu aproveitei a minha nova liberdade. Encontrei com Romeo no caminho, e estranhei. — Ocê tá bem, Romeo? Aonde tá indo? — perguntei. — Vou precisar voltar! Parece que a mascarada teve problemas, e viajou para Roma, então prefiro voltar, e estar lá amanhã, quando ela estiver! Vou investigar tudo o que aconteceu com mais cuidado. — Mas... ela tá bem? — ajeitei mió o trovão que já tava ansioso pra galopá. — Sim, sim... mas eu vou pra casa! No final de semana que vem é minha folga, vou vir aqui dar uma passeada, gostei do lugar! Pegue esse número, é dela... pelo menos avise que chegou bem, sei lá! — me entregô um papel do
CAPÍTULO 34 Lúcia Russo Tudo se tornou ainda muito mais sombrio depois da partida daquele cowboy dos infernos. Solucionei os problemas da máfia, organizei assuntos da empresa, mas... nada faz sentido mais... ainda gosto de ser aliada da morte e da tortura, porém nesse momento eu só queria que ele estivesse aqui. Me mudei para o quarto dele, mas a solidão me atormenta! Não deixei ninguém limpar ou arrumar nada, quero olhar para os lençóis desarrumados e poder imaginar que ele ainda está aqui. Que vou ouvir o seu sotaque puxado e as palavras erradas que tanto amo, que vou ouvir ele me chamar de orquídea rosa, e suspirar como uma adolescente burra que pensa que tudo é verdade, mas as vezes eu só queria ser essa adolescente. Quero imaginar o seu corpo ao lado do meu enquanto durmo, então roubei o seu travesseiro, colocando abraçado no meu corpo, e um outro no lugar dele, quem sabe assim eu não consigo relaxar. Peguei o chapéu que ele me deu, e coloq