43- Levada

Marry

Minha cabeça está doendo. É tudo o que registro quando tento abrir meus olhos. Forço minhas vistas, mas não vejo nada. Não sei se estou vendada ou se o lugar onde estou é tão escuro que não há nenhuma sombra, silhueta... não há nada. Mas sinto como se houvesse algo sobre os meus olhos, por isso creio que esteja vendada.

Ouço um gotejar a uma distância, e isso me diz que estou em um lugar úmido, com água por perto. Talvez eu consiga rastejar a encontrar água para beber, pois meus lábios estão secos.

Com cuidado meus dedos percorrem o chão de pedra úmida, tateio e encontro uma poça. Continuo forçando minhas mãos para frente e a poça se torna mais funda. Não vou mais além, pois não sei onde estou. Se estiver na floresta ou em uma gruta, eu posso cair em um córrego e me afogar. Minhas mãos estão amarradas, mas consigo formar uma concha com elas e pegar um pouco de água, levando-a até a boca. O sabor agradável de água fresca percorre a minha garganta, saciando a minha sede.

Curvo meu
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