Narrado por Liam BrownO sangue Brown era fraco, estava m***** e condenado a desaparecer. Ou era isso que meus irmãos e eu pensamos durante muitos anos. Impossibilitados de ter mais filhos além de nossos primogênitos, era a única realidade, o sobrenome acabaria com eles. Mas algo mudou nesta família desde a morte da minha mãe Leonor, tivemos que chegar ao ponto mais baixo do abismo para ir escalando à superfície com o passar dos anos desde sua partida.Da dor surgiu a calma; e do ódio surgiu o amor. Ultimamente sei muito sobre o que é o amor graças aos meus netos, os mais pequenos do clã. Apenas há uma semana completaram-se 6 anos da chegada ao mundo da minha pequena Leonora. E nenhum presente que eu pudesse dar era suficiente para expressar o quão afortunado eu me sentia por ser seu avô.Essa é a justificativa que preciso para ter debaixo do meu braço uma grande caixa de presentes, e na minha mão esquerda cinco sacolas de presente. Preparado com tudo o que minha menina merece, toco a
— O que vocês estavam fazendo brigando por um desses aparelhos? Vocês não têm o seu cada uma? — pergunto a elas.— Lala má e chata! — grita Lucero com um biquinho — É meu! O dela quebrou!Layla decide se impacientar com a acusação e estende os braços para mim para que eu a pegue no colo. Não podia negar isso a uma das minhas netas, eu tinha um espaço especial para cada uma delas. Esforço minhas costas para me inclinar, deixar os presentes, e pegá-la nos meus braços.— Você quebrou o seu? — pergunto a ela.Ela nega com insistência e esconde seu rosto no meu pescoço. Então Leonora e Lucero começam a abrir os presentes que trouxe. Explico para cada uma quais são os presentes. Durante tudo isso, o bebê não parou de chorar como se estivessem o torturando. Deixo as meninas entretidas com os presentes e me aproximo do meu filho.— O menino está doente? — pergunto, sentando-me ao seu lado, acomodo Layla nas minhas pernas.Me preocupa a expressão de Luciano, ele está à beira das lágrimas.— Que
— Depois ele fez assim! Pá, bem na boca, vovozinho! — Leonora imita um golpe violento.— E gritou AHHHHHHH! — continua Lucero, gesticulando o grito de maneira exagerada.Tenho que olhar para meu filho que, após a calma resultante de alimentar seus pequenos, volta a parecer ele mesmo. Está rindo das travessuras de suas filhas.— Assim você quer que sejam meninas tranquilas? Por que as deixa ver tantos filmes violentos? — pergunto a ele.— O que mais podem assistir? Estou preparando-as para o mundo. Coloquei Leonora no karatê, ela tem talento — exclama orgulhoso — Quando estiverem maiores, colocarei Layla e Lucero no Taekwondo. Elas têm mais energia para gastar.— Mais batata por favol, vovô — Layla estende seu prato e eu a sirvo. Me concentro no meu filho — Os atos têm consequências, estou te advertindo. Você não quer colocá-las na pintura ou natação?— Para que vou colocar minhas filhas na pintura ou natação? Elas vão lutar com Picasso ou com a pequena sereia? Sempre digo a elas, lá fo
Especial #MARIANNENarrado por Marianne BelmonteA vida me recompensou de uma maneira maravilhosa e muito além das minhas próprias expectativas. Depois de tantos anos de angústia, solidão e desprezo, hoje me sinto verdadeiramente abençoada com a família que pude formar com Luciano. Quando irrompi no escritório do meu chefe e o pedi em casamento, jamais imaginei que aquela proposta seria levada a sério.Muito a sério, eu diria. Mais de 6 anos de casamento e 4 filhos depois, me sinto mais realizada do que nunca. Meus filhos são minha vida inteira, cada um deles é especial e maravilhoso à sua própria maneira. Minha filha mais velha, Leonora, é tão inteligente e ao mesmo tempo tão arteira. Sempre encontra um jeito de esconder suas travessuras, e sua habilidade física me surpreende. Entre ginástica e karatê, é claro que ela tinha que concordar com o complô que fez com o pai para praticar este último. Ela é mais do que boa nessa arte marcial, segundo o professor dela, não eu.Depois, veio Lu
Com o sol se pondo, a festa está terminando e o cansaço é visível tanto nas crianças quanto nos adultos. O pequeno Derek está dormindo no colo de Giana, e a própria Giana está dormindo recostada no meu ombro. Sorrio levemente com seus roncos; honestamente, não fiz parte do comitê organizador como Amanda, que ainda está coordenando algumas atividades, mas estou exausta.De repente, Giana se engasga com a própria saliva e acorda estrepitosamente.— Estamos sendo atacados! Estamos sendo atacados! — grita essa louca, embora perceba que foi um pesadelo — Quer dizer, a paz mundial está sendo atacada enquanto celebramos.— Desde que horas você está acordada, sua doida? — pergunto entre risadas.— Desde as 6, esse menino gosta de acordar cedo aos sábados. Que pecado estou pagando? — Giana acaricia o cabelo do filho com imenso amor.Fico olhando para ela encantada. Até este momento, ela tinha um casamento feliz com Derek, meu afilhado era um menino adorável e saudável. E para minha alegria, nos
Especial #LUCIANONarrado por Luciano BrownConsegui! Sobrevivi ao fim de semana sem Marianne e encarregado dos meus quatro diabinhos. Se alguém me perguntasse como consegui, eu me gabaria dizendo que fiz isso graças às minhas excelentes habilidades paternas; omitindo completamente a ajuda do meu pai e o fato de que menti como nunca para minha esposa nesses dias.Alguém pode me culpar? Leonora começou a se exibir com os mortais que podia fazer para Liam e quase quebrou o pescoço; Lucero se jogou de propósito pelas escadas com um skate; Layla quebrou metade dos brinquedos que tem e Lucien só fica em silêncio quando está dormindo ou comendo.Se ser pai me ensinou algo, é que as crianças têm um instinto suicida perigoso que precisamos controlar. Como eu diria isso à Marianne? Por motivos de trabalho, eu tinha feito muitas viagens para fora do estado ou do país; viagens que pareciam férias longe do caos do meu lar. Ela merecia sua própria fuga, e eu não ia me humilhar dizendo que não conse
— Estão assinados, o advogado vai enviá-los para você amanhã... — comenta em tom abatido.Leandro, em vez de olhar para ele, olha para mim e eu para ele. Leonel abatido após um acordo lucrativo? Em qual mundo? Não devia ser o dele.— Você está se sentindo bem? — tenho que perguntar. Deve estar doente.— Estou tentando ficar o melhor possível... — suspira.Leandro e eu voltamos a trocar um olhar estranho. Enquanto isso, nos servem vinho.— Podemos saber o motivo pelo qual você está se sentindo mal? — continua indagando Leandro.— Não há muito que eu possa fazer a esta altura. Suponho que sou um homem que não sabe o que é manter uma relação adequada entre pai e filha — explica desanimado.Novamente Leandro e eu nos olhamos. Nós dois conversamos com os olhos. Na verdade, se alguém visse nossos olhos, saberia que estão gritando: SARA! Sara, a esta altura, já é uma mulher, uma mulher feita e direta, que está conhecendo a si mesma e ao mundo. E isso, temo eu, não é compatível com um pai supe
Ao meu amado inimigo (Os Brown #4)SinopseSara Brown é uma herdeira incontrolável e irresistível, a solteira mais cobiçada da cidade e por quem todos morrem para satisfazer seus caprichos. Mas a vida de Sara dá uma reviravolta quando descobre que seu melhor amigo de infância, Lorenzo Lewis, não só vai se casar sem tê-la convidado para o casamento, como também se transformou em um completo desconhecido para ela.Machucada e furiosa, Sara terá que buscar respostas em seu passado para descobrir o que aconteceu e se sua amizade tem alguma salvação. Infelizmente, para Lorenzo não tem, porque ele está decidido a se afastar o máximo possível da paixão cegante que sente por ela. É hora de parar de brincar de ser amigos e enfrentar o destino que sua dinastia familiar quer para ele. Ele fará isso de qualquer maneira, mesmo que isso signifique que Sara acabe o odiando e voltem a ser o que nunca deveriam ter deixado de ser:Inimigos.ESCLARECIMENTO:Queridas leitoras, bem-vindas a um novo romance