— Depois ele fez assim! Pá, bem na boca, vovozinho! — Leonora imita um golpe violento.— E gritou AHHHHHHH! — continua Lucero, gesticulando o grito de maneira exagerada.Tenho que olhar para meu filho que, após a calma resultante de alimentar seus pequenos, volta a parecer ele mesmo. Está rindo das travessuras de suas filhas.— Assim você quer que sejam meninas tranquilas? Por que as deixa ver tantos filmes violentos? — pergunto a ele.— O que mais podem assistir? Estou preparando-as para o mundo. Coloquei Leonora no karatê, ela tem talento — exclama orgulhoso — Quando estiverem maiores, colocarei Layla e Lucero no Taekwondo. Elas têm mais energia para gastar.— Mais batata por favol, vovô — Layla estende seu prato e eu a sirvo. Me concentro no meu filho — Os atos têm consequências, estou te advertindo. Você não quer colocá-las na pintura ou natação?— Para que vou colocar minhas filhas na pintura ou natação? Elas vão lutar com Picasso ou com a pequena sereia? Sempre digo a elas, lá fo
Especial #MARIANNENarrado por Marianne BelmonteA vida me recompensou de uma maneira maravilhosa e muito além das minhas próprias expectativas. Depois de tantos anos de angústia, solidão e desprezo, hoje me sinto verdadeiramente abençoada com a família que pude formar com Luciano. Quando irrompi no escritório do meu chefe e o pedi em casamento, jamais imaginei que aquela proposta seria levada a sério.Muito a sério, eu diria. Mais de 6 anos de casamento e 4 filhos depois, me sinto mais realizada do que nunca. Meus filhos são minha vida inteira, cada um deles é especial e maravilhoso à sua própria maneira. Minha filha mais velha, Leonora, é tão inteligente e ao mesmo tempo tão arteira. Sempre encontra um jeito de esconder suas travessuras, e sua habilidade física me surpreende. Entre ginástica e karatê, é claro que ela tinha que concordar com o complô que fez com o pai para praticar este último. Ela é mais do que boa nessa arte marcial, segundo o professor dela, não eu.Depois, veio Lu
Com o sol se pondo, a festa está terminando e o cansaço é visível tanto nas crianças quanto nos adultos. O pequeno Derek está dormindo no colo de Giana, e a própria Giana está dormindo recostada no meu ombro. Sorrio levemente com seus roncos; honestamente, não fiz parte do comitê organizador como Amanda, que ainda está coordenando algumas atividades, mas estou exausta.De repente, Giana se engasga com a própria saliva e acorda estrepitosamente.— Estamos sendo atacados! Estamos sendo atacados! — grita essa louca, embora perceba que foi um pesadelo — Quer dizer, a paz mundial está sendo atacada enquanto celebramos.— Desde que horas você está acordada, sua doida? — pergunto entre risadas.— Desde as 6, esse menino gosta de acordar cedo aos sábados. Que pecado estou pagando? — Giana acaricia o cabelo do filho com imenso amor.Fico olhando para ela encantada. Até este momento, ela tinha um casamento feliz com Derek, meu afilhado era um menino adorável e saudável. E para minha alegria, nos
Especial #LUCIANONarrado por Luciano BrownConsegui! Sobrevivi ao fim de semana sem Marianne e encarregado dos meus quatro diabinhos. Se alguém me perguntasse como consegui, eu me gabaria dizendo que fiz isso graças às minhas excelentes habilidades paternas; omitindo completamente a ajuda do meu pai e o fato de que menti como nunca para minha esposa nesses dias.Alguém pode me culpar? Leonora começou a se exibir com os mortais que podia fazer para Liam e quase quebrou o pescoço; Lucero se jogou de propósito pelas escadas com um skate; Layla quebrou metade dos brinquedos que tem e Lucien só fica em silêncio quando está dormindo ou comendo.Se ser pai me ensinou algo, é que as crianças têm um instinto suicida perigoso que precisamos controlar. Como eu diria isso à Marianne? Por motivos de trabalho, eu tinha feito muitas viagens para fora do estado ou do país; viagens que pareciam férias longe do caos do meu lar. Ela merecia sua própria fuga, e eu não ia me humilhar dizendo que não conse
— Estão assinados, o advogado vai enviá-los para você amanhã... — comenta em tom abatido.Leandro, em vez de olhar para ele, olha para mim e eu para ele. Leonel abatido após um acordo lucrativo? Em qual mundo? Não devia ser o dele.— Você está se sentindo bem? — tenho que perguntar. Deve estar doente.— Estou tentando ficar o melhor possível... — suspira.Leandro e eu voltamos a trocar um olhar estranho. Enquanto isso, nos servem vinho.— Podemos saber o motivo pelo qual você está se sentindo mal? — continua indagando Leandro.— Não há muito que eu possa fazer a esta altura. Suponho que sou um homem que não sabe o que é manter uma relação adequada entre pai e filha — explica desanimado.Novamente Leandro e eu nos olhamos. Nós dois conversamos com os olhos. Na verdade, se alguém visse nossos olhos, saberia que estão gritando: SARA! Sara, a esta altura, já é uma mulher, uma mulher feita e direta, que está conhecendo a si mesma e ao mundo. E isso, temo eu, não é compatível com um pai supe
Ao meu amado inimigo (Os Brown #4)SinopseSara Brown é uma herdeira incontrolável e irresistível, a solteira mais cobiçada da cidade e por quem todos morrem para satisfazer seus caprichos. Mas a vida de Sara dá uma reviravolta quando descobre que seu melhor amigo de infância, Lorenzo Lewis, não só vai se casar sem tê-la convidado para o casamento, como também se transformou em um completo desconhecido para ela.Machucada e furiosa, Sara terá que buscar respostas em seu passado para descobrir o que aconteceu e se sua amizade tem alguma salvação. Infelizmente, para Lorenzo não tem, porque ele está decidido a se afastar o máximo possível da paixão cegante que sente por ela. É hora de parar de brincar de ser amigos e enfrentar o destino que sua dinastia familiar quer para ele. Ele fará isso de qualquer maneira, mesmo que isso signifique que Sara acabe o odiando e voltem a ser o que nunca deveriam ter deixado de ser:Inimigos.ESCLARECIMENTO:Queridas leitoras, bem-vindas a um novo romance
— Não podemos ser amigos para sempre, não vou conseguir te suportar para sempre.A irritação acende em meus olhos, olho para ele exigindo que faça o que deve fazer. Ele morde os lábios disfarçando seu sorriso e, com ar cansado, coloca a mão no peito.— Eu, Lorenzo Lewis, prometo que seremos amigos até que...— Até que? — pergunto confusa.— Crescermos — diz desanimado.Não resisto, dou um empurrão no ombro dele que quase o faz cair no chão.— Por que você tem que dizer essas coisas, seu bobo?!— Porque é o que vai acontecer! Nossas famílias são inimigas. Só nos deixam ficar juntos porque ainda somos crianças. Quando crescermos...— Bobagens! Uma amizade de verdade nunca acaba! Ser amigos é como... — me ocorre — estar casados.As bochechas de Lorenzo ficam muito vermelhas. Tão vermelhas que me preocupo se ele está com febre. Tento tocá-lo, mas ele se afasta de mim e abraça os joelhos.— Agora você quer se casar comigo? Quem fala bobagens é você.— É bobagem o que acabei de dizer? As pes
— Modelo de roupa íntima? Você não viu em qual mesa ele está sentado e com quem? — acrescenta Ana María — Está na mesa do filho do deputado, não sei se trabalha como modelo em tempo integral.Não dou atenção às fofocas das minhas amigas, não me interessa de quem é filho quem quando venho dançar numa balada. Tanto faz. Todos os homens são iguais. Com exceção do meu amigo barman, aquele que me traz outra deliciosa Margarita, essa que tomo.— Vá com calma, ou não conseguirá ir inteira ao aniversário do seu pai — me adverte Kit, que pega outro coquetel.Tenho que revirar meus olhos. Meu pai, o grande Leonel Brown, está fazendo aniversário hoje. Não o felicitei, nem pretendo felicitar. Ele sabe o que me fez, trair minha privacidade e confiança pensando que continuo sendo uma criança pequena. Tenho 26 anos, já sou uma mulher.— Nem vou. Ele me enche o saco — informo bebendo mais do meu drink.— Também não vai ao negócio do Lorenzo? — pergunta Ryan divertido — Sabemos que você não pode faltar