É mais uma manhã sentindo que o mundo gira atrás das minhas pálpebras fechadas. Abro-as com dificuldade para que a luz aumente a dor de cabeça que tenho. Acordei em uma cama branca.Minha boca tem uma sensação estranha dentro dela, por isso salivo e a abro para tirar um pedaço de pétala de rosa. Isso não só me intriga, mas me surpreende junto com as velas e a garrafa de champanhe lá na distância. Não é a única coisa distante, vejo meu vestido de noiva amassado jogado no chão.Também ao baixar o olhar para meu corpo, começo a suar frio. Estou presa pelo abraço de um homem, e sem roupa, inclusive vejo um dos meus seios fora da proteção do lençol. Pouco a pouco vou girando meu pescoço para trás para encontrar meu flamante novo marido: Luciano.Ele está nas mesmas condições que eu, nu, e me amaldiçoo mil vezes porque o que aconteceu aqui é muito evidente. Tão evidente quanto o fato de que não me lembro de como cheguei a este quarto. Tive minha segunda vez com Luciano e também não me lembro
—Você leu o itinerário que te enviei no início da semana? — questiono para convidá-lo a falar.—Por cima — diz desinteressado, concentrado em seu celular.—O que achou? Gostou? Já visitou esses destinos antes?Ele dá um grande suspiro e me olha irritado. Depois se levanta de seu assento.—Vou ao banheiro — comunica antes de ir.Vê-lo se trancar novamente em um banheiro para me evitar não me agrada. Minha mente continua em branco, precisando de respostas que só ele poderia me dar. Deixo meu livro de lado e vou direto ao banheiro. Quero bater na porta, levanto meu punho, mas me arrependo e ajo de maneira melhor. Abro a porta e entro no espaço. Luciano, que está apenas desafivelando o cinto da calça, me olha surpreso e depois impaciente.—O que você está fazendo?Uma loucura, digo a mim mesma, trancando nós dois neste elegante, mas diminuto banheiro de avião.—Descobrindo o quão ruim foi nossa noite de núpcias para que você me trate desta maneira, Luciano — disparo.Ele morde o lábio infe
Não são delicadas, nem suaves. São poderosas e contundentes. Pode ser que a sensação de que me partirá em dois seja impossível ou equivocada, mas juro que é o que estou sentindo. Estou me afogando em meus próprios gemidos lastimosos por culpa da excitação e do prazer que experimento.Poderia ficar assim por muito mais tempo. No entanto, para Luciano não é suficiente, ele se cansa desta posição e me guia até a porta. Desta vez com minhas mãos apoiadas nela, e com ele se apoderando das minhas costas. Sei o que ele fará antes que o faça, desfruto novamente como ele entra em mim amassando minhas nádegas sob suas fortes mãos.Minha voz me trai novamente de tão aguda que soa. Outra vez me falha quando ele segura meu cabelo para se firmar em seu balanço. Minha testa e mãos batem na porta, buscando onde me apoiar, como suportar o que meu marido estava me fazendo. Queria que continuasse, e continuasse, nada era suficiente para mim. Nem prestava atenção aos estranhos tremores que percebia ao meu
A felicidade de Luciano deveria ser estudada pelos níveis absurdos que alcançou em nossa viagem ao Sri Lanka. O homem que subiu naquele avião foi diferente daquele que desceu comigo, cheio de piadas, risadas e muito confiante com suas mãos sobre mim. Embora, claro, reclamar do contrário seria tolo depois das coisas imprudentes que fizemos naquele banheiro.Também devo admitir que aproveitei mais do que esperava nossa segunda vez, e que de fato estava aproveitando muito este dia. Como Luciano estava tocando minhas costas ou minha mão tanto em nossa chegada a Negombo, aproveitei para apoiar minha cabeça em seu ombro no carro que nos levou ao hotel. E como estava tão feliz, pedi que voltássemos a dormir abraçados porque meu corpo não aguentava mais. Tivemos assim uma boa noite de descanso ao chegar ao país.Mas o descanso acabou com o alarme do meu celular tocando neste lindo quarto de hotel. Era hora de explorar este canto do mundo com florestas, planícies, praias, natureza selvagem em a
Ele era um descarado. No entanto, eu devia aceitar que tinha me casado com um descarado e trabalhar com isso. Tudo nos casamentos era sobre mediações, não é?—Não vejo por que não podemos fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Durante os dias, aproveitar as belezas do Sri Lanka e durante as noites... fazer o que você quer — ofereço.Com isso, Luciano se interessa.—Você não vai usar como desculpa que está muito cansada à noite? Este não é um lugar para vir e relaxar. E desculpe, mas não quero montar em elefantes, quero estar com minha esposa.Fecho os olhos pelo fato de Luciano soltar semelhantes pérolas sem filtro algum. É como se me dissesse qualquer coisa que lhe viesse à cabeça. Não sei se isso é bom ou ruim a esta altura.—Tenho energia de sobra. Posso com ambas as coisas — presumo.—Você pode mesmo? — aproxima-se perigosamente do meu rosto.—Obviamente que posso — afirmo sem recuar.—Prove agora — exige Luciano, colocando-me em seu colo de um puxão.Solto um grito de surpresa diant
Escolhi que sim, porque queria aproveitar aquelas vistas fantásticas que valeram a pena. Esses três dias passaram voando. E hoje, em algumas horas, era tempo de nos despedirmos e pegar um avião para as Maldivas.Ou isso é o que estava planejado, digo, se Luciano parar de se dedicar tanto a mim nesta cama.—Se perdermos o... voo — gemo acalorada e suando muito — será por sua culpa.Meu marido, que tem minhas pernas por cima de seus ombros, inclina-se mais em direção à minha boca, fazendo com que esteja muito mais profundo em mim. Ambos estamos banhados em suor nesta cama de hotel. Os raios da manhã entram pelas janelas.—Não vejo você muito preocupada com voos perdidos. Parece que está aproveitando. Quer que eu pare? — fala em pleno movimento.—Não pare! Continue! — imploro com meus seios balançando para cima e para baixo.—Você é tão sexy... me deixa louco — grunhe acelerando sua velocidade e me tocando em meu ponto sensível com seus dedos.O resultado é evidente, tenho um orgasmo muit
Nossa aguardada chegada ao paraíso na terra sentiu-se mais como a chegada à nossa primeira briga como casados. Surpreendente? Para ninguém, nem eu mesma devia me surpreender que nossa disputa alcançasse este nível. Nosso casamento era facilmente uma receita perfeita para o desastre, e assim provou ser.Durante todo o voo para Malé, o processo de descarregar as malas, tramitar o visto, ir ao porto e pegar o barco para o resort sobre o mar, nem uma palavra Luciano e eu trocamos. Cada vez que ele olhava para mim, eu virava o rosto de mau humor.Não queria vê-lo nem em pintura, nem mesmo as águas turquesas que pareciam ter saído de uma imagem editada estavam ao seu favor. Finalmente, ao pisar na vila que seria nossa, posso me distrair muito mais com a sensação de fantasia que nos proporciona.O terraço privado com uma vista capaz de deixar qualquer um sem fôlego, depois o chuveiro com efeito chuva ao ar livre, a piscina privada, seguido das comodidades próprias de uma hospedagem de luxo co
—Boas notícias, minha menstruação desceu. Meu plano de te prender com um bebê indesejado nem por você, nem por mim, não deu resultados. Que trágico, não é? — queimo em sarcasmo.Ouço um som de frustração da parte do meu marido.—Não coloque essa roupa de dormir. Reservei um jantar para nós dois em um restaurante do resort — afirma levantando-se.—Você pode ir jantar sem mim. Não tenho vontade de sair, quero dormir.—Você pode dormir depois do jantar. Não custa nada.—Sim, custa. Custa muito — insisto.—Mais que a reserva que fiz para jantar naquele restaurante embaixo d'água? Só nós dois sozinhos? Não acredito. Isso não é possível.Minhas mãos param no momento. Esse restaurante de que ele fala era uma das coisas que eu mais queria fazer ao chegar a este hotel. Além disso, ele disse que estaríamos só nós dois. Portanto, decido aceitar tal convite. Unicamente para comprovar se era tão bom quanto diziam as resenhas.—Irei... para não perder a reserva. Nada mais.......As resenhas não men